segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Os Nossos Poetas

 
Dor em canto

Canto...
Lá lá lá ia,
esta dor que dói
demais em mim.

Este tormento
deita e rola,
sufoco em meu peito
faz chorar meu coração.

Me acolhe por favor
deste tormento,
meu amor
de um triste fim.

Em verso e prosa
lamento em sentimento,
quero a rosa primorosa
deste seu jardim.

Suave flor
resgate a dor,
liberta essa sensação
de desamor.

Sublime emblema
este poema
é um socorro
a meu pesar.

Rosiane Ceolin-24/02/12­ ­


INESPERADAMENTE…(REP)

…decidi-me a convidar-te, quando ao pegares minha mão,
te senti o calor dos dedos agarrar-me o coração.
…vamos, amor?
Mas não me olhes assim!
…fazes despertar em mim o pecado, que me respira no olhar…
…e acordas, por momentos, a minha audácia contida
no sangue do meu vibrar…
.e flutuo no ar que respiras, deitada em teus poros.
.cicias ao meu ouvido um céu, que me acaricia.
Oiço o sol a fervilhar, numa brisa que resvala,
ao som do nosso brilhar…
Sinto-te tremer, com ânsia de correr
para o fogo incandescente, onde nos vamos queimar.

Cobre-nos a Lua, escondida atrás das nuvens…
Mas o agitado mar brada, ao som do nosso mergulhar
em poços profundos de águas de outro mundo,
que se querem libertar…

Mas eu juro que não quero ser livre, assim…
Quero que vivas em mim!
Que acaricies meu corpo nas ondas do teu prazer…
Que apertes meus lábios nos braços do teu viver…
Que loucura é este ser no pecado de te ter!
Embrulho-me no teu peito…
Encolho-me no teu ventre…
Vibro o TUDO que se sente, quando se ama de morrer…

(Sonho acordada…
Assim, estou consciente do que uma mulher sente
no arder do seu amor…)

Flor de Luar, sinto-me tonta, a boiar,
no mar das delícias tuas…
E vejo pérolas cinzentas sair de nuvens pardentas…
Logo,
descubro conchas do mar a tecer na areia
um poço de amor salgado,
uma teia delicada, onde me escondo,
enfeitiçada…

VENS, AMOR?

Marilisa Ribeiro



Escrevo-te
Porque não te sei calar em mim.
Se ao menos eu te respirasse
Mais do que o que te penso…
Escrevo-te
Porque a vida contigo
Sabe a chocolate quente com canela.

Escrevo-te
Porque serás uma lágrima eterna que me veste
Porque esta maldição nem me deixa lutar por ti

Vem, alma veemente,
Vem, não porque te prometo vida
Mas porque também queres!
Vem, antes que me escapes das mãos
Onde nunca estiveste…­


­ Sonia Pinto


Em teu corpo abarquei…
O meu corpo sem vela…
Em teu corpo me espraiei…
Como pintura sem tela…

Em teu corpo me perco…
Em teu corpo me prendo
Em teu corpo eu desato…
O meu adoçado lamento…

Nesse encanto me perdi
Rumo, ao infinito desconhecido
E, do teu corpo eu fiz,
O meu secreto, porto de abrigo.

Em teu corpo reluzia…
O meu, como estrela candente…
Queimando desejos e fantasias
Que dele brotam iminentes

Em gesto brandos te sonhei…
Em cantigas, que não cantarei 
Em cantos, de puro espanto…
Que adornam meu precioso manto.

Mel Almeida­ ­



CANÇÃO DO AMOR SEM MEDO

Escrevo todos os meus planos na areia
Mas o vento aprimora as suas danças
Varrendo letras, traços e lembranças
Levando a luz, que meu amor clareia

Pois meu coração, teu coração anseia
E eu refaço a contragosto as andanças
Renovo sempre minha fé nas esperanças
Na alegria que em mim vibra, passeia

Pois se o destino, artimanhas trança
E as nossas vidas se propõem em aliança
No que eu te falo, eu só peço... Creia!

