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Queremos conhecer melhor os nossos poetas!
É o privilégio de fazer parte do Solar de Poetas.
A jornalista Shirley M. Cavalcante vai entrevistar poetas do Solar.
As entrevistas serão posteriormente divulgadas em Portugal e no Brasil, através das parcerias efetuadas por SMC (smccomunicacao@hotmail.com), ao nosso lado nesta parceria.
Informa-te como podes participar neste projeto.
Bem-vindo ao Divulga Escritor.
O Solar de Poetas é o teu grupo no facebook.

P.S. - Os pedidos de informação adicional devem ser remetidos por email para o seguinte endereço: smccomunicacao@hotmail.com. As entrevistas serão posteriormente orientadas e desenvolvidas pela SMC  que as divulgará gradualmente de acordo com o calendário que  vá sendo estabelecido pelos promotores: smccomunicacao@hotmail.com


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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Mauricio Duarte

Mauricio Duarte é natural de Niterói, RJ. Escritor, poeta, artista plástico e ilustrador, formado em Desenho Industrial – Programação Visual na Escola de Belas Artes da UFRJ. Tem duas antologias de contos publicadas sob demanda: Conspiração Literária e Conspiração Quadrinhográfica, além das coletâneas de poemas, Poesia Brutista, Simultaneísta e Estática e Pedaços de uma vida. Concluiu o curso de Produção Textual com a poeta Maria Regina Moura na editora Canteiros. Foi premiado pela ABD com medalhas de prata e de destaque concernentes a sua participação em salões de arte e literatura como poeta. Foi premiado também com a menção honrosa em poesia no XXXV Concurso Hermando Continentes da Argentina.



“Gostaria de ver mais livrarias principalmente fora dos grandes centros, nas periferias e no interior. Há um número bom de editoras no país, embora elas, muitas vezes, não deem oportunidades para os novos autores, mas as livrarias são muito poucas e grande parte delas, se transformaram em grandes megastores, esquecendo do apelo e do charme das pequenas livrarias.”



Boa Leitura!



SMC - Prezado escritor Maurício Duarte, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Em que momento você começou a escrever, e o que costumava escrever?



Mauricio Duarte - Comecei a escrever com 14 anos, mais ou menos, para um trabalho de escola. Era uma história-em-quadrinhos, como não podia deixar de ser, tudo começou com as histórias-em-quadrinhos que eu lia muito na minha infância e juventude e antes mesmo de começar a ler, pedia para minha mãe ler para mim, como ela me conta. Depois eu escrevi para um concurso também no colégio, de um romance juvenil, onde eu tirei o segundo lugar. Escrevi algum tempo após o concurso, mais um texto, um romance policial, mas esse eu joguei fora, desgostoso com o resultado.

Tive um período em que eu não escrevi nada até chegar ao ano de 2003 quando eu retomei meus escritos e não parei até hoje.



SMC - Escritor Mauricio conte-nos como foi escrito seu livro de contos: “Conspiração quadrinhográfica . contos de inspiração neoísta” que temas você aborda em sua obra?



Mauricio Duarte - Conspiração quadrinhográfica foi um desdobramento natural do Conspiração Literária, onde eu coloco contos que abordam a realidade com um viés neoísta. No fundo, no fundo, tem a ver com a questão: como aproximar o conceito de Conspiração Cósmica que é um conceito alquímico, do Antigo Egito, ao do movimento neoísta, que é algo tão novo e contemporâneo? Num dos contos, Marcos, um professor de literatura, tenta publicar uma história-em-quadrinhos adulta, sem sucesso. Busco relacionar, nos meus contos, a trajetória de personagens que estão numa encruzilhada de suas vidas com uma estética do neoísmo em narrativa. Conspiração quadrinhográfica enfoca um aspecto editorial da HQ, de como a nossa imaginação tem sido envenenada de todas as formas pela mídia, especialmente, nas histórias-em-quadrinhos.



SMC - Qual o foco do seu livro filosófico da arte: “Confluência dos quadrinhos na contemporaneidade . Trem de Ferro.”? A quem você indica a leitura desta obra?



Mauricio Duarte - Eu escrevi esse livro quando eu era aluno ouvinte do Mestrado em Ciência da Arte da UFF de Niterói . RJ. Não cheguei a completar o curso, mas isso de forma alguma tira o brilho do livro que discorre sobre três histórias-em-quadrinhos famosas e de alta qualidade no meio dos quadrinhos: Arzach de Moebius, Sin City de Frank Miller e O Bebê de Valentina de Guido Crepax. Além da minha obra pessoal, Trem de Ferro, no final do volume. O trabalho coloca como os quadrinhos possuem uma linguagem própria, que difere sensivelmente do cinema e da fotografia, por exemplo. E especialmente como essas três obras se relacionam, mesmo sendo tão diferentes no tempo, no espaço e em temáticas. Indico a leitura a todos aqueles que apreciam uma boa história-em-quadrinhos.



SMC - Que temas você aborda em seus livros de poesia? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas?



Mauricio Duarte - A poesia aconteceu para mim como um achado espiritual... estou sempre lidando com o imaginário mais lúdico e mais apto a sacolejar os leitores no que eles possuem em essência, questionando os ditames da própria vida. Busco além da espiritualidade, temas relacionados a vida urbana contemporânea e suas contradições.

A própria vida me inspira muito, com suas limitações, seus desejos e seus amores. A poesia me encanta e me faz recordar que estou vivo. Houve períodos da minha vida que eu escrevia um poema por dia, agora estou menos produtivo, mas ainda escrevo muito.



SMC - Você, hoje, usa dois nomes, conte-nos como surgiu o nome de sannyasin: Swami Divyam Anuragi? o que diferencia o Swami Divyam do Maurício Duarte?



Mauricio Duarte - O nome Divyam Anuragi surgiu quando eu tomei sannyas pelo OSHO, um guru indiano, que ficou famoso nos anos 1970 e 1980. Foi um marco na minha vida a devoção a esse caminho espiritual, como é até hoje.

O Anuragi de hoje é mais maduro do que o Mauricio de ontem. Sei diferenciar entre o que me mobiliza para escrever um texto ou para pintar uma tela do que me mobiliza para praticar meditação, por exemplo. É importante isso, porque muitas vezes, o autor pode se confundir entre o que é expressão do seu trabalho como artista e o que é de foro íntimo e que deve ficar reservado à questões pessoais.



SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?



Mauricio Duarte - Divulgo meu trabalho em coletâneas de vários autores, digitais ou impressas, no Brasil e em Portugal. Utilizo o site recanto das letras (http://www.recantodasletras.com.br/autores/mauricioduarte ) que possui a maioria dos meus textos e também as redes sociais como o facebook https://www.facebook.com/mauricio.a.duarte, twiter https://twitter.com/Anuraghi e o Orkut http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=4225754314378467311 .



SMC - Onde podemos comprar os seus livros?



Mauricio Duarte - Pode adquirir exemplares dos meus livros pelo Clube de Autores:

Pedaços de uma vida . antologia de poesia . http://www.clubedeautores.com.br/book/137277--Pedacos_de_uma_vida

Poesia Brutista, Simultaneísta e Estática . poemas rebeldes . http://www.clubedeautores.com.br/book/37025--Poesia_Brutista_Simultaneista_e_Estatica

Conspiração quadrinhográfica . contos de inspiração neoísta . http://www.clubedeautores.com.br/book/36990--Conspiracao_quadrinhografica



Meu e-mail é: duarte.mauricioantonio.maurici@gmail.com



SMC - Escritor Maurício, quais seus próximos projetos literários?



Mauricio Duarte - Atualmente estou escrevendo um romance a partir do projeto do site Desafios dos escritores do núcleo de literatura da Câmara dos deputados de Brasília. O romance está no capítulo 11 de um total de 22 capítulos e é sobre Nonato, um devoto que faz uma grande caminhada da sua casa até Juazeiro do Norte onde vai assistir uma romaria à Nossa Senhora das Candeias. Nonato acaba se tornando santo e essa trajetória (de um dia na vida do personagem) é contada na história.



SMC - Como é o seu trabalho como artista visual? E como sua atuação como artista plástico se relaciona com o seu processo de escrita em literatura?



Mauricio Duarte - Para mim, pintar é deixar fluir a criação, espontaneamente. Deixar que venha a inspiração plena de gozos e prazeres. É assim que entendo meu movimento em direção às artes visuais. Para mim, é necessário deixar a arte falar através da minha pessoa, através das minhas mãos. A arte é que fala, não eu. Penso num expressionismo abstrato, montanhas de configurações nas quais me deleito ao realizar, pesquisando e investigando o meio que estou utilizando.

O trabalho como artista visual é fundamental para que eu possa ampliar os horizontes da criação literária e vice-versa. Hoje vivemos numa cultura imersa em imagens e signos pop, altamente veiculada pelas diversas mídias. Reutilizo tudo isso, em minha arte e literatura.



SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?



Mauricio Duarte - Parece anacrônico o que vou dizer, em plena era digital, mas acho importante: o número de livrarias no Brasil é muito pequeno. Gostaria de ver mais livrarias principalmente fora dos grandes centros, nas periferias e no interior. Há um número bom de editoras no país, embora elas, muitas vezes, não deem oportunidades para os novos autores, mas as livrarias são muito poucas e grande parte delas, se transformaram em grandes megastores, esquecendo do apelo e do charme das pequenas livrarias. Adoro folhear livros, o contato com o livro é essencial, na minha perspectiva. O livro digital tem o seu lugar e cada vez mais vai aparecer, mas acredito que devia ser dado um incentivo às pequenas livrarias e ao livro convencional.



SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Mauricio Duarte, que mensagem você deixa para nossos leitores?



Mauricio Duarte - Gostaria de dizer que hoje vivemos um tempo realmente singular, onde se diz justiça, mas vemos "prisão-escola de crimes", onde se diz livre escolha, mas vemos “aborto incentivado”, onde se diz tratamento psiquiátrico e vemos “amontoado de pessoas sem esperança num manicômio”. Um tempo com contrariedades muito grandes. Para os jovens digo que o mais importante é cultivar uma personalidade que valha a pena, porque persona vem de máscara, o som que vem da máscara, portanto que leia bons livros, veja bons filmes, assista boas peças de teatro, vá a boas exposições de arte. Até para que esse jovem, essa jovem possam transcender essa persona, essa máscara quando estiverem mais maduros e/ou para que possam expressar-se como artistas de um modo pleno.



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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora 
Dulce Morais


Sou originária da cidade de Tomar, Portugal. Se nasci em país lusófono, deixei-o ainda criança para seguir o destino, com rumo a várias culturas, acabando por me fixar durante a adolescência à beira do Lago Léman, em Genebra.
Foi lá que vivi durante vinte e cinco anos, estudei, fundei uma família e comecei a rabiscar versos e prosas em cadernos ou folhas soltas, escondidos em seguida em gavetas bem fechadas. As mudanças de país e de horizonte foram-me saudáveis e criaram uma constante curiosidade pela Humanidade, pelas ciências, pela psicologia, mas sobretudo, pelas letras. Absorvi de tal forma a cultura e o idioma dos países onde vivi, que quase não pratiquei a língua portuguesa até aos 36 anos. Ao instalar-me novamente na cidade da minha infância, descobri-me uma paixão pela língua de Camões e, graças aos conselhos de amigos, descubro a literatura portuguesa e brasileira com entusiasmo.

“Há também muito trabalho a fazer  na divulgação da literatura, sobretudo junto aos jovens, que perdem lentamente o gosto pela escrita, preferindo a literatura “fast-food” de celebridades. Existem exceções, felizmente. Mas são cada vez mais raras.”

Boa Leitura!


SMC - Dulce Morais para nós é um prazer imenso, parceira, contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita?


Dulce Morais - Ao descobrir o talento de Mark Twain, Robert Louis Stevenson e semelhantes durante a infância, soube que havia no acto de escrever, algo fantástico. Para a criança que eu era, a escrita representava uma forma de magia. Era uma atividade quase mística, que permitia transmitir sonhos em forma de letras desenhadas nas páginas de um livro. Durante a adolescência descobri outros talentos da literatura internacional e da francesa, em particular. Quando Françoise Sagan me trouxe, através do seu “Bonjour Tristesse”, uma história tão pungente e intensa, soube que desejava, eu também, contar histórias. Desde então, tento, através de contos e poemas, transmitir o que preenche a minha imaginação.

SMC - Que tipos de textos você escreve? Quais os temas que você aborda em sua escrita?

Dulce Morais - Escrevo poemas, contos e alguns textos mais longos.
Em versos ou em prosa poética, tento sobretudo comunicar emoções. Também posso contar uma história em versos mas, são sobretudo os sentimentos que atravessam a pluma.
Quanto aos contos, abordo sobretudo a visão do mundo de uma ou várias personagens. Relato histórias que me vieram sem que eu saiba bem de onde e tento comunicar, não só os fatos, mas também a forma como as personagens os encaram, as emoções que  se instalam em cada acto.
Os temas são diversos mas o intuito é quase sempre o de encontrar-se num mundo que não conseguimos sempre apreender de uma forma que nos corresponde.

SMC - Em que momento você se sente mais inspirada a escrever?

Dulce Morais - Admito não ter um momento que me inspire mais que outro. Devido ao ritmo diário, é sobretudo de manhã cedo e à tarde, durante os trajetos para o trabalho ou de regresso a casa, que encontro mais tempo. Porém, acontece com frequência que uma ideia surja a meio da noite ou durante uma atividade que nada tem a ver com a escrita.
Acredito que as ideias possam ter vida própria, certas vezes. Não pretendo controlar os momentos em que elas se manifestam. Simplesmente as aceito e tento deixá-las expressar-se no momento por elas escolhido.

SMC - Quais escritores são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?

Dulce Morais - São inúmeros! É quase impossível escolher alguns a mencionar aqui.
Já mencionei Françoise Sagan mais acima.
Noutro estilo, mas não menos interessante, o autor Bernard Werber sabe criar ambientes, Mundos, Universos, que lhe são próprios. Integra o leitor de tal forma, que o mesmo deixa-se levar de boa vontade. Em seguida, surpreende-o com algo tão inesperado, que o obriga a ler e reler várias vezes para ter a certeza de ter bem lido!
Na poesia, é sobretudo de Fernando Pessoa e Florbela Espanca que me alimento. Sim, penso poder dizer que me alimento deles. Tanto a poesia de um como de outro vive-se. Ler não chega. É preciso senti-la. E quando se sente, então sabemos que aqueles talentos não encontrarão nunca o seu igual.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Dulce Morais - Tentar transmitir uma mensagem seria uma responsabilidade enorme. Nunca pretendi comunicar mensagens, mas simplesmente transmitir as histórias e os versos que passeiam pela minha mente e que, de quando em vez, aceitam que eu os escreva.
Também nunca tive o objetivo de ter um público particular. Todos os leitores são bem-vindos, neste mundo em que o gosto pela leitura tende a perder-se.

SMC - Dulce, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?

Dulce Morais - O meu trabalho é divulgado no meu blog - Crazy 40 Blog, mas também nos diversos blogs em que participo, como no Pense fora da caixa.
Também sou a co-criadora do Tubo de Ensaio, um espaço que pretende divulgar e incentivar a criatividade sob todas as suas formas, mas na escrita em particular.
Participo ainda nos blogs Neo Literattus e Beco de Idéias, onde divulgo o meu trabalho, junto com outros autores de talento.
Enfim, tive a honra de participar na Antologia Voar na Poesia, publicada pelos organizadores do grupo do mesmo nome no Facebook.
Mas, por agora, é sobretudo nas redes sociais que o meu trabalho está presente.

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Você pensa em publicar um livro?

Dulce Morais - Como cada escritor, publicar um livro é um objetivo. Porém, em Portugal o mercado literário é bastante limitado para novos autores.
Existem dois projetos, um individual e outro comum, que espero poder concretizar nos próximos meses.

SMC - Quem é a escritora Dulce Morais? Quais seus principais hobbies?

Dulce Morais - A escrita é uma das minhas principais atividades. As viagens, a fotografia, a pintura – de que sou grande admiradora – são outras ocupações que aprecio muito.
Penso que, se o meu tempo o permitisse, passaria os dias em museus ou em visitas a monumentos, com o meu caderno à mão para poder escrever ao mesmo tempo que admiro as maravilhas da história e da arte.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?                                                                                                                                                                                

Dulce Morais - Penso que há muito que fazer, sobretudo para o incentivo à criatividade, em Portugal. Os autores já publicados com sucesso estão muito presentes mas, além deles, raros são os jovens autores que conseguem ser publicados.
Há também muito trabalho a fazer  na divulgação da literatura, sobretudo junto aos jovens, que perdem lentamente o gosto pela escrita, preferindo a literatura “fast-food” de celebridades. Existem exceções, felizmente. Mas são cada vez mais raras.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Dulce Morais, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Dulce Morais - Costumo dizer que, nada sabendo, nada posso dizer a outrem que essa pessoa não saiba já.
Se devo deixar uma mensagem, será a de ler, ler, ler e, quanto tiver ainda algum tempo, ler!
Ler de tudo! Autores famosos, clássicos, contemporâneos, jovens, antigos, famosos, desconhecidos, talentosos e menos bons!
A diversidade ajuda a ver o Mundo sob vários ângulos e a apreendê-lo de uma forma que seria, talvez, impossível, sem a imaginação dos autores.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Filipe Assunção
Quem eu sou?
Nada comparado com o vento
Uma entre tantas
Partículas do tempo

Que urge em partir
Caminhante de águas frias
Sonhador compulsivo
Poesia escrita por um desconhecido

Que empresta sua alma
Ao mundo deserto
Que não teme o incerto
Poeta que nunca se acalma

Pena molhada
Em um tinteiro
De emoções
Alma sentada
Mas nunca parada

Que eu sou?
Um entre tantos
Muitos entre poucos
Um tudo de nada

Onde o sonho
Nunca acaba
Na poesia
Essa a que verdadeiramente
Me ama

E se estende sobre mim
Como um manto reluzente
E cada caminhada
Aquela que me abraça
Até ao eu mais íntimo

Que me despe
De qualquer defesa
Que me ergue
Em tanta tristeza

Que me alimenta
Dia após dia
De esperança
Que é possível a mudança

Viajar para todo o lugar
Onde minha alma queira estar
Me permitindo abraçar
Tudo que a humanidade pode dar

Boa Leitura!

