sábado, 5 de outubro de 2013

Conceição Roseiro

A cidade

A cidade está vazia.
Está como morta!
O Outono cava rugas,
E noites sem porta.
Utensílios sem mão,
Cidade sem tempo.
A rua grita por pão,
Neste momento.
Desemprego,
Solidão.

A cidade está vazia.
Está como morta!
É a Alemanha que decide,
A banca está torta,
Decide sua sorte.
Mil braços abatidos,
Empregos suprimidos.
Punhos de raiva, floridos!

Meu Deus, que cidade tão triste!
Como está morta,
Quase não existe...
Deitou-se a vida aos cães....
E os homens foram vendidos!

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