O tempo passa e nos acena uma mudança
Nosso caminho, um novo destino alcança
Na plenitude de quem ama e não receia...­


Ana Barreto


Obsessão pela Natureza

Canto a natureza e não canso de clamar.
Se fosse só sua beleza, ainda assim,
Viveria a enamora-la, decanta-la...
Mas, minha poesia tem um quê de
Amargura, um gosto de saudade...
É que esse meu mundo irreal,
Em profusão de verdes e vidas
Está sendo, pouco a pouco, desmoronado...
E em seu lugar um mundo desencantado.
E para o meu maior desespero,
Tudo pela força do dinheiro
E do egocentrismo ou egoísmo
Do homem desumano, materialista...
Ó poderosos! Façam vista-grossa!
Equilibrem suas finanças,
Apliquem e acumulem o capital,
Erijam montanhas de ouro e
Cavem o poço cada vez mais profundo
Entre ricos e pobres deste mundo!
Ó Bajuladores, aplaudam o sucesso
Desses “eficientes”! Saciem sua sede ilimitada!
Comprem, consumam, deem seu aval
Às suas megaconstruções! Eles não
São os tais? São seus ídolos? Os imortais?
Depois da farra, a ressaca...
O arrependimento... O estrago estará feito...
A natureza definha, e as catástrofes naturais
Se fortalecem. Até quando vamos suportar?
Vamos mesmo explodir nosso Paraíso?
Pense bem, mude o rumo do fim que está
Previsto e por eu tanto insistir como insisto!


Paulo Paixão



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Estão de Parabéns


24 DE FEVEREIRO
OSVALDO MADUREIRA
CARLOS RODRIGUES

23 DE FEVEREIRO

LUIS VASCONCELOS D'ORLEÃES

VERA JACOBINA

22 DE FEVEREIRO

JOAQUIM PESSOA

21 DE FEVEREIRO

SOL FIGUEIREDO


20 DE FEVEREIRO



Nota: Devido à minha ausência do Solar nos dias que precederem, só agora foi possível carregar as imagens dos presentes aniversariantes. Pelo facto, as minhas desculpas.

José Sepúlveda




sábado, 18 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Os Nossos Poetas


 ESPIRITO SANTO

Alguém! Já deve ter reparado.
Como vem uma pergunta!
De criança!
Ela é inebriante.

É inocente!
De uma intensidade...
Reluzente...
E me alegra os olhos!

E fico contente!
Nesse mundo de vilões.
Tanta perspectiva!?
Almejar que ; elas cresçam...

Com igualdade!
Na verdade...
Que um dia sonhamos...
Outrora.

E passamos vergonha.
Em dar uma resposta!
Plausível...
Para um ser pequeno.

Que pergunta!
Porque!Ele está chorando?
Era um menino!
Em um documentá rio.

Sobre a guerra!
E respondi...
Ele está triste!
E o silêncio ; pairou...

Por uns instante!
Daí!Nada precisei falar...
Deve ter entendido.
Ao ver meu olhar!

Nesse Carnaval!
Faça uma oração...
Ofereça a Deus.
Para que ele tenha compaixão.

E que essa geração!Não pague o preço dá nossa condição.