SMC – Escritor/poeta,  Filipe Assunção, é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter o gosto pela escrita?

Filipe Assunção - A lágrima distinta a tal porta cai
Como uma campainha que inunda
Nossa porta por abrir e o sonho se torna real dentro do proprio sonho!

SMC - Em que momento você se sente mais inspirado a escrever?

Filipe Assunção - Escrevo em muitos momentos, mas principalmente nos que passo a citar:

Quando a alma os vidros quebrar
Quando o coração só quiser sangrar
E a vida se tornar um fio no olhar
Quando já não temos o abraço por dar

Como um jardim acabado de semear
Que as nuvens não querem brotar
Quando a lagrima se torna um altar
E a dor nos consome a cada luar

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Filipe Assunção - Todos que querem quebrar regras!

Sempre estou acordado
Quando me tentas adormecer
E isso mata a saudade
Se a verdade já foi proibida
Então quebrarei todas as regras

A mensagem consiste em rever tudo o que somos!

Nesta arca de Noé
Que se abram os olhos
Antes da porta se fechar
Ou não haverá altar

Para contemplar
Quem com palavras
Quis fazer acreditar
Que ao homem
É possível, alguma coisa dominar

SMC - Filipe quando você esta triste, irritado, feliz... Ao escrever uma poesia, um texto, como se sente depois da escrita?

Filipe Assunção - Esse teu lugar
Que me transforma em nada
Que me deixa vazio
De tanto cheio
E sem saber explicar
Me sinto a viver


SMC - Que dificuldades você encontra para a publicação de livros?  O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades?

Filipe Assunção - Agora que me tornei viril, e relinchei como os cavalos cuspindo cada ser, recuso cada palavra! Essa tua mente puritana afinal fumo é igual. Em cada janela sua cortina, em cada escada seu degrau, sendo eu humano procurando a imperfeição relincho em cada acontecimento, frio ou gélido nunca serei morno em areias de deserto, escondo a mão afinal sou argucioso de uma sociedade decadente! Que me sejam dados os meus devidos coices e estrumo que apenas erguerei meus cornos ao mundo!!

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um livro?

Filipe Assunção - Sim! Mas de uma forma livre!
Posso conter como quem chega de passagem
Não me desculpes se assim te fiz chorar
Não tenho esta primeira na mão em última abordagem

SMC - Quem é o escritor Filipe Assunção?

Filipe Assunção - Não quero uma correcção inventada por um filósofo
Quero uma cadeira quebrada, para com ela poder cair
Uma linhagem distinta
Enquanto caminhas surge a pergunta
Quem chegou foste tu, ou mais uma razão?
Até que por acaso arguta esta falange
E no ar! Tem este mundo solução?

SMC - Em sua opinião o que é ser Poeta?
Filipe Assunção - Ser poeta não é ser mais alto, mas sim andar descalço e sem vergonha ser menor!
O poeta
O poeta está preso em dois Mundos
Ora chora ora sorri
Soltando seus gritos mudos
Que por vezes ninguém sabe entender
E aplaude sem saber
O que dói um poema escrever

SMC  - Em sua opinião o que é liberdade?

Filipe Assunção - Homem despojado do seu próprio território
Impotente diante do Omnipotente
Neste sistema alectório
Rolam cabeças do presente

Enquanto os galos cantam
O sol se esconde
Dos que se encantam
Nesta moralidade agnome

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Filipe Assunção, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Filipe Assunção - Pede uma Alma retornada
Pede uma Palavra ancorada
Pede uma nova vida
E se nada resultar
Pede um novo amor
Mas só se for para amar.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Celeste Fernandes Leite
CELESTE FERNANDES LEITE, nasceu em Viseu, atualmente mora em Lisboa, Portugal. Escreveu um livro aos 14 anos de toda a sua história até ali vivida. Ganhou-lhe o gosto e foi escrevendo textos para livros escolares franceses. Ao iniciar uma vida a dois resolveu escrever um livro de culinária que não chegou a editar. Foi então que decidiu fazer uma colecção de roupas numa fábrica adquirida pelo seu marido. Um ano mais tarde abriu uma galeria de arte onde expunha principalmente as suas telas pintadas a óleo Foi tirando em simultâneo alguns cursos. Abriu várias lojas de decoração e na febre dos franchising de engomadorias resolveu abrir também um negócio desses. Mas faltava-lhe sempre algo… Até que após uma doença prolongada do seu pai, toda aquela vivência constante com ele e não o podendo ajudar, sem saber como desabafar, começou a escrever de novo. Desta vez com prosas e poemas, que lhe foram ocupando primeiro as noites e agora também os dias, resolvendo fazer da escrita o seu principal projecto de vida. As suas primeiras palavras editadas, nesta área da poesia/prosa, foi na participação do livro de um grande amigo Joaquim António Godinho intitulado O Arrumador de Palavras com o poema: Caminho de Incertezas. Foi um dos seus grandes incentivadores, nesta pequena, mas já grandiosa caminhada.

Boa Leitura!

SMC - Escritora Celeste Leite, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita?

Celeste Leite - Tudo começou na minha infância, pelos meus 4 anos, : o meu avô materno era uma pessoa muito culta e viajada, tinha sido boxeur, tinha tido um hotel em Espanha, enfrentou a guerra civil de Espanha nessa altura com o General Franco… E e eu tinha uma grande admiração pelo meu avô, ; sentava-me junto dele sempre que podia para ouvir todas as histórias e ia fazendo rabiscos num papel a fazer de conta que escrevia o que ele me dizia, foi então que esse avô me ensinou a ler e a escrever. E comecei a escrever de facto o que ele me ia contando.

SMC - Tu trabalhas com pinturas, conte-nos o que gostas de pintar? O que diferencia os momentos de inspiração para a pintura dos momentos de inspiração para a escrita?
Celeste Leite- Bem a pintura é uma maneira de transmitir cá para fora só o que de sereno existe em mim, porque normalmente pinto paisagens de mar, de serra, de vilas piscatória, vilas de gente humilde e rostos felizes ou gentes com ar feliz. Quanto à escrita …já é um conjunto variado de emoções.

SMC - Que temas você aborda em seu livro “Prosas em Mim”? O que veio primeiro o livro ou o Título?


Celeste Leite - São poemas ou prosas que revelam o nu da minha alma, é o meu subconsciente a falar por entre palavras.
São os sentimentos, principalmente abordar o amor através da escrita.
O livro chegou primeiro que o titulo, porque primeiro chegou a necessidade de libertar sentimentos retidos no meu interior. 


SMC - Estas lançando o livro “Confrontos de Alma” conte-nos em que momento te sentias mais inspirada a escrever esta obra? Que temas abordas?

Celeste Leite - Depois de ter escrito o meu primeiro livro “Prosas em Mim” achei que era muito pouco para me dar a conhecer, porque a vida não é só dissabores, nem rosas. Por isso é uma mistura de sentimentos, bons e maus momentos e tudo o que actualmente atravessamos na sociedade.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

 Celeste Leite - Pretendo atingir o maior numero de publico, de todos os níveis e classes sociais, principalmente os mais humanos e todos os outros, tentar pelo menos fazer chegar um pouco da minha sensibilidade como ser humano e que possam pensar um pouco no outro, porque em todo o ser humano existe um coração a bater e os mais atingidos sofrem de dor.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?

Celeste Leite -  Principalmente através do facebook, agora pelos livros também, pelas tertúlias realizadas ás quintas feiras no Ainda a Noite É Uma Criança, um bar muito aconchegante, situado no Príncipe Real em Lisboa e também por escolas do ensino básico.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

Celeste Leite -  Podem adquirir os livros junto da editoras, Pastelaria Estudios e Modocromia, ou então através de mim para e email: celestefleite@gmail.com

SMC - Quem é a escritora Celeste Leite? Quais os seus principais objetivos como escritora?

Celeste Leite - A Celeste é uma pessoa que devido à sua sensibilidade interior, á sua maneira muito rápida de captar o seu sofrimento e o sofrimento dos outros resolver escrever tudo o que lhe vai na mente, sem véus, sem barreira alguma, tudo a nu, como a sua alma transparente.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

Celeste Leite -  Acho que deveria haver cada vez menos literatura violenta para os jovens, menos vulgar no acto das palavras, com um vocabulário mais cuidado.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a escritora Celeste Leite, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Celeste Leite - Que agradeço a todos que gostam de me ler, que ao fazê-lo que isso os faça sentir melhor ou mais felizes, e que ainda surgirão muitas surpresas da minha parte, que me continuem a acompanhar, porque sem eles eu não sou nada. Não vale a pena escrever se não existir quem nos leia.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Manuela Barroso
Manuela Barroso (Maria Manuela Barroso Nogueira Martins Ferreira de Castro ) , nasceu no distrito de Braga província do Minho-Portugal em 1946. Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde se formou com a licenciatura em Filologia Românica, tendo aí efetuado o Curso de Ciências Pedagógicas. Exerceu a sua atividade como Professora de Português e Francês no Ensino secundário na cidade de  Braga e Porto onde reside. A vertente da sua especialização ligada às letras a par da profissão no estudo de autores consagrados, deixa-lhe os ventos da poética. Só depois de ter o tempo exigido para discorrer pelo mundo das palavras, publicou o seu primeiro livro “Inquietudes” Colaborou na Coletânea “A Sinfonia do Mar” dos Poetas Poveiros-Póvoa de Varzim

“Foi sempre através dos movimentos literários que a política e sociedades tomaram outros rumos. Nós vamos, a mensagem fica.  São as nossas memórias e as nossas experiências, possíveis alavancas para o progresso das gerações futuras.”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Manuela Barroso, para nós é um prazer poder contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em quem momento decidiu publicar seu primeiro livro?
  
Manuela Barroso - O prazer é todo meu por ter a oportunidade de participar neste projeto.
O Livro? Interessante essa questão. Não publiquei. Publicaram-me. Na altura, Maio de 2012, fazia “démarches” para publicar um livro de meu tio (“Vento e Ventanias” - Florentino Alvim Barroso), que vivia em Copacabana. Quis fazer-lhe uma pequena homenagem-surpresa, com uma parte da sua vasta obra. Ao editar este livro, a Editora convidou-me, publicando o meu.

SMC - Sobre o seu livro “Inquietudes” como foi a escolha do título do livro?

Manuela Barroso - Sou pacífica mas uma alma inquieta. As perguntas surgem com uma sucessão de respostas interiores aos quês e porquês da vida e seus limites, que as palavras são incapazes de veicular tais sensações. Daí que permaneça sempre numa” Inquietude”. Mas queria lembrar que este livro já se distancia dos meus pensamentos e escrita atuais. Nada é permanente.

SMC - Que temas você aborda em sua escrita. O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas?

Manuela Barroso - Gosto de me debruçar sobre a paz e o silêncio onde a consciência se encontra nas perguntas e respostas. Todos os Amores aí se encontram. O Infinito, é a minha sedução.
Dói parte da sociedade onde nos inserimos e a permeabilidade dos “desconcertos do mundo”.  A Natureza é uma imprescindível aliada com todos os seus monólogos. Depois, ouço-me. E na impermanência das coisas e pessoas, o que escrevo hoje, reflete, penso, mais a “quietude” de um ser amadurecido mas numa pacífica angústia             

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Manuela Barroso - Não tenho público-alvo específico. Escrevo só o que me dá prazer partilhar. Se apreciarem, ótimo. Não tenho, nunca tive ambições. De resto, teria que ter feito um grande trabalho muito antes, começando nas lides literárias para ter o meu público.
Gostaria muito de poder transmitir a todos os que me leem, a paz, a calma, a serenidade de cada dia. Sem credos ou religiões, dizer que vale a pena levar a todos um pouco de paz onde o silêncio nos traz a música do tempo para refletir. Vivemos num mundo vertiginoso e apático. É tão bom ouvirmo-nos para nos encontrarmos!


SMC - Escritora Manuela Barroso, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?

Manuela Barroso - Na verdade, como disse, não me preocupo com a divulgação numa maior escala porque é difícil lidar com essa máquina. Ultrapassa-me. Há muitas barreiras e as editoras interessam-se por escritores de grande nome. No entanto, o livro encontra-se em diversas livrarias. Confesso que me dá um certo prazer postar nos blogs. A simpatia com que me acolhem é um alegre alento!
Sites / Blog
e

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?

Manuela Barroso -   livraria bertrand online www.unicepe.pt/
www.livapolo.pt  ( Livraria Apolo) 

 Endereço de email para contato  manuelabarroso46@gmail.com

SMC - Quem é a escritora Manuela Barroso, quais seus principais hobbies?

Manuela Barroso - Só me considero escritora no ato da escrita. É um estatuto onde a minha humildade perante grandes vultos me proíbe a entrada…
De resto, difícil descrever. Sou muito complexa na minha simplicidade. Introspetiva, tímida, perseverante, exigente comigo. Mas diria que sou disponível para os amigos, introvertida , enorme  sentido de justiça e gratidão. Tenho um fascínio pelo Universo.
Como hobbies: Ler, escrever, passear, sobretudo para ilhas, jardinar… pasmar perante paisagens que me trazem palavras…

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um novo livro?

Manuela Barroso - A par de trabalhos ligados a publicação de livros, tenho convite da Editora para publicar um livro em dueto que está em fase de acabamento e para publicar ainda este ano. Um desafio…
Tenho material para vários livros. Além de Poesia e Prosa Poética, Divagações, Conto e…Cozinha…
Mas não tenho pressa. O tempo avisar-me-á….

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

Manuela Barroso - É uma lacuna enorme a divulgação do que se vai escrevendo.
As editoras só sobrevivem com grandes tiragens de conhecidos autores. Os livros, são caros para os menos privilegiados.O interesse pela leitura é muito pouco numa época em que não é exigido o mesmo esforço de antes. Tudo está muito facilitado com  consultas relâmpago na net.  
As bibliotecas têm aqui um papel fundamental. Falta a curiosidade por saber o pensamento que se cruza em diversos domínios.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Manuela Barroso, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Manuela Barroso - Quero renovar o meu agradecimento por esta oportunidade.
Foi sempre através dos movimentos literários que a política e sociedades tomaram outros rumos. Nós vamos, a mensagem fica.  São as nossas memórias e as nossas experiências, possíveis alavancas para o progresso das gerações futuras.
Que a Sociedade de hoje dê mais valor à mulher, não só pelo papel que lhe cabe como mãe, mas na política e sociedade com o respeito e a dignidade que já foram antes, só miragens…
Vale a pena lutar pelo que acreditamos a bem da Humanidade.

Muito Obrigada.

Participe do projeto Divulga Escritor

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Teresa Gonçalves nasceu na cidade do Porto, freguesia de Mira-Gaia- Portugal. A sua infância e parte da sua juventude foi passada em S. Mamede Infesta onde viveu até aos dezoito anos. Em 1970 foi viver para Moçambique donde voltou em Outubro de 1974. No ano de 1975 foi para o México, regressando no final do mesmo ano. Vive na cidade da Maia desde 1982.

“Acredito que existe um cordão que une todos os seres ao Universo. Um cordão invisível aos olhos da matéria, contudo, visível no sentir, na energia transmissível do pensamento e dos atos. Acredito nas leis Universais do retorno e compensação. A humanidade deveria estar mais atenta aos sinais da Natureza. “

Boa Leitura!

SMC - Prezada escritora Teresa Gonçalves, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos como teve inicio seu gosto pela escrita? Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro?

Teresa Gonçalves - Comecei a escrever muito cedo. Gostava muito de ler e fui incentivada pela minha professora primária D.Cecília. Com 8 anos li « As Pupilas do Sr. Reitor» do Júlio Dinís. Guardo essa grata recordação, pois, em minha casa não existiam livros e esse foi-me emprestado por ela. O primeiro dos muitos que li. O gosto pela escrita iniciou-se por essa altura, porém, não foi possível dar seguimento ao que eu mais gostava de fazer: escrever. Devido às dificuldades financeiras fui obrigada a deixar de estudar para ajudar a minha mãe, viúva, com três filhos para criar. Frequentei o 5º ano do Liceu e fiquei por aí.
Nunca pensei em publicar. Dizia a brincar, quando alguém me perguntava, que os meus escritos seriam publicados a título póstumo. A oportunidade surgiu num dia em que fui convidada a dizer poesia na Junta de Freguesia de Paranhos ( cidade do Porto). O Dr. Júlio Couto ouviu e interessou-se pelos meus escritos. Começou a divulgar a minha poesia através da declamação na Rádio Lidador ( Maia) e um editor procurou saber quem eu era e fez-me a proposta para a edição do meu primeiro livro « Olhar Interior».

SMC - Como surgiu a ideia de escrever seu livro “Painel Multicor”? Ao iniciar a escrita você já tinha planos para publicar o volume I e Volume II ou a necessidade surgiu no decorrer da escrita do primeiro volume?

Teresa Gonçalves - Sinceramente não! Não tinha. Ao longo dos anos fui guardando em pastas tudo o que escrevia. Após ter sido editado (com sucesso) o primeiro livro a mesma editora procurou saber se eu tinha mais obra o que deu origem ao «Painel Multicor» . Era para ter sido um só livro de poesia e prosa. Devido ao volume de páginas foi dividido. Não ouve um plano antecipado. Na década de 90 a convite do diretor do Jornal da Maia, comecei a publicar artigos e poesia no jornal.

SMC - Que temas abordas em seu livro de contos “Vidas em Fragmentos”?