Rubens Rosas Júnior­ ­


Em meus pântanos vejo as flores
Ouvindo o silêncio profundo
Alagadiços de magia
Reflexo da Lua brilhante
Amantes nas sombras
Pirilampos neste céu tão singular
Sinfonias dos seres
A estrela que brilha nos olhares
Cortejo magnificamente harmonioso
Encontros...
Fecundação águas turvas
Misterioso feitiço
Morno
Quente
Esperançoso e fascinante
Assombrada pelas copas das frondosas árvores
Imponência...
Vastidão infinita
Compor as diferenças
Cada canto um único maestro
Arco-íris
Denso como um beijo onde as línguas se entrelaçam
Vigoroso e cálido
Meu amor...
Bioma de meu incontestável jeito
Ser eu!
Em toda minha essência

Helio Ramos de Oliveira
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)­ ­


Minha alma, meu voo

A águia chorava…
Lágrimas que no chão calavam
… Calavam os gritos de quem parava
Paragens da águia que em luzes me olhavam
… Meu voo…
Olhos de sol que me iluminam
Na luz dos gritos parados no chão
Lágrimas do olhar que abominam
Vozes caladas em oração
… Meu voo…
Chora águia dos céus
As árvores se vergam em ti
Se vergam às lágrimas que em ti são véus
Nos chãos chorados em voos que eu vi
… Meu voo…
Não existe poeira quando passas
As ervas não secam… Lindo tapete
A águia chora pelo voo das raças
Num voo de amor onde tudo se repete
… Meu voo…
O voo da águia… Fervor
Poderia ser uma simples ave
Na sua grandeza em amor
Na sua beleza que em mim cabe
… Meu voo…
As lágrimas da águia caídas no chão
Voos da terra, voos do céu…
Voos do meu coração
Águia gritante de quem sou réu
… Meu voo…
Se furas o céu, a chuva cai
Na terra sem pó, numa lágrima que sai
É águia… É rapina
É a alma em voo picado
Num voo de esgrima
Num chão que em lágrima
É o meu voo da alma
Que em toda a calma,
É o meu voo louvado

José Alberto Sá


Não há tristeza que dure,
Nem lágrima que não seque,
Se a alma se-me aflige,
Eu choro… eu choro,
Cascata me sou cristalina,
Bebendo-me fragilidade de ser,
Em cada lágrima me re-avalio,
Lavando meu pensamento,

A lágrima é chama ardente,
Sensibilidade que extravasa,
Absoluta… dá brilho ao olhar,
Alivia [me] cargas supérfluas,
Leveza ao [me] pensar…

Lágrimas… intuições,
Fragilizações necessárias,
Limpeza do plano mental,
Tristeza bem-vinda,
Porta a um novo ciclo entrar,

Hoje acordei na lágrima,
Na lágrima me enluto,
Na lágrima me entristeço,
Na lágrima me cresço,
Na lágrima me banho,
Cada lágrima incolor que bebo,

Me acolhe no céu da alma,
E re-nasço no torpor…
Que as lágrimas bebidas,
São meu elixir de alegria e amor!

Cristina Correia


Procuro-te na escuridão...oiço o toque das tuas mãos

Com emoção esqueço-me no teu abraço
Somos o universo
Com asas no espaço
És-me no meu verso

Desejo...

Noites de paixão,momentos imortalizados
Tatuadas no meu templo em luares sem fim
Nossos corpos entrelaçados,trevas de pecados
Unimos num único corpo em mistérios frenesim

Paula OZ­ ­


MEU CORPO, TUA CASA

Faz de mim o teu aconchego
Faz de mim a sombra da tua solidão
Faz de mim a casa dos teus sonhos
que procuras e onde gostas de estar 

onde os meus olhos
sejam as tuas janelas
as minhas pálpebras 
as cortinas da tua inquietude
os meus dedos as heras do teu conforto
que lentamente te percorrem
e em ti se fazem semente 
e em ti sempre se alongam 
mais um pouquinho

a minha boca feita desejo
a porta por onde entras e sais
sempre que te apeteça
os meus cabelos os teus lençóis
em que te aninhas e adormeces

onde o meu peito e regaço
sejam o jardim onde te repousas
e demoras nos teus momentos tranquilos

onde os meus braços
sejam os corrimãos onde te apoias
sempre que fraquejares
e a minha pele seja a flor
que todos os dias regas com a ternura
das tuas mãos, mesmo que cansadas

onde as minhas pernas
sejam as paredes que te abrigam
e onde tu sereno confessas baixinho
o que te vai na alma

onde os meus ouvidos sejam
a tua lembrança e aquela foto
que sempre olhas
e para onde murmuras baixinho
sempre que te bate uma saudade

onde toda eu seja o teu amor absoluto
o teu refúgio
o teu ninho
e onde à descoberta da casa 
que é apenas tua
deambulando sem destino algum
descubras com ternura o caminho
daqui até à eternidade