Teresa Gonçalves - Várias histórias de vida inspiradas em factos verídicos. Alterei os nomes das personagens com conhecimento e autorização das mesmas. Cruzei quase todas as histórias excepto quatro que fazem parte do mesmo livro. Essas ficaram em contos individuais. Assim, o enredo do primeiro conto tornava-se mais misterioso e cativava o interesse do leitor para seguir a leitura do livro até ao fim.

SMC - Que temas você aborda em seus livros de poesias? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas?

Teresa Gonçalves - A minha grande inspiração é a natureza. Seja a natureza mãe, seja a humana e também, a realidade e o sonho. Preocupa-me os problemas ambientais e sociais. Quando escrevo sobre o sonho, é como eu gostava que o mundo e a vida fossem . Iguais ao mundo onírico. Sem maldade e egoísmos. A poesia tem de me sair espontânea de dentro da alma. Um poema sem alma é como uma casa sem tecto. Não consigo fazer poesia por encomenda.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Teresa Gonçalves - Todo o público mas se for jovem, sinto-me mais feliz. Estimular a juventude à leitura e à escrita. Sempre que me é possível aceito os convites das escolas para falar sobre poesia e dizer. Muitos são os que se oferecem para a ler o que para mim, é gratificante. Acredito que existe um cordão que une todos os seres ao Universo. Um cordão invisível aos olhos da matéria, contudo, visível no sentir, na energia transmissível do pensamento e dos atos. Acredito nas leis Universais do retorno e compensação. A humanidade deveria estar mais atenta aos sinais da Natureza.

SMC - Onde podemos comprar seus livros?

Teresa Gonçalves - Livrarias Apolo Setenta( Lisboa) Unicep ( Porto ), livrarias on line Bertrand, Wook Porto Editora e no sitio – loja da edium.

SMC - Quais seus próximos projetos literários?

Teresa Gonçalves - Tenho em mãos um romance, um conto infantil e um livro de poesia. O romance baseia-se no percurso de vida de uma jovem estagiária em arquitetura sendo uma trama de amor e suspense. Prevejo o seu lançamento durante o próximo ano. No conto infantil quis transmitir valores hoje considerados fora de uso ou de menor importância. Fui contactada por mais um editor para a sua edição. Como não possuo referências credíveis da editora, recusei. Prefiro esperar outra oportunidade. Não tenho pressa, até porque a situação financeira dos portugueses está péssima. Com a crise econômica têm prioridades. O livro de poesia é a expressão das várias formas do amor e não tenho data prevista para o nascimento deste filho do espírito.

SMC - Quem é a escritora Teresa Gonçalves? Quais seus principais hobbies?

Teresa Gonçalves - Acima de tudo, sou uma mulher, mãe, amiga dos meus amigos, que amo exprimir no papel os sentimentos que me rodeiam e sinto profundamente. Na minha simplicidade, valorizo a amizade, a lealdade, a generosidade, a franqueza e o dar-mo-nos respeitosamente. Os meus hobbies são a jardinagem, leitura e a divulgação da poesia de vários autores.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

Teresa Gonçalves - Mais apoio aos autores pouco conhecidos, através da comunicação social (rádio, televisão, etc.), Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias e Organismos Oficiais.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Teresa Gonçalves, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Teresa Gonçalves - A mensagem que deixo para os leitores é a mesma que tenho no meu livro Pleno Verbo: « A escada da vida não tem corrimão mas, em cada degrau, existe um livro onde te podes apoiar».

Participe do projeto Divulga Escritor
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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Manuela Matos

Natural de Vila Real, Manuela Matos cedo saiu da sua terra para demandar outras paragens. Frequentou o curso de Filosofia, de que desistiu para enveredar pelo desempenho de uma profissão. Atualmente reside em Mafamude – Vila Nova de Gaia. Leitora assídua de obras poéticas, tem reforçado esse gosto pela imersão em vários momentos onde a poesia é o mote, participando em tertúlias, sessões de leitura e apresentação de obras, até que um dia optou também por “saltar” para o lado de lá da obra, o de autora, publicando em março de 2010 o livro "PEDAÇOS DE LUA". É um volume com 90 páginas, onde Manuela Matos demonstra os seus inspirados dotes poéticos. Privilegiando a poesia livre, a autora também faz incursões pelo soneto, versificando sobre temática variada. A sua alma sensível e criativa liberta-se nestas páginas, partilhando com os leitores o seu sentir, a sua visão poética, os seus pedaços de lua.

“Nossas palavras são mais poderosas do que imaginamos. Podemos influenciar alguém a seguir seus sonhos ou a desistir deles. Esse é um poder que todos temos sobre aqueles que amamos - O poder de auxiliar ou de magoar - O poder das palavras.”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Manuela Matos, para nós é um prazer poder contar com sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos quem é a escritora Manuela Matos, além de escrever quais são seus hobbies? 
MANUELA MATOS - Obrigada Shirley, eu também agradeço pela oportunidade que me deu ao conceder-me esta entrevista.
Trabalho como administrativa numa empresa já à alguns anos. Gosto de tudo o que seja calmo, como caminhar junto ao mar e ouvir os sons da natureza numa noite quente de verão. Gosto também de conviver, mas não sou adepta de confusões. Prefiro receber pessoas amigas em ambientes familiares.
Desde a minha infância sempre apreciei a leitura. Costumava ir à biblioteca requisitar livros e raramente dormia sem ter chegado ao último capítulo. Muitas vezes o meu pai desligava-me a luz, então, para que ele não desse conta, ia para a janela do meu quarto ler à luz da lua. Penso que herdei dele, tanto o gosto de ler como de escrever, mas não me considero propriamente uma escritora, eu diria antes uma sonhadora... 
SMC - Quando surgiu a ideia de publicar o livro e porquê este título “ A Lua em Pedaços”?

MANUELA MATOS - Ao longo da minha vida sempre escrevi, dando preferência à poesia, mas a ideia de publicar o livro surgiu quando em setembro de 2009, a convite de uma amiga, também autora, participei no IX Encontro Nacional de Poetas no Gerês. Nesse encontro conheci um escritor e jornalista Dr. Altino Cardoso que após ler alguns textos me incentivou a editar o livro. Conheci também um dos organizadores do evento, o poeta Jorge Vieira, grande dinamizador da poesia na cidade do Porto, que me encaminhou para a editora. Consegui alguns patrocínios e, seis meses depois foi o lançamento na Junta de Freguesia de Mafamude – Vila Nova de Gaia.
Em relação ao título, foi muito simples... A lua em pedaços que é também título de um dos poemas, pode simbolizar a nossa vida em fragmentos. Cada pedaço pode ser reciclado, encaixado, utilizado, mas para isso é necessário juntar todos os pedacinhos que aparentemente já não servem para nada e dar-lhes uma forma harmoniosa e atrativa! (Fragmentos, estilhaços/ Espalhados pelo chão,/ Pedaços de lua no meu coração,/ Pedaços de mim... (…) Vou perfumar cada pedaço/ Com aroma de alfazema/ E aspirar o suave néctar/ Antes que o sol acorde/ E estrague o poema!...)

SMC - Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?

MANUELA MATOS - Rosa Lobato Faria, Manuel Alegre, Sophia de Mello Bryner, Florbela Espanca, Miguel Torga, David Mourão Ferreira, José Régio, Eugénio de Andrade, Paulo Coelho, Fernanda de Castro, entre outros.
Cada autor tem o seu próprio estilo, mas o poeta de certa forma é uma “esponja” que absorve mesmo que inconscientemente o estilo e a forma de escrever de outros poetas. Quanto mais leio mais desejo sinto em escrever.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

MANUELA MATOS - Todo o público em geral. Preocupo-me com os outros, com a injustiça e com o mal que acontece à nossa volta; por isso mesmo, a minha necessidade de fuga de evasão e de refúgio na poesia, onde de certo modo deixo soltar as palavras e as emoções. Quando se escreve o que nos vai na alma, conseguimos transmitir de uma forma mais pura e objetiva todo o sentimento que nos move. Para mim escrever é uma terapia, pois deixo a minha mente vaguear e dessa forma quase que me abstraio de tudo o que me rodeia.
Nossas palavras são mais poderosas do que imaginamos. Podemos influenciar alguém a seguir seus sonhos ou a desistir deles. Esse é um poder que todos temos sobre aqueles que amamos - O poder de auxiliar ou de magoar - O poder das palavras. Quero usar meu poder para encorajar as pessoas. Um livro depois de editado já não é nosso, é do público, é de toda a gente!

SMC - Que temas você aborda em seu livro “Pedaços de Lua”?

MANUELA MATOS - De tudo um pouco: saudade, nostalgia, esperança, poemas de intervenção, Deus e o infinito. Realça em toda a obra uma constante ”fuga” de um mundo em conflito onde proliferam injustiças sociais, (cujas principais vítimas são as crianças e os idosos), para algo melhor, algo que todo o ser humano deseja.
Um dos poemas com o título Do Outro Lado da Rua, fala disso mesmo e foi incluído no livro “Camas de Papelão” de Álvaro Bastos, que lidera um projeto de apoio aos sem-abrigo do qual também faço parte.
DO OUTRO LADO DA RUA

Do outro lado da rua
Há meninos com olhos rasgados
Há mães com olhos molhados
Há gente com sonhos frustrados...
Do outro lado da rua
Há tristeza e solidão
Há famílias sem pão
Há vozes que gritam
E há vozes que calam...
Tanta coisa acontece
Do outro lado da rua!
Há pessoas que cantam chorando
Há outros que choram cantando
Há multidões que adormecem sofrendo...
Do outro lado da rua
Podia ser a minha vida e a tua!
Ali do outro lado
Onde há braços cansados
Planos adiados
E seres humanos à espera
De serem amados...

SMC - Que meios utiliza para a divulgação dos seus poemas?
MANUELA MATOS - Para divulgação dos meus poemas, costumo participar em vários eventos, nomeadamente no Encontro de Poetas no Gerês que é anual, no Clube de Avós e Poetas, na Casa da Cultura em Vila Nova de Gaia, mais conhecida por Casa Barbot. Estive também na Feira do Livro em Ermesinde e no Porto. Escrevo ainda nos sites Escritartes, Luso-Poemas e Solar de Poetas.
SMC - Quais seus próximos projetos literários?
MANUELA MATOS - Continuar a colaborar nas antologias e “ganhar coragem” para a edição do próximo livro que praticamente já está escrito. Falta acertar os pormenores com a Editora, e talvez saia no início do próximo ano.
SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
MANUELA MATOS - Esteve à venda na Fnac em Santa Catarina no Porto, de momento só através da www.bertrand.pt, www.wook.pt ou pedindo para o meu email: neliaxp@hotmail.com

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

MANUELA MATOS - Não fica barato publicar um livro. Atualmente com o auxílio da internet e o apoio de diversos sites e redes sociais está um pouco mais simplificado. Também é possível publicar na Bubok a um preço muito acessível. Em média em Portugal são editados cerca de 40 livros por dia, mesmo assim há sempre algo a melhorar. Eu diria aos editores que invistam em quem realmente tem talento suportando parte dos encargos, implementando desse modo bons autores.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Manuela Matos, que mensagem você deixa para nossos leitores?

MANUELA MATOS - Shirley, quero desejar muitas felicidades para este projeto. É uma forma simpática de divulgar quem realmente gosta de escrever chegando a um público que está fora do nosso alcance. Como mensagem final, gostaria de deixar um apelo: exercitem o gosto pela leitura, pois um país só evolui quando as pessoas se cultivam, e finalmente, nunca desistam dos vossos sonhos. Como diz o poeta António Gedeão na sua “Pedra Filosofal”, o sonho comanda a vida… e sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança…

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor José Alberto Monteiro Rodrigues (JrTrovador Zeal)

José Alberto Monteiro Rodrigues
Nasceu em Viseu a 06*10*1952 e com 10 anos começou o primeiro trabalho. Estudou, sem completar o curso noturno Comercial. Foi militar entre 1973 e 1975. Casou a 09*11*1975, com Maria Teresa, com quem mantém casamento, com dois filhos e um neto. Em 2009 completou o 9º. Ano pelas CNO e ficou aposentado em 2010.
Tem como passatempo favorito o escrever poesia desde 1970, tendo editado 4 livros. O 1º. “Sol da Minha Poesia”, em 08*10*2011, o 2º.“ A Poesia é um Antidepressivo”, em 06* 10*2012, o 3º. “ Poemas de Linho”, em 19*05*2013, e o 4º. “Silêncios Contados”, em 12*07*2013.
Embora não sendo cantor, nem músico, gosta de cantar umas baladas com a sua viola, sendo para os amigos, conhecido como o JrTrovador Zeal.

“Que é meu desejo, que o leitor sinta que tem nas mãos algo, que o pode ajudar, e reforçando, que não devemos ter medo de falar de uma doença, que a muitos afeta. Não ter medo de dizer o que nos vai na alma.
Creio que sobre este livro não preciso dizer mais nada, a não ser que leiam.”

Boa Leitura!


SMC - Poeta José Rodrigues (Zeal), para nós é um prazer ter você connosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que veio primeiro o gosto pela música ou pela poesia? Em que momento as duas se encontraram em sua vida?

José Rodrigues (Zeal) - Antes demais dizer que é com muita satisfação que sinto o interesse da parte de distinta figura do  jornalismo, como é o caso de Shirley M. Cavalcante, em me entrevistar e por tal facto, os  meus agradecimentos e passo a responder:
Em primeiro lugar veio o gosto pela poesia.
Na altura estudava à noite no curso comercial e o Português era a discipina que mais gostava. Ganhei afeição pela  Literatura Portuguesa na qual comecei a descobrir os escritores e poetas portugueses, em especial, para mim: de Luís Vaz de Camões (o rei dos poetas), Fernando Pessoa (o príncipe dos poetas), Florbela Espanca (a poetisa do amor), António Aleixo (o poeta do povo) e outros como, Gil vicente, António Nobre, Augusto Gil.
      O fazer da minha poesia e as baladas, com a viola, é que nasceram de mãos dadas.
Com o aparecer dos baladeiros no País e cantores de intervençao, comprei uma viola e com outros amigos fui aprendendo, cantando as baladas deles e fazendo as minhas, começando os primeiros passos na escrita de poesia dedicada em especial a um amor platónico, a partir de1970. Em grupo de amigos íamos fazendo pela cidade as nossas serenatas, já cantando baladas proíbidas pela censura, e outras, para as meninas estudantes e hospedadas em residências de estudantes.
O escrever poesia e cantar umas baladas com a minha viola tornou-se o meu principal passatempo. Fazia e faço algumas canções que ficam, mas sem pauta musical, pois não tenho formação musical. Nisto e em muitas coisas de minha vida considero-me um autodidata.

SMC - Como você vê o encontro da poesia com a música?

José Rodrigues (Zeal) - Para mim, a poesia e a música andam de mãos dadas. A poesia em si e alguma minha eu considero musical e depois uma boa canção só o é, se tiver uma boa música e uma boa letra, daí as duas quando se encontram fazem um belo casamento.

SMC - Você hoje faz apresentações literárias com músicas e poesias?

José Rodrigues (Zeal) - Sim. Os quatro lançamentos e apresentações de meus livros foram sempre apresentados num misto por igual de poesia e música. Não concebo apresentar um livro meu que não tenha a minha intervenção musical. O conceito de fazer apresentações de livros de poesia só de retórica, deixou passar a imagem para fora, que são demasiado maçadores, afastando principalmente os jovens dos eventos.
A partir dos meus eventos de poesia, comecei a ser chamado a colaborar com outros poetas para apresentar as baladas e cantigas que canto e para quem sou o JrTrovador Zeal, já que na poesia sou o José Rodrigues Zeal (Zeal=Zealberto).
        As minhas apresentações começam com os oradores a serem intervalados com as músicas escolhidas, dando lugar a uma encadeada parceria: oratória sobre os livros/música e declamação de poemas.
Por norma os meus lançamentos/apresentações são em bibliotecas Municipais, casas de cultura e museus, quer na minha Cidade de Viseu, ou em outros locais do País (Lisboa, Porto, Póvoa de Varzim, Miranda do Douro)

SMC - José Rodrigues (Zeal), como foi o percurso até chegar a publicação do seu primeiro livro? O que sentiu ao ter seu primeiro livro em mãos?

José Rodrigues (Zeal) - O percurso até ao editar do primeiro livro, foi o estudar, trabalhar e como já disse a partir de 1970 o começar a escrever poesia que fui metendo como se diz na gaveta até aparecer uma oportunidade de publicar o “SOL DA MINHA POESIA” que surgiu depois de me reformar e entrar na rede social Facebook onde comecei a postar os meus poemas e a receber inúmeras críticas positivas, principalmente de uma amiga que acabou por formar uma editora, sendo eu um dos autores escolhido. Como tinha imensos poemas escritos, aconteceu em 08*10*2011, com o lançamento em Lisboa. Foi uma experiência nova, novos amigos e o tentar aperfeiçoar a minha poesia, que se baseava muito na rima, e ir cada vez mais escrevendo dando largas ao pensamento, buscando novas maneiras de escrever, em que a poesia se tornasse mais musical e menos amarrada a conceitos passados.
O que senti ao ter na mão o primeiro exemplar do livro é algo que mexe com o autor, ainda mais na altura do aniversário a dia 06*10*2011. Posso dizer que não sendo um sonho programado, acabou por ser uma realidade concretizada e que não posso esquecer, dizendo que na verdade foi uma coisa bela na minha vida pois a partir daí então sim posso dizer, começa-se a sonhar que é possível ir mais longe e que se é poeta, quer se queira ou não. 

SMC - Conte-nos que temas abordas em seu livro “A poesia é um Antidepressivo”? Para quem indicas a leitura deste livro?

José Rodrigues (Zeal) - Xavier Zarco, editor do 2º. Livro, a quem fico grato, pela maneira como pegou em meus poemas levando à criação deste livro: “A Poesia é um Antidepressivo”,  foi dizendo em resumo que,
“Ler-me, corresponde a uma sensação estranha, de por vezes, as pessoas encontrarem amiúde, pedaços de sua própria vida dentro de meus versos, e terem acesso de redescobrirem asas, que se julgam perdidas, algures pelos caminhos trilhados.”
Sobre este meu livro digo que é um tanto diferente do anterior “Sol da Minha Poesia” mais contemporâneo, ao ponto de dar azo ao título escolhido “A Poesia é um Antidepressivo”, e sobre o mesmo dizer, que, para quem escreve, e falo por mim, é um bom antidepressivo.
Um certo dia uma amiga dizia;
“A poesia é um mistério entre o poeta e o leitor, que é tão bela, que não tem presente…só tem esperança e saudade e, que há livros com títulos, que “podem” dar ideia de agressivos.”
Eu respondi: que concordo, mas que tudo, tem uma razão de ser.
A amiga dizia que: “como leitora, adora a esperança e a beleza da poesia, pois viveu o flagelo da depressão e, que lendo o título, verificou que o autor, encontra na poesia, uma ajuda, uma cura para vítimas da depressão social, na qual a poesia vem ao seu encontro e, o fez… nos faz… renascer.”
Dizia ainda:que é preciso ser único, e verdadeiro, e que isso eu sou.” (OBRIGADO AMIGA) Mais:
“Que o apelo à leitura, só pode ajudar o próximo, como estimulante e Antidepressivo.”
Então eu digo:
Que é meu desejo, que o leitor sinta que tem nas mãos algo, que o pode ajudar, e reforçando, que não devemos ter medo de falar de uma doença, que a muitos afeta. Não ter medo de dizer o que nos vai na alma.
Creio que sobre este livro não preciso dizer mais nada, a não ser que leiam.

SMC - O que diferencia o seu livro “Poemas de Linho” de seu livro “Silêncios Contados”?

José Rodrigues (Zeal) - O livro “POEMAS DE LINHO” é um livro temático com fotos e poesia que essencialmente descreve todo o ciclo do linho, que ainda nos dias de hoje é trabalhado numa aldeia de Viseu, Várzea de Calde e no qual se fala das gentes, locais, monumentos e artes. Este livro está à venda no próprio museu ”Casa de Lavoura e Oficina do Linho”.
Quanto ao “ SILÊNCIOS CONTADOS”, é um livro de poesia mais contemporânea, que não está preso a um tema, mas vários.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

José Rodrigues (Zeal) - Os meus livros encontram-se à venda principalmente nas editoras, ou em algumas livrarias pelo país que tenham contrato com as mesmas, e podem ser encontrados online nas Livraria Bertrand e Wook, embora eu também possa enviar: zealbertorod@gmail.com

Titulos:
“ SOL DA MINHA POESIA”
 “A POESIA É UM ANTIDEPRESSIVO”
“POEMAS DE LINHO”
“SILÊNCIOS CONTADOS”

SMC - Quais os seus principais objetivos como escritor? Estas pensando em publicar um novo livro?

José Rodrigues (Zeal) - Acima de tudo continuar a escrever poesia, mas e só como passatempo e nunca como profissão, pois apesar de ter inúmeros poemas guardados, com os quais podia editar mais livros, a verdade é que somos um país de poetas e todos os “dias” saem livros novos e o mercado não comporta tantos livros.
No entanto e seguindo o meu caminho tentarei editar sempre que possível.. Vamos ver.

SMC - Quais os principais obstáculos que você encontra para o alcance de seus objetivos?

José Rodrigues (Zeal) Para os meus objetivos não vejo obstáculos, pois como disse continuo a escrever, logo poesia há. Agora para a venda de poesia há muitos e vê-se o espaço que as livrarias reservam para a poesia…pouco mais de um metro quadrado. Triste…muito triste.
O editar com editoras tem os seus custos, e nós acabamos por nada ganhar, pois as despesas são sempre muitas. Somos acima de tudo autores que editam por carolice.
Os livros deviam ser mais acessíveis em termos de preços, maior divulgação dos pequenos e desconhecidos autores portugueses e não só, onde os média deveriam ter a obrigatoriedade de falar e mostrar o que se faz em poesia pelos ainda desconhecidos autores. Quando aparece um VIP a dizer que tem um livro novo, todo o mundo áudio visual e não só fala dele e promove.
Pois muitos dos livros que se vendem aos milhares, é porque acima de tudo, é de alguém muito publicitado.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

José Rodrigues (Zeal) Na educação seria ótimo.  Seria bom as escolas e bibliotecas terem projetos de formação para os alunos. Fomentar o gosto pela leitura em especial da poesia. Tertúlias também pelas pequenas cidades e vilas com autores, cantores, declamadores etc.,
Como já referi que os média falassem dos desconhecidos autores.
As editoras deviam divulgar mais as obras dos novos autores e não deixassem nas mãos deles a venda dos livros a que são obrigados a adquirir, e que por norma “paga” de imediato a edição, e por isso os que ficam nas editoras já deixam de ser prejuízo e daí o pouco interesse em os colocar e fazer acordos com espaços livreiros.
Por mim tenho tentado colaborar com outros autores na parte musical para que as suas apresentações tenham maior interesse e divulgação, assim como eu tenho sido ajudado por amigos e autores também para divulgação dos meus livros, a quem estou reconhecido.
 "Divulga Escritor" é uma bela iniciativa e que merece o nosso muito obrigado.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor José Rodrigues (Zeal), que mensagem você deixa para nossos leitores?

José Rodrigues (Zeal) - Dizer que a minha maior vaidade está na minha humildade e simplicidade, daí que pautem sua vida com humildade, respeito pelo próximo e vivam em simplicidade, não esquecendo suas origens. Façam por ler mais e apoiar a literatura pois só assim a nossa mensagem em forma de poesia passará. Sem a literatura, em especial a poesia, as pessoas serão menos cultas, menos emotivas aos sentimentos da alma. Eu escrevi:
Intuições

Pessoas
Que nossos olhos
Não enxergam
Mas que nosso
Coração "vê e abraça”
E “sente” serem
Seres especiais
Que são
Como “coisas” simples
Onde está
O encanto da vida
E onde
Meus olhos descansam
Das más visões.

Costumo dizer que escrevo de mim para vós. Escrevo para os amigos em especial aqueles que me acompanham no face. Somos um país de poetas, mas em que os maiores consumidores de poesia são os próprios poetas, com algumas exceções.
A maior mensagem é deixar na minha poesia vivências e realismo de locais, gentes, natureza, monumentos, dedicatórias e sobretudo falar de problemas sociais poeticamente. Muita coisa escrita irá ficar por mostrar e será espólio dos filhos e do neto. Tenho em mim que um pelo menos já escrito perdurará para além de mim, pois é temático, num escrever sobre um museu e o ciclo do linho e já consta na prateleira do próprio museu, o local ideal para ser visto e adquirido.

Agradeço esta oportunidade. Foi um prazer mostrar algo sobre a minha poesia.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Armindo Loureiro

Armindo Loureiro (Nome por que gosta de ser tratado e também é conhecido), de seu nome completo Armindo Manuel Soares Pinto Loureiro, natural de São Nicolau/Marco de Canaveses/Porto/Portugal, onde nasceu a 10 de Agosto de 1950. É Aposentado da Função Pública e actualmente é dirigente da Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno de Marco de Canaveses (Vice-Chanceler) e da Associação de Ex-Combatentes da Guerra do Ultramar (Presidente do Conselho Superior) e ex-dirigente de diversas associações de base da sua terra, é ainda e para já, o actual Presidente da Junta de Freguesia de Tuías, cargo que abandonará nas próximas eleições para dedicar mais tempo àquilo que é o seu gosto primordial… A Poesia!



“Para que o Mercado Literário possa ser melhorado há necessidade de os mídia darem uma maior cobertura aos eventos relacionados com a apresentação de novos livros e novos autores… Sem isso, parece-me que o mercado livreiro, irá continuar com todas as dificuldades que se lhe reconhecem.”



Boa Leitura!



SMC - Escritor Armindo Loureiro para nós é um prazer poder contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o incentivou a iniciar a escrita? Qual a sensação de ter seu primeiro livro em mãos?



Armindo Loureiro -  O prazer é todo meu. O incentivo à escrita partiu de meu falecido pai que, para além de Poeta Popular, era Maestro… Desde tenra idade que me dediquei a ler tudo quanto vinha parar às minhas mãos! Frequentei duas Bibliotecas, a Municipal (Fixa) e a da Fundação Calouste Gulbenkian (Itinerante) que me possibilitaram uma leitura assaz deveras importante, para que eu, hoje, tenha a bagagem que me é reconhecida. Quando tinha aí cerca de 20 anos apresentei umas quadras a meu pai e ele disse-me de pronto:

- Olha lá… Isso não tem métrica!

E eu, de pronto, lhe respondi:

- Pai, eu não escrevo com métrica… Eu escrevo a metro!

Em Setembro de 2009 comecei a Frequentar o Curso de Direito, Na Universidade Lusíada do Porto e em meados de 2010 com 7 cadeiras feitas, lembrei-me de pedir a minha admissão ao Facebook e, a partir desse momento lá se foi o Curso, por água abaixo, se, no primeiro ano (sem Facebook) completei sete Cadeiras do Curso, a partir daí (e com Facebook) foi sempre a descer … Comecei a escrever poesia, primeiro na minha página pessoal e, passado algum tempo, em alguns Grupos… Nos comentários que iam fazendo aos meus poemas algumas das pessoas ligadas ao mundo da poesia, foram-me incentivando para fazer mais e melhor e para escrever um livro com as minhas poesias… A determinado momento o Escritor Miguel Almeida, um dos consagrados da literatura portuguesa, convidou-me para fazer parte de uma Coletânea que ele iria coordenar e assim, nasceu o primeiro livro com intervenção minha (8 poemas) juntamente com mais 29 pessoas que até ali jamais tinham publicado o que quer que fosse.
No momento da sua apresentação (Palavras Nossas – Volume 1) fiquei deslumbrado com a aceitação que a minha poesia teve e logo, pensei em escrever um livro de poesia a solo…
Foi assim que surgiu o “Rio de Palavras”, que foi apresentado na minha Cidade natal (Marco de Canaveses) em 25 de Abril de 2012.
Aqui não posso esquecer os incentivos que me foram dados pelos poetas José Carlos Moutinho e Francis Ferreira, amigos que sempre me disseram que a minha poesia tinha qualidade…
Agora, passado todo este tempo, já não tremo perante ninguém a ler poemas meus a sensação é totalmente diferente daquela que tive na primeira apresentação.

SMC- Conte-nos o que o motivou a publicar seu livro “Rio de Palavras”? Que temas abordas em seu livro?

Armindo Loureiro - Os amigos, nas Tertúlias Poéticas, que frequentava amiudadamente, diziam-me que eu tinha belos poemas e que era bonito vê-los publicados em Livro e foi assim que o “Rio de Palavras” surgiu.
É um livro onde imperam as Quadras e os poemas divergem nos seus temas… O Ar, a Terra, o Mar, a Vida, o amor, etc., etc..

SMC - Por que o titulo “Rio de Palavras”?

Armindo Loureiro -  Rio de Palavras, porque considero, que a minha poesia é um rio composto por muitas palavras as quais, têm a beleza das águas e eu faço parte de uma localidade onde imperam os rios e a serra… Marco de Canaveses “Entre o Tâmega e o Douro, onde começa o Marão”!

SMC - Que temas você aborta em sua escrita? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas?

Armindo Loureiro - Na minha escrita abordo com alguma incidência temas relacionados com o amor mas, contudo, não descuro outros temas… Sou confrontado assiduamente, para fazer poemas em relação a motes que me são fornecidos naquele momento, Considero-me e consideram-me um “Repentista” já que, a poesia está de tal forma impregnada em mim que, os versos saem em catadupa.
Talvez o romantismo que hoje transpiro na poesia que faço tenha tido origem no ter acompanhado de perto cantores como Francisco José ou Tony de Matos… O meu ouvido habituou-se a esse tipo de poemas-cantados… E bem por esses artistas!

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Armindo Loureiro -  Gostaria que as crianças fossem mais direcionadas para o campo das letras e que a poesia de alguns dos nossos consagrados autores fosse lida e interpretada em todos os níveis de ensino… Ao mesmo tempo gostaria que toda a gente tivesse um pouco do seu tempo de lazer para dedicar à leitura pois, os neurónios ficar-lhe-iam agradecidos.

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar um novo livro?

Armindo Loureiro -  Tenho vários projetos em carteira e, para além dos dois livros atrás indicados também, participei em mais três coletâneas… Mãe (1 poema); Palavras de Cristal (3 poemas); e Erotismus (8 poemas)… Neste momento está para sair um livro de poemas da minha autoria, cuja responsabilidade será da CerciMarco já que, lhe ofereci 100 poemas com temas de variada natureza e só estou a aguardar que uma amiga minha faça o necessário Prefácio para o entregar à Editora…

SMC - Escritor Armindo Loureiro, conte-nos como se sentiu ao receber as menções honrosas do grupo Solar de Poetas?

Armindo Loureiro -  É com muita satisfação que o digo aqui… Fiquei maravilhado com as Menções que me foram atribuídas não só pelo grupo Solar de Poetas como também, pelo grupo Graffitis del Alma, com sede em Caracas – Venezuela.

SMC - Onde podemos comprar o seu livro? 

Armindo Loureiro -  O meu livro “Rio de Palavras” só pode ser comprado à minha pessoa, já que é uma edição de autor. O meu contacto é o do Face… Armindo Loureiro! As pessoas por mensagem privada, pedem-me o livro, e eu dir-lhe-ei as condições de venda do mesmo. Neste momento o preço base é de 12 euros aos quais terei que acrescentar o custo do envio.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

Armindo Loureiro -  Para que o Mercado Literário possa ser melhorado há necessidade de os mídia darem uma maior cobertura aos eventos relacionados com a apresentação de novos livros e novos autores… Sem isso, parece-me que o mercado livreiro, irá continuar com todas as dificuldades que se lhe reconhecem.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Armindo Loureiro, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Armindo Loureiro -  Eu é que agradeço ao Projeto Divulga Escritor a disponibilidade para possibilitarem que eu tenha podido dizer o que me vai na alma em relação a muitas coisas que vão mal, pelo menos em Portugal, em aspetos literários…
Gostaria, que os vindouros tivessem outra apetência pela literatura e que os Governos facilitassem mais os autores.

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Solar de Poetas
Grupo: https://www.facebook.com/groups/solardospoetas/?fref=ts

Blog: http://solardepoetas.blogspot.pt/p/cantinho-da-admi.html
 







Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Carlos Lobato

Carlos Lobato, nascido em 1962 em Lisboa, teve o privilégio de fazer farte de uma geração jovem que viveu a transição do antigo regime em Portugal para a nova democracia, em Abril de 1974. Tempos conturbados de escola, onde o caos imperou durante alguns anos de liceu, mas com a sorte e aproveitamento de entrada no país "da cultura que se fazia lá fora", assim como o desenvolvimento nacional das artes da escrita, música, teatro, pintura, que aos poucos foram conquistando o espaço cultural nacional, tão vazio até então. Usufruiu do negócio livreiro do pai, na altura, onde o prazer pela leitura e escrita se enraizou pelo fácil acesso a obras literárias. A escrita sempre fez parte da sua vida, não se tendo nunca preocupado em guardar o que escrevia, até muito recentemente. Habita actualmente em Londres no Reino Unido.

“Não existe ninguém que eu conheça que chegue perto da genialidade deste homem. Tem um poder enorme em mim, que muitas vezes me transtorna quando o leio. Varias leituras só as consigo por fases, porque me influenciam sobremaneira. Alem do poeta inigualável, os contos, e essencialmente a sua explosão de escrita existencialista que transmite em tantas obras, transferem por vezes um pouco da sua em minha "loucura".”

Boa Leitura!

SMC - Escritor Carlos Lobato para nós é um prazer tê-lo conosco no projeto “Divulga Escritor”, conte-nos quando começou a escrever? Em que momento decidiu ser escritor?

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Carlos Lobato - Desde bastante novo que a literatura me atrai, uma das principais razoes, terá sido o facto de o meu pai ser livreiro durante muitos anos, e ter sido para mim facil o contacto com livros. O cheiro dos livros, a curiosidade de tantas obras foi crescendo, lendo vários livros com a facilidade de não ter de gastar para isso, e o "vírus" enraizou. Durante muitos anos, fui escrevendo pequenas coisas que acabei por nunca guardar. Só ha cerca de ano e meio atrás, decidi finalmente guardar o que escrevo.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Carlos Lobato - Esta pergunta e pertinente, porque não tenho publico definido. Poderá parecer um pouco egoísta, mas quando escrevo, abro uma porta interna, onde flui o que me vai na alma, essencialmente em poesia. Talvez o primeiro destino da minha escrita seja eu próprio. Naturalmente, decidi começar um blog, tomar partido, aproveitando as facilidades tecnológicas de hoje, partilhando essencialmente com vários grupos de poesia espalhados pelo mundo. A minha mensagem, tem a ver com a injustiça que reina desenfreadamente, preocupando-me sobremaneira as crianças, a fome, o abuso escandaloso que cresce nos humanos contra a própria Humanidade. O existencialismo, e uma outra paixão própria que sai pelos dedos constantemente, pois sinto o fascínio da duvida da existência. A Mulher, um ser admirável para mim, as paixões, a maternidade, o desejo, e um motivo essencial também, em varias poesias.

SMC - Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?