São Reis 
17Fev2012

Salvé, 17 de Fevereiro

HOJE ESTÁ DE PARABÉNS
 VALESKA CABRAL
FELIZ ANIVERSÁRIO

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Os Nossos Poetas

 DIAS RESIGNADOS

Há dias
Em que a carne suspira sossego
A alma embrenha-se no medo
Dias em que a dor por cumprir
Se eleva em redenção
Quase dor por sentir
Em suspiração

Há dias em que o corpo macilento
Rendido aos químicos e à morfina
Tropeça no cansaço quezilento
Da dor que o moí e assassina
E assim fica abandonado 
Esse corpo perdido cansado

Dias em que as palavras são agulhas
Poemas são bisturis afiados
Dias em que versos são faúlhas
De fogos em dor incendiados

Dias em que o pensar é solidão
E os sentimentos afogueados
Chamas de um sentir comiseração

E o corpo ruma a um só lugar
Perdido sem se encontrar
Corpo e alma desencontrados

Paz do Ser nunca vão achar
Nesses dias resignados

Clamam resignação
...
musa­ ­


 Sinto-me tão só
Como quando nasci
E não te senti
Um corpo
Com um colo aberto

Queria virar-me ao contrário
Voltar ao ventre materno
E dizer-te
Só...a ti:

- Vem-me visitar
E faz do meu caminho
Um sol nascente
A cobrir-me o corpo todo

A saltitar por entre as memórias
Que me dizem de nós
Eu me contradigo
Nos nomes que invento
E nas horas mortas
Fecho os olhos
E choro baixinho

É este silêncio uma dobra
Num lençol dourado
Onde escrevo
O teu nome
Para que no fim
Me nutras a alma
Já que o corpo
Mata a minha fome
Derrubando muros
E a minha sede
A beber os sonhos
Afogando
Momentos meus e teus

Sónia Pinto­ ­


Viajando pelo sonho

Dispo-me dos fragmentos dolorosos da vida,
Abraço-me aos instantes feitos sonhos
E deixo-me levar nas ondas de um novo sentir;
Esqueço a escuridão de nuvens passageiras,
O sol que desponta em aurora luminosa,
Afaga-me o coração, 
Acalentando-o do frio de invernos passados!
Olho o firmamento
E numa ilusão quimérica,
Sinto-me com uma pena 
Que voa livre, indomável e sem destino!
Sigo o ritmo das marés solares,
Penetro em mares estelares,
Mergulho na suavidade das águas voláteis,
Descanso serenamente nas rochas lunares!
Reparo num ponto infinito,
Insignificante que vislumbro lá longe,
Quiçá seja a Terra que me chama,
Recuso-me retornar,
Não quero voltar ao desassossego da alma, 
Muito menos às dores do corpo,
Nem tampouco aos dissabores
Que nos causam os humanos!
Semicerro os olhos,
O Luar envolve-me, 
Suspiro...
Toco com os meus pés 
O chão da Terra!
Despertou-se o sonho.

José Carlos Moutinho­ ­


Se minha alma não está visível
estilhaço
aceito mutilações

Se minha alma não é visível
esvazio
no espaço, outras dimensões

Sem palavras desalmo em peles
deslizo ondas, luz
mutilações metafísicas
- entre pensamentos -
(em)a versos, evasAlmas
voo me escrevo e onde deslizas
me (re)escrevo, amo, poemo…

Carmen Silvia Presotto­ ­