Carlos Lobato - Complicado. São tantos. Fernando Pessoa, sem qualquer duvida e o meu mestre. Quando falo em Mestre, faço vênias ao gênio do homem e escritor universal. Não existe ninguém que eu conheça que chegue perto da genialidade deste homem. Tem um poder enorme em mim, que muitas vezes me transtorna quando o leio. Varias leituras só as consigo por fases, porque me influenciam sobremaneira. Alem do poeta inigualável, os contos, e essencialmente a sua explosão de escrita existencialista que transmite em tantas obras, transferem por vezes um pouco da sua em minha "loucura". "A Mensagem", "O Livro do Desassossego" e tantos outros, conseguem-me abstrair por momentos da realidade! Só Pessoa o consegue. Outros, uma miscelânea de autores como Jose Saramago, Maria Teresa Horta, Nuno Judice, Jose Rodrigues dos Santos, Luis Miguel Rocha, Antonio Ramos Rosa, Lidia Jorge, etc., etc.

SMC - Quais os principais hobbies do escritor Carlos Lobato?

Carlos Lobato - Os meus principais hobbies. Ler, essencialmente ler. Musica tão diferente como o estado de espírito, mas clássica em particular. O Fado tem um poder enorme em mim, a saudade sempre presente. A Arte em todas as suas vertentes (escrita, uma delas), como a pintura e teatro. Tenho o privilegio de viver em Londres, onde a cultura esta sempre em processo de grandes produções. Tenho um cartão que me da acesso a Royal Academy of Arts, onde passo muito tempo a degustar grandes mestres clássicos e contemporâneos da pintura. Sou membro do British Museum, onde tenho acesso a todas as grandes exposições temporárias com visitas por vezes fora de horas onde se torna fascinante a absorção de novas culturas, de outras clássicas desaparecidas, e não só. Também frequento o Barbican Centre, uma instituição incrível com grandes Orquestras, grandes maestros, e alguma exposições mais contemporâneas, mas de grande interesse. Posso considerar tudo isto em conjunto, como os meus hobbies.

SMC - Conte-nos, que temas você aborda em seu livro “Palavras Soltas”?

Carlos Lobato - "PALAVRAS SOLTAS" nasceu de uma brincadeira minha, quando decidi começar o meu blog de poesia, que alias tem o mesmo nome. Os temas, como já mencionei antes, estão relacionados com a criança, a mulher, a injustiça, o existencialismo. No fundo, este livro foi uma primeira experiência literária, onde não tive a preocupação de ordenar temas. Foi um pouco de tudo o que escrevo reunido e publicado em 70 poesias. Os próximos terão uma abordagem diferente.

SMC - Que dificuldades você encontra para a publicação de livros?  O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades?

Carlos Lobato - Mais uma pergunta pertinente, e importante. Hoje em dia como em todos os diversos sectores comerciais, tudo mudou com a evolução das tecnologias e facilidade de auto divulgação. Se me perguntar se isso é bom, direi que sim, apesar de a quantidade ter tendência a ultrapassar a qualidade por consequência. Hoje em dia, os Blogs, Facebook, Twitter, etc, dão a possibilidade de expandir sem qualquer restrição, o que vai na cabeça de cada individuo. Tem o beneficio da oportunidade de divulgação e partilha dos incógnitos, no meio literário em particular. Surgem oportunidades, como me surgiu a mim com a minha Editora, apesar de não haver grande investimento da parte deles. São tantos os autores a publicar hoje em dia, que alguma coisa com certeza falhara especialmente em Portugal, onde a leitura não e uma característica forte do povo, apesar de ter vindo a crescer nos últimos anos. Neste momento houve um retorno negativo na compra de livros, a crise econômica vigente, esta a afundar o mercado literário, criam-se grandes lobbies comerciais literários que regularão o sector, impedindo a concorrência de num futuro próximo, alem da falência de varias distribuidoras, e a inerente falha entre editoras e livrarias, complicado. Estive ha cerca de um mês atrás de visita a Lisboa, numa das livrarias mais conhecidas da praça. Como indicativo, quando perguntei por alguns livros que queria comprar, foi-me dito que os distribuidores tinham fechado, sendo apenas possível adquirir por encomenda. Apesar de tudo ha varias editoras que se especializaram em "autores contemporâneos", editando os livros mas garantindo todos os custos inerentes da obra, ate a sua publicação, obrigando o autor a comprar quase metade da edição. Editam centenas e centenas de novos autores anualmente, sendo evidentemente um excelente negocio, mesmo em tempo de crise. Quanto depois a distribuição em pontos de venda, e extremamente limitada. Ora quem compra livros como eu, mesmo não conhecendo o autor, tem de sentir o livro, e explora-lo por momentos para o comprar, como já o fiz tantas vezes. Não estando a venda, não se vende.

SMC – Escritor Carlos, onde podemos comprar o seu livro?

Carlos Lobato - O meu livro será possível comprar no site Wook.com, assim como pela minha editora Chiado Editora.  Em todas as capitais de distrito existe um ponto de venda, basta comunicar pelo próprio site. Lojas FNAC será outra opção. No Brasil esta disponível na cadeia de Livrarias Saraiva. Diretamente, basta enviarem um email para carloslobato50@gmail.com e enviarei com todo o prazer a quem o queira adquirir.

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pretende publicar novo livro?

Carlos Lobato - Não tenho muita pressa, sinceramente. Mas sim, em termos de poesia tenho já material para outro livro, e estou neste momento em fase decisão. Alem de poesia, estou a escrever um romance que esta em fase de investigação, sendo que ainda demorara algum tempo, para ficar concluído. Ideias e projectos não faltam!

SMC - Hoje você mora em Londres, que diferenças você citaria entre o mercado literário em Portugal e o mercado literário em Londres?

Carlos Lobato - Se lhe disser que Londres tem mais habitantes que Portugal inteiro, talvez dê para imaginar uma das diferenças. Mas não e só a questão de número de habitantes, apesar de importante. Tem a cultura por base. Londres (o Reino Unido) é um núcleo enorme de potencialidades que tem a facilidade do poder de compra. A diferença esta na forma de estar dos indivíduos, na cultura pessoal e no relevo que a industria da a publicidade e apoio aos autores. Basta ver a imprensa escrita, basta andar por Londres no Underground, nos blackcabs, e ver a relevância que se da a literatura, com toda a publicidade existente. Como disse, estive em Lisboa um mês atrás, onde andei de Metro e foi esta diferença de forma de estar, que e relevante. Se viajar numa carruagem em Londres, lhe garanto que vê muita gente com um livro aberto, no Metro em Lisboa, vi alem de mim, uma outra pessoa. Um exemplo simplório mas sintomático.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Carlos Lobato , que mensagem você deixa para nossos leitores?

Carlos Lobato - Acima de tudo LEIAM. Leiam muito, porque a leitura é uma forma imensa de enriquecimento interior. Se escreverem, não se imiscuam em divulgar. Partilhem, usando os meios disponíveis. Não será preciso ser gênio, nem será necessário vender best sellers para se ser escritor. Escrever, é um prazer interno, muito próprio que não necessita de existir apenas com a intenção da venda. Quem o faz não será escritor, mas alguém que escreve comercialmente. Escrever, escrevemos todos, escrevam! O meu obrigado ao projecto DIVULGA ESCRITOR, por esta oportunidade de partilha.


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Solar de Poetas






Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Amy Dine

Ana Maria Dine Falcão Sincer e Sepulveda,nasceu em Lisboa a 11 de Novembro de 1951.Desde muito pequena sua Mãe lhe ensinava pequenos poemas para dizer nas festas do Jardim escola .Mais tarde continuou a fazê-lo por si nas festas da Igreja e quando por volta dos 12 anos no liceu teve contacto com trabalhos de escritores e poetas portugueses começou como todos os joverns a ensaiar seus primeiros trabalhos poéticos.Aos 18 anos começou a lécionar Francês,Ciencias Naturais e Desenho.De regresso a Portugal conheceu José Luis Correia Sepulveda com quem casou.Fez então um longo interrégno afim de tomar conta dos 3 filhos.Mais tarde trabalhou num ATL e depois como Ajudante de LAR.Em 2011 integrou o Grupo de Poetas Póveiros e amigos da Póvoa e faz parte do Solar de Poetas desde 2012 como Administradora.

“Logo desde os primeiros dias em que soube que meu filho estava por assim dizer “ condenado á morte”eu coloquei em meu coração relatar ponto por ponto todos os factos, fossem tristes ou alegres, fosse qual fosse o desfecho …pois como crente sincera acredito que DEUS dirije nossas vidas se Lho permitirmos. Este livro é pois um testemunho do poder de DEUS.”

Boa Leitura!


SMC - Escritora Amy Dine é um prazer ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos escritora Ana Maria Dine Falcão Sincer e Sepúlveda  como foi a escolha do nome artístico Amy Dine?
Amy Dine - Estimada amiga e excelente Jornalista Shirley Cavalcante, foi com enorme surpresa  que me vi eleita por si para uma entrevista.Por favor não me chame de escritora,pois não me considero tal.Quanto a meu nome artístico : Amy  vem de um diminutivo de meu nome próprio Ana Maria e Dine é mesmo o meu apelido e tem sua origem numa aldeia de Trás-os-Montes da qual é oriunda minha família.

SMC - Você hoje tem um livro publicado “ O Toque de Sua Mão”, um livro que é um testemunho de um fato real, como foi escrever este livro?
Vi que você cita datas e acontecimentos precisos que aconteceram naquela data. Você o escrevia enquanto vivia aqueles momentos?

Amy Dine - Na realidade escrevi esse livro, “O Toque de Sua Mão”  logo após meu filho do meio ter sido curado milagrosamente de um Linfoma grau 4. Só nessa ocasião tive tempo  e disposição para compilar todos os elementos que reunira durante um ano e então relatar os factos tais como ocorreram. Fazê-lo foi para mim emocionante e gratificante. Ao longo dos meses de doença e tratamento eu tomei nota de tudo o que se estava passando.

SMC - Este livro é muito emocionante, eu mesma me emocionei em vários momentos ao lê-lo. Amy em que momento você pensou vou publicar um livro? O que a motivou a tomar esta decisão?
Amy Dine - Logo desde os primeiros dias em que soube que meu filho estava por assim dizer  “condenado á morte” eu coloquei em meu coração relatar ponto por ponto todos os factos, fossem tristes ou alegres, fosse qual fosse o desfecho …pois como crente sincera acredito que DEUS dirije nossas vidas se Lho permitirmos. Este livro é pois um testemunho do poder de DEUS.

SMC - Hoje você escreve poesias, em que momento surgiu a poeta Amy Dine?

Amy Dine - Na realidade nestes últimos dois anos e meio integrei o Grupo de Poetas Póveiros e amigos da Póvoa e também o Solar de poetas  há cerca de ano e meio e como tal o ”bichinho” da poesia vai – se desenvolvendo e ganhando forma, contudo já desde os meus 12 anos, quando comecei a estudar a literatura portuguesa fiquei fascinada pelos poetas e suas obras literárias e como quase todos os jovens comecei também os meus ensaios poéticos.

SMC - O que mais lhe inspira a escrever?
Amy Dine - Os temas dos meus poemas são muito variados: amor, natureza, DEUS, família, etc.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
Amy Dine - Os poemas faço-os por puro prazer e fico feliz quando as pessoas que os ouvem ou lêem me dizem que gostaram. Quanto ao livro “O Toque de Sua Mão” pretendi apenas que todos os que o lessem soubessem que mesmo em meio á angustia e dor existe DEUS a quem podemos recorrer e que nunca nos abandonará.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
Amy Dine - Alguns de meus poemas fazem parte da Antologia dos Poetas Póveiros e amigos da Póvoa. Tenho tambem um blog: amydine.blogspot.com  Quanto ao outro livro,foi feita uma edição de 1500 exemplares que está esgotada e neste momento não é  ainda o tempo oportuno de avançar com uma  nova edição uma vez que o livro não foi editado para fins comerciais .

SMC - Que dificuldades você encontra para a publicação de livros?  O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades?
Amy Dine - O preço que os autores têm de pagar pelos mesmos e depois o terem ainda de por sua conta e risco tentarem organizar eventos para os colocar e dar a conhecer ao publico.
As editoras deveriam ter acordos mais aliciantes com os escritores e elas próprias criarem as condições necessárias para a divulgação dos livros promovendo eventos para os quais convidariam publico interessado de acordo com os temas dos livros a apresentar.

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Amy Dine - Neste momento apenas me restam 30 exemplares dos quais poderei ceder alguns. Se alguém estiver interessado poderá contactar-me através do email: ana.sepulveda.uspv@gmail.com

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a escritora Amy Dine, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Amy Dine - Gostaria de dizer que por maiores que sejam as dificuldades da vida jamais desistam de lutar nem deixem de sonhar; mas não percorram sozinhos a estrada da vida… com DEUS  a jornada é mais leve.
Muito grata por esta oportunidade e pelo carinho e consideração demonstrados para comigo e meus humildes trabalhos. Que DEUS sempre a abençoe e guie, amiga Shirley.


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Solar de Poetas





Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Cristina Pereira

Escritora Cristina Maria Martinho Pereira, mora em Vila Real, Portugal, se interessa desde muito nova pela escrita e pela literatura em geral. Adora escrever poesia e prosa tanto para adultos como para crianças e jovens. Escreve de tudo um pouco, mas tem sido a poesia para adultos que tem ocupado mais, ultimamente, o seu tempo. Atualmente é professora do 1º Ciclo do Ensino Básico, possui Bacharelato em Educadores de Infância e um Mestrado em Literatura Portuguesa - Especialização em Literatura Infanto-Juvenil. Todos os seus estudos e diplomas foram feitos na U.T.A.D. aqui em Vila Real.

“Devemos incentivar, sempre, as crianças para a leitura de boas obras literárias para a sua faixa etária e, assim, criar nelas, desde logo, o “bichinho” pelas letras, pela palavra escrita. Com isto, estaremos a desenvolver cada vez mais o gosto pela leitura, mas também o desenvolvimento do saber a todos os níveis. Creio que o futuro passa sempre pelas crianças. Elas são o primeiro elo de ligação e a base de toda a construção do saber futuro.”


SMC - Escritora Cristina Pereira para nós é um prazer tê-la conosco no projeto “Divulga Escritor”, conte-nos quem é a escritora Cristina Pereira? Quais seus principais hobbies?
CRISTINA PEREIRA - Em primeiro lugar, quero agradecer esta oportunidade trazida até nós pelo Grupo “Solar dos Poetas” e a si pelo seu interesse em divulgar novos escritores. Desde criança, a minha grande paixão foi a leitura. A partir daí, desenvolvi o gosto pela escrita e são essas as duas grandes paixões que mantenho até hoje.

SMC - Que tipos de textos você escreve? Que temas você aborda?
CRISTINA PEREIRA - Gosto de escrever de tudo um pouco. Prosa e poesia. Os temas que abordo são, frequentemente, o amor. Mas, deixo guiar a minha “pena literária” por tudo o que me inspira diariamente e que sinto necessidade de escrever; “deitar cá para fora” o que me vai dentro, na alma. É, basicamente, isso.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
CRISTINA PEREIRA - Gosto de escrever tanto para crianças e jovens como para um público mais adulto. No que diz respeito às crianças e jovens procuro que o que escrevo vá ao encontro daquilo que são as suas vivências e os seus gostos. Tento passar uma mensagem de alegria, sonho, fantasia, tentando incutir, também, bons valores e princípios morais. Para os adultos, a liberdade de expressar os meus pensamentos/sentimentos é maior. Aí dou largas à minha criatividade, sem tabus, apenas no anseio de partilhar com os outros o que sinto dentro de mim.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?
CRISTINA PEREIRA - Tenho muitas referências literárias. O escritor que mais me marcou até hoje foi Eça de Queirós. Comecei a ler as suas obras muito cedo, com 10 anos e isso marcou-me para sempre. A minha tese de mestrado é acerca dele e da sua ligação com o mundo e a Literatura Infantil, o que muita gente desconhece. Sempre li de tudo um pouco, desde escritores portugeses a autores estrangeiros. Outra escritora que para mim é uma referência é a poetisa Florbela Espanca.  Depois, adoro Fernando Pessoa, Miguel Torga, Camilo Castelo Branco, Adolfo Coelho, Inês Pedrosa, José Luís Peixoto, Luísa Ducla Soares, Vergílo Ferreira, Emílio Miranda, António Pires Cabral e tantos, tantos outros.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Como o leitor, que desejar, deve fazer para entrar em contato com você?
CRISTINA PEREIRA - Tenho em mãos um contrato com uma editora nacional para publicar, ainda este ano, um livro de poesia. Para além disso, publico na minha página do facebook e nos muitos grupos de literatura (prosa e poesia) de que sou membro. Quem desejar contatar-me através do meu e-mal pode fazê-lo através do seguinte endereço: cristinamartinho20@hotmail.com

SMC - Cristina, conte-nos de que forma você concilia as atividades profissionais, familiares com a escrita?
CRISTINA PEREIRA - Tenho estado em situação de Junta Médica durante estes dois últimos anos letivos por motivos relacionados com um grave acidente de viação que sofri em 2006. Por essa razão, disponho de mais tempo livre para ler e escrever. Como tenho dois filhos com as idades de 11 e 17 anos e sou divorciada, o meu tempo mais precioso é-lhes dedicado.  

SMC - Quais são seus projetos literários? Você pretende publicar um livro?
CRISTINA PEREIRA - Como respondi, anteriormente, tenho já um projecto em mãos para publicar este ano um livro de poesia. Para além disso, seria para mim o realizar de um sonho se surgisse, também, a oportunidade de publicar para o público infanto-juvenil.

SMC - Escritora Cristina quais as principais dificuldades que você encontra, hoje, para publicação de livros?
CRISTINA PEREIRA - Noto que há muitos entraves para a publicação de autores desconhecidos, como eu. Há muita concorrrência e muitas pessoas a dedicarem-se à escrita. Enviei para inúmeras editoras alguns dos meus trabalhos e ou não obtive resposta ou, então, a proposta que me faziam implicava que eu investisse muito dinheiro na edição e publicação do meu próprio livro, o que é desencorajante.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
CRISTINA PEREIRA - Gostaria que as editoras arriscassem mais nos novos talentos e deixassem ao público leitor decidir do sucesso da obra.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Cristina Pereira, que mensagem você deixa para nossos leitores?
CRISTINA PEREIRA - Obrigada, Shirley. Foi, para mim, também um prazer poder conceder esta entrevista. A mensagem que deixo é que o prazer de ler adquire-se desde muito novos. Devemos incentivar, sempre, as crianças para a leitura de boas obras literárias para a sua faixa etária e, assim, criar nelas, desde logo, o “bichinho” pelas letras, pela palavra escrita. Com isto, estaremos a desenvolver cada vez mais o gosto pela leitura, mas também o desenvolvimento do saber a todos os níveis. Creio que o futuro passa sempre pelas crianças. Elas são o primeiro elo de ligação e a base de toda a construção do saber futuro.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Ana Stoppa
Ana Maria Stoppa, natural de Santo André/SP. Ítalo/Brasileira, Advogada, Pós Graduada em Direito e Processo do Trabalho, PUC/SP,  Escritora,  Ambientalista, Ativista Cultural.  Titular da Cadeira nº 43. ANLPPB - Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, Acadêmica Correspondente nas Academias: ALAF- Academia de Letras e Artes de Fortaleza, ALAB - Academia de Letras e Artes Buziana-Búzios/RJ , ARTPOP – Academia de Artes de Cabo Frio/RJ,  ALB – Academia de Letras do Brasil – Seccional Suíça,  Cadeira nº 72, “Personalidade Cultural 2012” ARTPOP – Academia de Letras e Artes de Cabo Frio/RJ. Obras Publicadas: “Diagnóstico”,  1989, “O Silêncio dos Porta-Retratos”, 1º Edição  2012. No prelo:  Publicações bilíngues:  português/italiano:, 2º Edição “O Silêncio dos Porta Retratos”,  2013, “Mosaicos de Sabedoria 2013”. Prêmios:   1º. Lugar,  Concurso de Literatura Infantil Secretaria de Educação e Cultura de Barueri/SP, com a obra  “Lelé, o Navegador dos Sonhos”,  5º lugar -  VIII Concurso Literário: Poesias Sem Fronteira, com o poema “Varal dos Enlutados”,  2º. Lugar- I Concurso de Poesia  Infanto-juvenil  “Mãos que Falam” Salvador/BA, Projeto Alma Brasileira com o conto “ Cristal, A Corujinha Cantora”.

“Deixo  como mensagem para todos os queridos leitores a última que pedi para minha saudosa mãe, quando em janeiro deste ano  ao pedir-lhe uma mensagem de  Ano Novo ela fitou-me serenamente e disse-me: - É simples Ana Maria.....Perdoar.....Sempre!!!!
Mais que poesia, mais que inspiração, mais do que livros, porque apenas conseguimos nos fazer entender nos versos se estamos em paz, sob todos os aspectos.”  

Boa Leitura!

SMC -  Escritora Ana Stoppa para nós é um prazer tê-la conosco no projeto “Divulga Escritor”, conte-nos, em que momento você começou a escrever seu primeiro livro? Qual a sensação de ter seu primeiro livro em mãos?

ANA STOPPA - Escrevo desde a adolescência, época em que sequer imaginava publicar um livro.   Entretanto, nos anos 80 quando comecei a publicar esporadicamente artigos e poemas em jornais  nasceu a ideia de escrever o primeiro livro. 
Com os poemas prontos  decidi oferecer a renda da edição para um projeto de cunho social. Assim nasceu em 1989 " Diagnóstico",  meu primeiro livro. Duas edições totalizando 2.000 exemplares com a renda totalmente revertida para o Projeto Polio Plus do Rotary Internacional destinado a erradicar a paralisia infantil da face da terra.
      A sensação de uma imensurável felicidade pude sentir na noite de lançamento, quando  mostrei ao meu saudoso que mesmo adoentado esteve presente.
No  olhar dele banhado de lágrimas pela emoção ao ver seu sobrenome estampado na capa, em seguida as lágrimas e a forte emoção pude compreender que um novo caminho nascia em minha vida.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
ANA STOPPA - Escrevo para adultos e crianças.                                            
Acredito na  esperança tudo é possível quando nos propomos a seguir os objetivos. 
Vejo o conhecimento libertador e a importância dos  valores morais,  da solidariedade, da família, do amor ao próximo, da simplicidade,  do perdão e da compreensão como essenciais para trilharmos o breve existir.
Penso também que não viemos a este mundo apenas para viver a própria  existência, não teria sentido.
Recebemos o dom da vida, para de alguma forma fazermos algo pelo semelhante, a escrita é uma grande possibilidade, pois através dos textos  compartilhados podemos ser  o alento, a esperança ou a felicidade, dentre tantos sentimentos a tocar a alma do leitor.
Nesta direção pauto o caminhar na seara das letras.

SMC - Fale-nos um pouco sobre seu livro “ O Silêncio dos Porta-Retratos” ?
ANA STOPPA - Meu segundo livro, publicado em 2012 nasceu do poema que deu o título à obra., ao observar  porta-retratos com as imagens estáticas, amareladas pelo tempo, das pessoas queridas que se foram veio a imagem de o quão bom seria na magia da inspiração  libertá-las das molduras, dever-lhe a vida para viver o que não foi vivido...  Saudade...Sonhos... 
A segunda edição está no prelo - uma triagem limitada, capa dura, edição bilíngue, português/italiano.

SMC - Ana, você estará lançando agora em setembro um livro bilingue “Mosaicos de Sabedoria” ou “Mosaici di Saggezza”. Que temas você aborda neste livro?
 ANA STOPPA - Sim  será lançado na  cidade de Taranto, na Itália.  O projeto nasceu a partir de um encontro com poetas italianos do qual participei em junho passado na cidade de Roma.   Como recebi o convite para estar em setembro em outro evento veio a ideia de lançar um livro bilíngue português/italiano. Também pesou  bastante o fato de  minha família ser de origem italiana, na obra presto homenagem póstuma aos meus antepassados, o patriarca, ( meu bisavô paterno)  Giacinto Stoppa que desembarcou no Brasil aos 08 de junho de 1888.  Neste livroque publico selecionei poemas  cujas mensagens são de esperança, coragem e alegria.  O lançamento no Brasil ocorrerá na Feira do Livro de Porto Alegre em outubro próximo.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?
ANA STOPPA - Disponível  no momento  " O Silêncio dos Porta Retratos",  R$ 35,00 (os demais ainda no prelo). Para adquirir: anamstoppa@hotmail.com

SMC - Escritora Ana Stoppa você, hoje, participa de várias Academias literárias, na sua opinião, quais os principais trabalhos que são desenvolvidos pelas Academias no Brasil?
 ANA STOPPA -  Quando somos acadêmicos correspondentes a atuação limita-se ao envio  regular de textos para publicar. No entanto considero bastante válido pois é uma forma de divulgação do trabalho. Mas na Academia Nacional do Portal do Poeta Brasileiro, onde ocupo a Cadeira n. 43, temos atividades constantes, dentre elas  a criação de núcleos de poetas nas regiões dos respectivos acadêmicos. Participamos de movimentos  sociais, como caminhadas poéticas, realização de saraus, publicação de antologias ou  obras individuais, e a diretriz de nossa Presidente é a valorização do poeta vivo.

SMC - Conte-nos qual o principal objetivo do projeto “Primavera Plante, o Planeta agradece”? Quais as principais atividades desenvolvidas pelo projeto? Quem pode participar?
ANA STOPPA - Shirley, tenho três sites, um deles www.ambientalistaanastoppa.org  o qual tenho a honra de estar  como link no blog do Solar dos Poetas no Planeta Azul onde publico sobre meio ambiente. Há seis anos desenvolvo  um trabalho voluntário em  prol do meio ambiente na base, ou seja na comunidade estudantil do ensino fundamental e médio através da realização de concursos de redação e cartazes e plantio de árvores. è um trabalho pequeno, apresento os temas e as escolas segundo o regulamento indicam um de cada classe para receber o Certificado de Honra ao Mérito, entendo isso como essencial para desenvolver o civismo. Até o ano passado a OAB Mauá participou apoiando. Neste ano o projeto sai com apoio da ANLPPB e REFEMA. Será viabilizado por ocasião da primavera na cidade de Mauá/SP com cerca de 10 escolas estaduais. Mas aqueles que quiserem aplicar o projeto desde que mantenham o crédito da Autora  está liberado. 

SMC - Ana, quais seus próximos projetos literários? Tens plano para publicação de novos livros?
ANA STOPPA - Assim que concluir o projeto dos livros bilíngues trabalharei para a publicação de literatura infantil, algo bem mais dispendioso, pois, temos que contar com o trabalho do ilustrador, o que encarece a obra. 
Além dos livros está em andamento um projeto para a produção de uma peça infantil e a musicalização de poemas para o mesmo público.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
ANA STOPPA - Um trabalho de valorização para a importância do hábito da leitura na comunidade escolar.  O mundo virtual mostra tudo em um simples click  mas estamos muito longe de descartar o livro convencional. Entretanto não podemos fechar os olhos para a realidade e nesta esteira vejo como uma grande possibilidade de expansão do mercado literário a produção de livros eletrônicos, a exemplo dos jogos de computador, pois esta forma reduz o custo possibilitando o acesso para maior número de leitores.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto “Divulga Escritor”, muito bom conhecer melhor a Escritora Ana Stoppa, que mensagem você deixa para nossos leitores?
ANA STOPPA - Prezada Shirley Cavalcante, parabenizo-a pela criação deste importante projeto, muito bem elaborado por sinal, ao tempo em que agradeço pela oportunidade ímpar que me foi concedida para aqui deixar  registrado um  pouco da minha carreira literária.
Deixo  como mensagem para todos os queridos leitores a última que pedi para minha saudosa mãe, quando em janeiro deste ano  ao pedir-lhe uma mensagem de  Ano Novo ela fitou-me serenamente e disse-me: - É simples Ana Maria.....Perdoar.....Sempre!!!!
Mais que poesia, mais que inspiração, mais do que livros, porque apenas conseguimos nos fazer entender nos versos se estamos em paz, sob todos os aspectos.  
Recebam todos o meu fraternal abraço.  Ana Stoppa.

Participe do projeto Divulga Escritor




Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Maria Teresa Almeida.

Maria Teresa de Jesus Almeida Vaz Rodrigues nasceu em Trás-os-Montes, na aldeia de Lagoaça, conselho de Freixo de espada à Cinta.
Estudou na Escola do Magistério Primário de Vila Real e Instituto superior de Educação e Trabalho do Porto. Exerceu a sua atividade profissional nos conselhos do Porto e Miranda do Douro. Dedicou a sua vida à causa da educação, ora no ensino, ora na área da gestão e administração escolar, ao nível do 1º CEB.
Ao desligar-se da sua atividade profissional encontrou, na poesia, naturalmente, um apelo, uma chama, um caminho que percorre com indomável vontade. Nas palavras desafia o tempo, solidifica os afetos, apura a sensibilidade  e revive os estados de alma que na sua vida foram chama, luz e caminho. A poesia, a pintura e a dança são atividades que a apaixonam.

“É na educação o investimento que considero prioritário. É desejável que as escolas e as bibliotecas escolares continuem a desenvolver projetos, tendo em vista a formação literária dos educandos e o gosto pela leitura.
Gostaria que em cada localidade houvesse tertúlias, saraus, teatros com a participação de autores e o envolvimento da comunidade...”

Boa Leitura!


SMC - Escritora Maria Teresa para nós é um prazer tê-la conosco no projeto “Divulga Escritor’. Conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita? Quando começou a escrever?
TERESA ALMEIDA - O meu voo nas palavras começou muito cedo através da leitura. A leitura foi, de facto, a grande motivação.  Pela leitura rasguei caminhos, abri horizontes, viajei por espaços de enorme encantamento. O mundo abria-se para mim de maneira surpreendente e percebi que a vida é a ideia que dela fazemos. Penso que quem tem o prazer intenso de ler,  acaba por sentir necessidade de comunicar as suas próprias emoções, acaba por descobrir o prazer de escrever. O que seria a vida sem emoção?
Creio que comecei a organizar a minha afetividade às palavras no meu pequeno baú de recordações:  as cartas dos  amigos, os postais ilustrados, as declarações de amor, os aerogramas... Nesse mundo fechado eu sentia o encantamento e a evasão.
Encaminhar os meus alunos pelo mundo da leitura e da escrita, ajudando-os a abrir janelas de mais claros rasgados e promissores horizontes, foi uma experiência muito enriquecedora.

SMC - O que mais lhe inspira a escrever?
TERESA ALMEIDA - É a força do amor que me leva a escrever. O poema nasce espontaneamente e nunca sei em que figurino se desenvolve.
Devo dizer que tenho um espírito otimista e creio que a alegria e a esperança são perceptíveis nos meus escritos. Em qualquer caso mal sucedido deixo sempre à mostra uma centelha de luz.
 A natureza é uma inspiração permanente com nuances poéticas incomensuráveis. Recordo-me do meu deslumbramento quando em menina descia as arribas do Douro. Sentia que a poesia me rodeava, como se uma felicidade espititual descesse, vinda não sei donde e de mim se apossasse.

 SMC - Reparo que o seu blogue é bilingue. Que importância tem a língua mirandesa na sua vida?
TERESA ALMEIDA - Tomei contacto com esta língua quando fui colocada como professora numa aldeia em que o Mirandês se falava fluentemente (e ainda se fala) - Aldeia Nova. Lembro-me de tomar nota dos vocábulos e pedir explicações aos meus alunos e colegas. Sempre senti a sonoridade e o encanto desta língua. Ser raiano, no planalto mirandês, é andar abraçado a três línguas: o Português, o Castelhano e o Mirandês.  A mistura é quase inevitável. Diversos fatores se conjugaram para que o mirandês mantivesse a sua autenticidade e em 1998 a Língua Mirandesa (património linguístico notável) foi oficializada na Assembleia de República.
Sinto necessidade e gosto em escrever, também nesta língua, com a qual me sinto identificada, procurando beber a sabedoria dos que, no berço, a mamaram.
É com este objetivo que integro o grupo de blogueiros "Froles Mirandesas" onde se partilha e se vive esta riquíssima e ancestral cultura.

 SMC - Conte-nos como foi escrever seu  livro “Ousadia”? A quem você indica a leitura desta maravilhosa obra literária?
TERESA ALMEIDA - Como o fogo precisa de rastilho, assim eu preciso de chama para escrever e nesse primeiro livro verti as minhas emoções mais profundas,  desde os meus tempos de menina. Direi que a minha escrita tem um cunho sensível e intimista.
Não posso deixar de referir que o feedback de pessoas de família e de escritores que muito prezo foi decisivo para vencer a timidez e ousar responder a um anúncio de concurso publicitado pela Corpus Editora. 
A capa do livro foi escolhida pela editora e constituiu para mim uma enorme e bela surpresa porque me sugere musicalidade, movimento, ritmo e alegria - creio que - sem falsas modéstias - naquele corpo estou eu.
Sou aficionada das novas tecnologias mas não me dispenso de andar acompanhada, folhear  e sentir o livro da minha preferência. Escrever um livro é um acto de amor.
Dedico a minha obra aos amantes da poesia, aos que gostam de levantar os pés do chão, aos que vivem por amor e aos que comigo se alegram.

5.   Onde podemos comprar o seu livro?
- Casa da Cultura de Miranda do Douro.
- Pelo correio, autografado;
o pedido pode ser feito por email:teresalmeida9@gmail.com

SMC - Como é o dia-a-dia da escritora Maria Teresa? Conte-nos como concilia a escrita, a pintura e a dança?
TERESA ALMEIDA - A escrita, a pintura e a dança  são grandes paixões que cultivo, se interligam e me identificam  nos meus escritos.
Desde os tempos no colégio da Imaculada Conceição - em Lamego - que despertei para a arte, através da dança, do teatro e da musica.
 De tal modo as sinto entrecruzadas que fiz o lançamento do meu livro em simultâneo com uma exposição de pintura da minha autoria.  A ideia de movimento, enquanto arte, acompanha o pincel, o corpo e a palavra. 
Tendo trabalhado no nordeste transmontano sempre me envolvi nas danças regionais que, para além de serem ensinadas nas escolas, têm levado o nome e a cultura de Miranda do Douro a todos os continentes. Miranda do Douro é uma terra musical, é palco das mais vivas emoções em lhaços de pauliteiros, em danças mistas e cantares. Sinto a melodia quando danço, pinto ou escrevo.
No grupo de danças dos professores do planalto mirandês, do qual faço parte como membro da direcção, encontrei a alegria da camaradagem, a suavidade, o ritmo e a alma do espírito mirandês. São lhaços que poetizam os nossos passos.
Como refere Fernando Subtil: a dança, a pintura e a poesia conjugam-se nela em rasgos de carácter e grandeza que dão expressão e força ao seu sentir.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?
TERESA ALMEIDA - Sou de muitas leituras e de muitos autores. Há, no entanto, alguns que passam a fazer parte de nós como se tratasse de um perfume íntimo. Milan Kundera, por exemplo, levava-me com arte e leveza de página em página. Eça de Queiroz,  Alçada Batista, Gabriel Garcia Marques, Saramago, Patrik Suskind, Lance Horner, Margueritte Duras, Miguel Cervantes. Miguel Torga, o poeta do meu rio e dos meus montes e das minhas gentes: o meu poeta. Florbela Espanca, Maria Teresa Horta, Fernando Pessoa, Natália Correia,  Sophia de Mello Breyner Andresen, Pablo Neruda e tantos outros. Gosto da forma com José Rodrigues dos Santos lança luz sobre a passado e a atualidade. Gosto da forma como Amadeu Ferreira nos leva ao coração do planalto mirandês.
A Biblioteca itinerante Gulbenkian foi, na aldeia, a luz da minha adolescência. No Porto, nas feiras do livro, perdia-me. O Círculo de leitores também me acompanhou. Pelos jornais comecei a ver as publicações, as críticas e ia sempre adquirindo o que mais se identificava com o meu gosto.
Na minha escrita há, como é óbvio, uma mistura de influências, mas ouso entregar-me inteira.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
TERESA ALMEIDA - A apresentação pública do livro é, desde logo, o primeiro momento marcante.  Divulguei trabalhos meus no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, tendo integrado o programa da semana de leitura. Gosto de deixar o meu livro e as antologias em que participo nas bibliotecas do agrupamento e na biblioteca municipal.
Participo, com prazer, em saraus e tertúlias de poesia. Já participei em concursos como o Poetry Slam. Sou muito grata aos escritores que me abriram a portas do Porto poético, incluindo as de Vila nova de Gaia e Matosinhos..
Publico na minha página de facebook, no meu blogue e em grupos poéticos.
Também já participei em seis antologias. Para além de ser uma boa forma de divulgarmos o nosso trabalho, temos a oportunidade de conhecer outros autores,  percebemos melhor a relação entre o autor e o editor e as diversas formas de trabalho das editoras.
A minha primeira publicação foi na Antologia "Poetas Luso-Brasileiros (editora Sapere - Rio de Janeiro).
Também gosto de trocar livros com outros autores. É a prenda que me dá mais gozo oferecer.
Sou, também, membro da Associação Portuguesa de Poetas.

SMC-  Escritora Maria Teresa, quais os seus principais objetivos como escritora?  Pretende publicar novos livros?
TERESA ALMEIDA - Sem dúvida. Pretendo continuar a trabalhar a palavra e a suas inesgotáveis potencialidades, como se elas  pudesse chispar  feitas estrelas. Temos direito ao nosso pedaço de céu. 
Sinto-me integrada neste mundo fascinante e tenho material para um novo livro, mas procuro a melhor maneira de o publicar.
Gostaria que a minha escrita fosse uma provocação e um envolvimento.
Uma provocação que despertasse o desejo e a inquietude e a vontade de escrever, porque  cada olhar é único e há sempre novos e extraordinários caminhos.
Um envolvimento  no mundo dos afetos, na alegria de viver, no sentido estético e profundo da palavra.

 SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
TERESA ALMEIDA - É na educação o investimento que considero prioritário. É desejável que as escolas e as bibliotecas escolares continuem a desenvolver projetos, tendo em vista a formação literária dos educandos e o gosto pela leitura.
Gostaria que em cada localidade houvesse tertúlias, saraus, teatros com a participação de autores e o envolvimento da comunidade. Que os novos autores tivessem  visibilidade  através dos média. Que as editoras procurassem divulgar, com mais eficácia, as obras dos novos autores.  Que se Intensificasse o intercâmbio entre autores de vários países - como, de resto, se começa já a praticar em alguns grupos poéticos..
Gosto de divulgar o trabalho de autores cujas obras valorizo, tendo já feito apresentações de alguns livros na minha cidade, cidade que continua a valorizar e a promover a cultura.
"Divulga Escritor" é um voo oceânico que se insere bem nesta rúbrica.

 SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto “Divulga Escritor”, muito bom conhecer melhor a escritora Maria Teresa Almeida, que mensagem você deixa para nossos leitores?
TERESA ALMEIDA - Agradeço a oportunidade e o prazer que tive em refletir convosco sobre a minha escrita. Uma autoanálise leva-nos a questionarmo-nos e a procurarmos ir cada vez mais longe.
A poesia é, para mim, um desafio, do qual não sei sair. A minha perceção, o meu encontro com o universo, a minha forma de me encantar, a fidelidade a mim mesma, mais pura do que a que consigo controlar, o meu traje de gala, como refere Alfredo Cameirão. Como se a minha alma se vestisse de madrugada e a palavra nascesse.
Ler é um dos caminhos para o enriquecimento e satisfação pessoal, com reflexos no progresso e no desenvolvimento do país.
A leitura e a escrita poderão proporcionar-nos momentos de intenso prazer e ser verdadeiros  instrumentos ao serviço da defesa dos valores humanos.

Participe do Projeto Divulga Escritor



Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Adriana Vargas

Adriana Vargas, formada em Direito pela UCDB, abandonou a carreira jurídica para se dedicar à escrita.  Escreve desde os sete anos de idade e teve participações com menções honrosas em diversos concursos literários. É autora de romances sobrenaturais: O oitavo pecado, O voo da estirpe, O segredo de Eva, Vozes do Silêncio, Túnel do Tempo, Lilith, meu amor da escuridão e Inocence. Coordenadora do Clube dos Novos Autores e autora do projeto Letras brasileiras. Agente Literária e assessora da Editora Modo; Beta Reader da Studio Editorial. Ganhou o prêmio INTERARTE 2012 com seu romance O Oitavo Pecado.
“Abandonem o modismo! Deixem esta bandeira! Vamos juntos descobrir talentos que ainda não conhecemos. Vamos criar o nosso próprio gosto de literatura, e não permitir que a mídia ou o mercantilismo faça isso para nós.”
Boa Leitura!

SMC – Escritora Adriana Vargas para nós é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos em que momento decidiu publicar seu primeiro livro? O que a motivou a publicar?

ADRIANA VARGAS –  Olá, prazer em estar prestando esta entrevista a vocês.  O momento em que decidi tirar meu texto da gaveta foi quando estava disposta a abandonar a carreira jurídica para me entregar de corpo e alma para meu maior legado – a escrita. O fator que mais me levou a crer que havia chegado o momento foi a angústia em ser lida; de provar a mim mesma de que minha intuição literária estava certa. Eu escutei o chamado do meu eu interior para esta estrada e aqui estou.

SMC – Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas através de seus escritos?
ADRIANA VARGAS –  eu já tenho um público cativo, que ao decidir ler meus livros, compram todos os que já estão publicados, e continuam comprando os que vão lançando. Este público não tem denominação, creio que se identificam apenas com meu trabalho, e em sua maioria são pessoas adultas ou jovens adultos. Não escrevo para adolescentes, mas estou tentando escrever algo para este público na linguagem gótica.

SMC – De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
ADRIANA VARGAS –  Divulgo meu trabalho na forma de ação criativa. Não sigo um padrão, o que for me dando vontade, faço. Gosto muito de divulgação pela internet, pois quase não vou a eventos, a não ser, os imperdíveis como as bienais. Moro afastada dos grandes centros e meu trabalho não me permite ausência por muito tempo, por isso aproveito tudo que tenho em mãos, e mais recentemente fundei uma campanha que está dando resultados muito positivos que é – compre um livro diretamente com seu autor. Esta campanha tem por finalidade retirar os 40,50 e 60% das vendas de nossos livros das mãos das livrarias e aproximação do público leitor com o escritor. As pessoas não adotam, porque preferem o status ainda e o anonimato. Eu adoto porque gosto deste contato e foi através dele que consegui hoje tudo que tenho no mundo literário.

SMC – Escritora Adriana Vargas, você hoje tem vários livros publicados, conte-nos qual o livro que demorou mais tempo para ser escrito e publicado? Que temas você aborda neste livro?
ADRIANA VARGAS –  Foi O Voo da Estirpe. Foi o primeiro livro que escrevi e o que mais escondi debaixo do colchão. Eu não me sentia segura com a obra, primeiramente porque a escrevi para mim, para um momento trágico que eu vivia, paralisada por uma AVC. Segundo, porque a linguagem é tão solta, que se tornou até “libertina”, e terceiro porque a maioria das pessoas que leem o livro não entendem o que ele quer transmitir, e creio que isso acontece justamente pelo fato de minha ânsia em tê-lo somente para mim no momento em que mais precisei de alguma ajuda, uma força, um amparo. Porém, ao publicar, foi um sucesso com resenha até mesmo no blog da MTV. Demorei muito para escrevê-lo devido à dificuldade emocional que tive para atravessá-lo, com medo da vida e da morte, já que ele encara ambos de frente, sem modéstia e preconceito.

SMC – Qual o livro que demorou menos tempo para ser escrito e publicado? O que a motivou a escrever de forma mais intensa que os demais livros escritos? Que temas você aborda neste livro?
ADRIANA VARGAS –  O Segredo de Eva foi escrito num final de semana. O motivo de sua intensidade foi a descrição do sentimento que estava vivendo naquele momento – friso: não é uma autobiografia, pois os personagens passam longe de minha história, mas o sentimento gerado no livro,  a ânsia, o desespero, a dor, a decepção, o tesão, a paixão – tudo isso era ingrediente do que estava vivendo, amando loucamente alguém que tinha rompido naquele exato final de semana muito frio e angustiante. Fiz o chocolate quente, em lágrimas, me sentei de frente ao computador e só saí dele quando escrevi a última linha – sem dormir até terminar o livro. Quando acabei, chorei muito por várias horas e dormi por dois dias. Esgotei-me. Fiz questão de fazer deste ex-relacionamento, um marco em minha vida através da escrita deste livro.

SMC – Quais seus próximos projetos literários? 
ADRIANA VARGAS –  Como havia citado, ainda não tenho um público juvenil, e estou escrevendo uma obra gótica, com o cenário sombrio, linguagem  e clãs característicos, vamos ver no que dará. Paralelamente, estou me dedicando a coletânea de pequenas histórias dos personagens de meus livros publicados. Estou gostando bastante deste trabalho, pois me sinto construindo um elo muito forte com meus personagens, e gostando bastante do fato de meus leitores já estarem na expectativa para ler um pouco mais sobre aqueles que lhes cativou.

SMC – Você estará lançando um novo livro na Bienal Internacional do Rio de Janeiro? Qual o dia em que podemos encontrá-la na Bienal?
ADRIANA VARGAS –  Estarei lá do dia 28 de agosto a 09 de Setembro no Estande. Porém, meu lançamento será dia 08 de Setembro às 18 horas.

SMC – Onde podemos comprar os seus livros?
ADRIANA VARGAS –  Meus livros podem ser encontrados, principalmente, nesses links:
e

SMC – Que dica você dá para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
ADRIANA VARGAS –  não esperem nada cair do céu. Acreditar que uma editora fará por você, aquilo que você não fará é decepção na certa. Estamos na era do autor independente em todos os sentidos. Corra atrás do seu sucesso, porque isso é sua obrigação acima de todos os seus direitos.

SMC – Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
ADRIANA VARGAS –  Menor percentual nas vendas de nossos livros para as livrarias; maior experimento dos blogs literários comprando nossos livros para realizar promoções em seus sites, ao invés de nós, escritores, termos que doar nossos livros para eles comprarem os estrangeiros; Escritores serem mais independentes quanto à divulgação e vendas de seus livros; Editoras adotarem um ideal para sua empresa, que deveria ser menos empresarial, e mais nacionalistas; que a literatura  deixasse de ser vista como um  negócio gerador de dinheiro, e passasse a ser mais uma necessidade cultural emergente.

SMC – Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Adriana Vargas, que mensagem você deixa para nossos leitores?
ADRIANA VARGAS –  Abandonem o modismo! Deixem esta bandeira! Vamos juntos descobrir talentos que ainda não conhecemos. Vamos criar o nosso próprio gosto de literatura, e não permitir que a mídia ou o mercantilismo faça isso para nós.

Participe do projeto Divulga Escritor

Solar de Poetas





Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Madame Ametista


Damaris Freitas Cavalcante nasceu em Recife, começou sua carreira profissional literária aos 18 anos de idade com sua primeira antologia em 2009. Hoje já tem 4 antologias publicadas e este ano publicou seu primeiro livro solo. Já participou da Sexta e Sétima Edições da Recitata do Festival Recifense de Literatura em 2011 e 2012. É membro da Sociedade dos Poetas Vivos de Olinda, já teve participações especiais em eventos como a Segunda Mostra de Propaganda, o evento do Dia Mundial da Água e o evento Jaboatão Cultural todos realizados na Faculdade Guararapes entre fevereiro de 2012 e junho de 2013. Fez um comercial especificamente para divulgar e vender o seu livro solo. Criou sua Fan Page Iniciativa Cultural e completou 4 anos de carreira no dia 9 de julho de 2013.
“A Literatura precisa ser levada a sério, os autores não podem desistir diante das dificuldades, se as editoras não dão tanto apoio como os autores realmente precisam, sigam o meu exemplo, eu não desisti, publiquei o meu livro sem editora, num formato independente, fui competente e agora estou colhendo os meus frutos e meus lucros com a literatura.”

Boa Leitura!


SMC - Escritora Damaris Freitas Cavalcante, para nós é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, você hoje usa como nome artístico Madame Ametista, como foi a escolha deste nome?

MADAME AMETISTA - Shirley eu agradeço imensamente a Deus e ao Projeto Divulga Escritor pela oportunidade. Depois que completei 4 anos de carreira no dia 09/07/2013, essa já é a segunda entrevista em que participo. Respondendo à sua pergunta: Eu compus um poema que fala sobre mim chamado Auto Linguagem, esse poema está publicado na minha quarta Antologia - X Antologia da Sociedade dos Poetas Vivos de Olinda, onde sou membro - o último verso do poema fala que eu sou uma ametista, ou seja, um pedra preciosa, então depois que recitei esse poema na Sexta Recitata do Festival Recifense de Literatura, começaram a me chamar de Ametista, então criei o meu nome artístico = Madame Ametista.

SMC - O que a motivou a escrever?
MADAME AMETISTA - O meu precioso talento me motivou a escrever. Nunca pensei em desistir do meu talento. A literatura é o meu negócio e em 4 anos de carreira profissional literária, eu já tenho 4 Antologias e 1 livro solo publicados. E graças a Deus tenho vendido bastante o meu livro solo e ele tem sido muito bem aceito!

SMC - Quais são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?
MADAME AMETISTA - Uma das minhas referências literárias que já faleceram é Cecília Meirelles, uma referência que ainda vive é Ariano Suassuna, pois marcaram a história da literatura; por causa da simplicidade que utilizavam em suas obras e por causa da proximidade com a realidade encontrada em seus escritos que proporcionam uma beleza natural às suas artes.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
MADAME AMETISTA - O meu público é aquele que gosta de ler e que lê poesia, no Brasil, 38% da população lê poesia, entre esses 38% há adolescentes, jovens, adultos e idosos.  Eu transmito para os leitores a importância de desenvolver o meu talento, mas também a relevância do ato de pensar, pois tudo que escrevo tem incluídos os meus pensamentos, além dos meus sentimentos.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
MADAME AMETISTA - Eu uso a internet para divulgar o meu livro e é pela internet que eu tenho conseguido muitos leitores para comprarem o livro. Eu criei recentemente a minha Fan Page no Facebook chamada INICIATIVA CULTURAL http://www.facebook.com/pages/Iniciativa-Cultural/349309638528545 onde coloco todas as minhas novidades e onde consigo realizar muitas vendas. Fiz um comercial para divulgar e vender o livro que está na minha página, é uma das minhas publicações de maior sucesso.

SMC - Que temas você aborda em seu livro: LITERATURA FILOSÓFICA – POEMAS? Este é seu primeiro livro solo?
MADAME AMETISTA - Este é o meu primeiro livro solo. Ele foi projetado num formato independente, é um projeto todo independente e sustentável, o livro foi escrito em papel reciclado e tem lindas embalagens projetadas por mim mesma, ecologicamente corretas, confeccionadas em tecido na cor salmão e com detalhes em croché. A embalagem feminina é a que tem detalhes verdes e a masculina é a que tem detalhes azuis. Os temas encontrados no meu livro são temas cotidianos como o ciúme, a hipocrisia, a cultura, o nosso retrato social, a felicidade, entre outros.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?
MADAME AMETISTA - O meu primeiro livro solo, os leitores podem comprar pela internet, ou seja, falando comigo pela minha Fan Page ou pelo meu e-mail madameametista@gmail.com, depositando o valor do livro e do frete na conta do banco e eu mando o livro pelo correio ao seu devido destino com autógrafo e dedicatória.

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar novos livros?
MADAME AMETISTA - Quero  sempre participar de novas antologias e publicar novos livros solo. Aguardem sempre muitas surpresas da Madame Ametista, pois busco  novos desafios e  novas conquistas. Sempre estarei disponível à novas entrevistas virtuais ou pessoais e à novas entrevistas em novas mídias.

SMC -  Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
MADAME AMETISTA - As editoras poderiam conseguir o barateamento dos custos da edição de livros, fazendo parcerias com outras editoras e beneficiando muito mais os autores, ou autores poderiam desistir das editoras e se tornarem autores independentes, pois com a demanda das editoras caindo, elas poderão abaixar os seus preços tão altos.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Madame Ametista , que mensagem você deixa para nossos leitores?
MADAME AMETISTA - A Literatura precisa ser levada a sério, os autores não podem desistir diante das dificuldades, se as editoras não dão tanto apoio como os autores realmente precisam, sigam o meu exemplo, eu não desisti, publiquei o meu livro sem editora, num formato independente, fui competente e agora estou colhendo os meus frutos e meus lucros com a literatura. A literatura é um negócio, além de ser arte, mas para se conseguir bons resultados, a literatura precisa ser um pouco esquecida como arte e ser mais vista como um negócio que pode dar bons lucros. Um abraço a todos que terão acesso a essa entrevista!


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Joel Arsénio Baptista Lira, natural de Amora – Seixal, nascido em 19 de Julho de 1946, fui autarca duas vezes no conselho do Seixal, escrevi para todos os jornais locais do conselho e distrital, sou autodidata, escritor, encenador, poeta, musico e ator. Estou ligado ao movimento associativo local, nomeadamente à Art’Anima Seixal – Associação Cultural, Grupo de Teatro A Muleta. Peças de teatro:  A PARTIDA, A PEDRA BRILHANTE, AS VELHAS RABUGENTAS, O COMPUTA(DOR), EU, DOIDA?!, O VISCONDE DE ALCAGOITAS, O BAÚ MISTERIOSO, A ESCOLHA, SEM ABRIGO, A SENHORA DOS PAPEIS, FERNANDO NO MARTINHO e O TESTAMENTO (A estrear brevemente! )
Em entrevista exclusiva ao projeto Divulga Escritor, o Escritor, ator e músico, Joel Lira conta-nos um pouco sobre sua trajetória literária interligadas com a música e o teatro.

“ Veja-se o teatro a musica e a poesia o que fez de mim o que hoje sou: Um Homem!”

“Existe uma profunda relação entre mim com a musica, com o teatro e com a poesia. Não consigo separar ambas da minha vida cultural e artistica! Fazem parte da minha existência!”

Boa Leitura!

SMC - Escritor, ator, músico, Joel Lira, para nós é uma honra tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos, o que o motivou a escrever?

JOEL LIRA – Em criança, antes de ingressar na Escola Primária, um dos meus passatempos preferidos era esquartilhar com uma pequena tesoura de costura ou, lâmina de barbear do meu pai as letras maisculas dos jornais. Com alguma habilidade e engenho lá conseguia fazer passar o tempo com uma das minhas brincadeiras preferidas. Cortar letras de jornais. Depois do male feito (jornais cortados) levava nas orelhas do meu avô por ter cortado o jornal…. E da minha mãe o respectivo raspanete!
Penso que tudo aconteceu em 1952, data do meu ingresso escolar. Mais tarde, em 1964 por ai nessa altura, já com 18 anos de idade o gosto pelas letras  sempre me acompanharam em ambientes familiares: -  Veja-se o teatro a musica e a poesia o que fez de mim o que hoje sou: Um Homem!

SMC - Que temas você aborta em sua escrita?

JOEL LIRA – Por norma abordo todos os temas que a vida social me apresenta no dia a dia.
Ou seja os de carecter politico, familiar e amoroso. Em muitos casos denuncias que a todos nós nos afligem e nos incomodam!
Sou um pensaador, também!

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

JOEL LIRA – O público para mim todo ele tem face, tem nome e quase todos os que me seguem gostam do que escrevo, muitas das vezes revendo-se nas mensagens poeticas deixadas nos meus livros ou atraves do Solar dos Poetas, ou mesmo em outros locais da comunicação social.

SMC - Escritor Joel Lira, acompanhamos um pouco seu histórico literário, vimos que seu primeiro livro foi publicado em 1976 com 2ª Edição em 2006, percebemos que passou um tempo sem publicar. Qual o principal motivo deste intervalo e o que o levou a publicar novos livros?

JOEL LIRA – O  meu primeiro livro foi editado por mim proprio em 1976, depois, em 2ª edição em 2006 ( O Despertar para a Vida . Dizer-se que passou muito tempo sem que tivesse escrito mais nenhum, informo que não é verdade dize-lo. Pela Parceria A.M. Pereira, editei o meu 2ª livro ( O Despertar para a Vida Nr 2 ), em 1979, com 2º edição em 2006. Depois em 2003 a editora Margens, editou o meu 3º livro “ Sombras do meu Sentir ) com 2ª edição em 2006. Depois fiz uma paragem nas edições literárias entre 1976 e 2003, embora nunca deixando de escrever.

SMC - Conte-nos, qual o objetivo do seu livro “O Fogo das Palavras”?

JOEL LIRA – No que respeita ao meu 4º Livro “ O Fogo das Palavras “ – editado em 2006,  foi o de mostrar aos meus novos leitores o inicio dos meus sonetos alexandrinos, poesia solta ( visões poéticas ) e quadras populares! Pequenos ensaios…. Trata-se de um livro de poesia com 150 paginas!

SMC - O que diferencia seu livro “Poesia ao Vento”  do seu livro “Inquietações”?

JOEL LIRA – Existem duas diferenças literárias profundas nos livros citados: “Poesia ao Vento“- 5º livro - editado em Abril de 2012 é um livro composto unicamente por sonetos e divididos em IV partes – “ Sonetos  ( bilhetes postais sobre Lisboa ); ventos que gritam; ventos de amor e outros ventos “.  O “ Inquietações “  6º livro – editado em Maio deste ano ( 2013 ), ambos pela Lua de Marfim, Editora – contém poesia livre, clara, direta, cujo ambito social é por demais evidente. Não se trata apenas de um estrondoso grito social mas tambem com espirito sentimental, apanagio de todos os poetas mensageiros!

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

JOEL LIRA - Todos os meus livros podem ser comprados directament atraves do meu email: joellira@live.com   ou pelo facebook  joel.a.lira@facebook.com

SMC - Você hoje trabalha com teatro, música, poesia. Que ligação você destaca entre o teatro, a música e a poesia?

JOEL LIRA – Existe uma profunda relação entre mim com a musica, com o teatro e com a poesia. Não consigo separar ambas da minha vida cultural e artistica! Fazem parte da minha existência!
No teatro faço passar as mensagens ao vivo das minhas 12 peças inéditas, onde nalgumas represento. Sou ator, encenador, escritor e ensaiador. Enfim, o dito faz tudo…. Ou o homem dos sete oficios…
Na musica, na maioria dos casos como autoditata, relaxo os meus sentires com o piano ou orgão desde criança!
Na poesia, é o meu expoente máximo e dominador comum nas artes literárias!

SMC - Escritor Joel Lira, quais são seus próximos projetos literários? Eles estão interligados com a música e o teatro?

JOEL LIRA – Tenho em carteira cerca de 150 sonetos e muitos textos poéticos, para alem de imensos “pensamentos” e pensar em publicá-los/ editá-los ou coisa parecida, neste momento está fora de questão! Tanto a musica, como o teatro e agora no caso a poesia, são vistos como filhos bastardos…   “ Se tiveres um bom padrinho não levas no focinho”  caso contrario morres à fome.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

JOEL LIRA – Mas que pergunta tão cheia de chama e de oportunidade!
 Hoje em dia cada vez mais vai havendo Editoras sempre prontas para “darem” a mão a quem escreve. Prontas para o negócio, todas com belissimas intenções. Tem piada, até o inferno está cheinha delas… e quando se entra nele queimamo-nos!
As editoras não projectam capaz e condignamente os seus autores! Praticamente são os autores que promovem os seus livros,  apresentam nos mais variados pontos do pais e são eles que desembolsam os seus elevados custos sem que as Editoras  comparticipem!
Quantos poetas vão às livrarias apresentar os seus livros? Quantos vão a feiras ou  exposições a convite das Editoras?

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Joel Lira, que mensagem você deixa para nossos leitores?

JOEL LIRA – Por último quero agradecer penhoradamente todo o carinho que o projeto Divulga Escritor tem dado até aqui aos seus autores e faço votos para que ele continue a projetar e apoiar o nosso mundo poético!
Bem hajam todos os que dão do seu melhor à causa literária sem beneficio proprio!

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Telma Estevão

Telma Luísa Simões Estêvão Guerreiro, Portuguesa nascida e residente no Algarve mais precisamente em Silves. Casada, tem uma filha. Fez o Terceiro Curso do 12º ano de escolaridade (Línguas e Humanidades). Formou-se em vários cursos, de formação profissional, tais como: Auxiliar de educação educativa, Animadora juvenil, Administração das organizações, controle de gestão, higiene e segurança no trabalho, comportamentos do consumidor e merchandising. Passou por vários empregos: instituição particular de solidariedade social (Infantário-Instituição amigo dos pequeninos), ACES do Barlavento (centro de saúde de Silves e Armação de Pêra), Alicoop (cooperativa de produtos alimentares do Algarve, c.r.l), trabalha actualmente na N & F (comercio distribuição alimentar). Esta ligada a vários grupos de poesia onde diariamente partilha seu trabalho.
“ se gostam de escrever e têm algo escrito numa gaveta, partilhem, não desistem dos vossos sonhos, pois no meu caso quando comecei a escrever foi por brincadeira e agora não consigo parar. Os tempos estão a mudar, há muitos grupos de poesia a dar-vos a mão na divulgação.”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Telma Estevão é um prazer tê-la conosco no Projeto Divulga Escritor, conte-nos quando começou a escrever poesias? Como surgiu seu gosto pela escrita?

TELMA ESTEVÃO - O meu contacto mais íntimo com a poesia deu-se há cerca de sensivelmente três anos. A empresa para a qual trabalhava e era accionista entrou em insolvência, fiquei desempregada e com mais disponibilidade.
Foi nesta altura que tudo aconteceu, comecei a ler poesia e a senti-la como nunca tinha sentido, decidi brincar com as palavras e publicar no meu grupo “Palavras” alguns dos meus poemas.
Sempre gostei de histórias, os meus avos contavam-me imensas e eu absorvia todas com muito entusiasmo. Desde cedo comecei a ter gosto pela leitura, principalmente romances. Quando era mais nova gostava de inventar e escrever pequenas peças de teatro com várias personagens.
O meu gosto pela escrita surge sempre que tenho necessidade de me exprimir, de transmitir o que vagueia na minha alma, gosto de partilhar sentimentos e fantasias. Quando me apaixonei verdadeiramente pela poesia nunca mais consegui parar de escrever. Para mim a escrita funciona como uma terapia, um balsamo para a alma.

SMC - Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro? Como foi o momento em que esteve com seu primeiro livro em mãos?

TELMA ESTEVÃO - Foi tudo muito rápido. Todos os dias escrevia um poema e partilhava no meu mural e no meu grupo”Palavras”.
Os meus poemas começaram a receber vários elogios, alguns membros do grupo começaram a incentivar-me, assim como a minha família, para publicar um livro. Pesquisei algumas editoras, para as quais enviei os poemas. Acabei por escolher a editora Lua de Marfim para me ajudar nesta nova etapa da minha vida e assim publiquei o primeiro livro. Quando toquei pela primeira vez neste livro, senti um grande orgulho no meu trabalho, foi um sonho concretizado que foi recompensado com a sua publicação. Muitas pessoas quiseram adquirir o livro e fico muito contente com o facto de saber que as minhas palavras conseguiram despertar muitas emoções nos leitores.

SMC  - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?

TELMA ESTEVÃO - Há livros que me continuam a assinalar e a deliciar: Citações e pensamentos de Florbela Espanca ”Ama-se quem se ama e não quem se quer amar” 
O livro do Desassossego de Fernando pessoa e o Diário Inédito de Virgílio Ferreira, entre outros. Poemas marcantes: “Eu…”de Florbela Espanca e “Pedra Filosofal” de António Gedeão.
Tenho poetas que me marcam de uma forma acentuada e quase diária, tais como Florbela Espanca, Fernando pessoa, Pablo Neruda, Clarice Lispector, Virgilio Ferreira entre outros, mas gosto de variadas leituras como por exemplo José Rodrigues dos Santos, Dan Brown, José Luís Peixoto. A leitura estimula-me e tudo o que leio de uma maneira ou outra influencia-me, leio para aprender.

SMC - Você hoje tem dois livros publicados “Palavras” e “O respirar da alma”, ambos de poesia, quais os temas que você aborda através de suas poesias em seus livros?

TELMA ESTEVÃO - Na minha poesia há um fio condutor que é o afago, o corpo, a alma, o amor, o meu eu, os meus silêncios, as minhas saudades, ternura, perda, dor e alguma sensualidade. Escrevo os meus sonhos, sou o eco das vossas alegrias, tristezas, amores, tudo o que escrevo tem alguma ficção mas também tem reflexos de mim, do que sinto e do que sou.
Os meus livros falam sempre do amor, apesar de muitos acharem que este tema está gasto, eu discordo pois o amor envolve muitos sentimentos e muitas formas de o viver, sentir e falar nele.
Muitas das vezes, quando preciso de alguma força escrevo e despejo emoções para a folha. Gosto de escrever poesia livre e de usar metáforas para embelezar o que sinto, escrevo numa linguagem simples, qualquer um se pode envolver no mundo do sonho e fantasia e identificar-se em muitos dos meus poemas ou sentir como suas as emoções transmitidas.
Espero que os meus livros tenham o poder de vos fazer gostar um pouco de poesia. É um livro de afetos com ritmo e alguma musicalidade.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?

TELMA ESTEVÃO - O meu trabalho é divulgado através do meu grupo de poesia no facebook “Palavras” do qual sou administradora em que actualmente tem cerca de 2.100 membros e em mais outros 30 grupos dos quais sou membro activo. É nestes grupos de poesia que divulgo diariamente o meu trabalho.
O meu trabalho é também divulgado em varias rádios, na rádio do Horizontes da poesia, na the young fm e ainda através de um jornal regional “Terra Ruiva”.     
                        
SMC - Escritora Telma, soube que esta vindo um novo livro, já temos um título? Conte-nos quais seus novos projetos como escritora?

TELMA ESTEVÃO - Pretendo editar no ano de 2014 o terceiro livro de poesia, que terá como titulo: ”Sob este céu azul, esta distância “.
Estou a pensar abraçar seriamente o desafio de escrever um romance, feito pelo meu editor. 

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

TELMA ESTEVÃO - O primeiro livro está disponível na editora lua de marfim e o segundo na Arandis editora. Para a aquisição dos mesmos poderão também contactar-me através do meu email telmag788@gmail.com

SMC - Você criou o Grupo Palavras no Facebook, como foi que surgiu a ideia de criar um grupo Literário? Quem pode participar?

TELMA ESTEVÃO - Ideia de criar um grupo literário surgiu no momento que tive necessidade de escrever e dar a conhecer o que escrevia. Senti necessidade de formar um grupo em que a poesia fosse a literatura predominante.
Este grupo é público, portanto quem quiser fazer parte do mesmo, pode juntar-se a nós e enriquecer-nos com as suas poesias. Qualquer membro pode partilhar qualquer tipo de literatura, criticar comentar ou simplesmente por um  “gosto”.

SMC - Quais os principais projetos/objetivos do Grupo “Palavras”?

TELMA ESTEVÃO - O principal objectivo deste grupo é divulgar poesia para que todos aqueles que gostam de ler ou escrever, possam ter acesso a um espaço para partilhar ou dar as suas opiniões. Deste modo, é possível em conjunto, todos evoluirmos perante críticas construtivas, continuarmos sempre a melhorar a nossa poesia e para os outros que apenas passam por este grupo para dar uma vista de olhos, espero que continuem a gostar do que lêem.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

TELMA ESTEVÃO - As melhorias para o mercado literário sem dúvida serão a divulgação dos poetas e dos autores, através das rádios, dos grupos de poesia, intercâmbio entre países, tertúlias, convívios.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no Projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Telma Estevão, que mensagem você deixa para nossos leitores?

TELMA ESTEVÃO - Deixo aqui uma mensagem a todos os amantes da escrita, se gostam de escrever e têm algo escrito numa gaveta, partilhem, não desistem dos vossos sonhos, pois no meu caso quando comecei a escrever foi por brincadeira e agora não consigo parar. Os tempos estão a mudar, há muitos grupos de poesia a dar-vos a mão na divulgação.


     Participe do projeto Divulga Escritor





Fernando Figueirinhas é formado em Administrador de Empresas. Escritor, Poeta e Diretor (realizador). Nasceu no Porto, Portugal, em 1952, e veio para o Brasil em 1976, onde se fixou.                                                              Interessado em questões perenes de cunho filosófico, que tratam da problemática humana em vários de seus aspectos, como o homem perante o mundo e si mesmo, vale-se da ética, da estética e de princípios fundamentados nos valores universais em favor de um mundo mais justo e digno. 
 Realiza vários documentários sobre arte e outros assuntos polêmicos, cuja complexidade e profundidade devidamente orientadas, defendem com muita intensidade a tese-proposta da questão colocada. Dirigiu e produziu: A Ponta do Iceberg, A Outra Dimensão, Esquecidos na Noite, A Tríada da Cognição, Manlio Moretto, Egas Francisco, Gente sem Nome, Evasão e Sonho, Razão de Ser, Pedras que Falam, e Aldo Cardarelli, entre outros.
 Preocupado com as grandes questões que o mundo contemporâneo propõe, idealiza o Projeto Cultural Abertura, dedicando-se à administração do projeto, a escrever e à direção e produção de documentários filmados, e também, à produção e manutenção dos websites que mantém na Internet.
 Ultimamente, atento à realidade do atual momento, vem-se dedicando à escrita ininterrupta de vários textos, poemas e pensamentos, chegando a escrever quinze textos por dia.
Publicou, entre outros, os seguintes livros: Manlio Moretto, Palavras de Imagens, A Urgência da Mudança, Palavras Nascem e Pintores Inéditos.

“Não nasci para ser escritor, ou cineasta, muito menos para ser poeta – tudo aconteceu sem que eu me apercebesse, como resultado do mundo que encontrei.”

Boa Leitura!

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SMC - Escritor Fernando Figueirinhas para nós é uma honra ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos quando começou seu gosto pela escrita? Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Obrigado, Shirley, por esta oportunidade. O meu gosto pela leitura começou muito cedo, ainda na infância. Meu pai, avô e bisavô eram livreiros e editores, proprietários da Liv. Ed. Figueirinhas. Meu bisavô, António Figueirinhas, formado em Teologia, jornalista, fundador da citada livraria-editora e dos jornais: O Lafões, O Porto, O Meu Jornal, e colaborador de outros tantos. Foi também um importante pedagogo e incentivador da educação em Portugal no final do Séc. XIX e início do Séc. XX, tendo trabalhado até sua morte, em 1945, aos 80 anos de idade, e fundado vários colégios, dos quais o mais importante foi o Colégio Viriato, em Oliveira de Frades, e, posteriormente, transferido para Viseu; além de proeminente escritor de livros didáticos. Em casa de meus pais e avós havia uma grande biblioteca, aliás, em vários lugares diferentes daquela casa, cujo forro das paredes era revestido por prateleiras repletas de livros. Portanto, acto contínuo, desde cedo comecei a escrever, mas apenas mantinha correspondência com alguns poucos amigos de meu pai, sobretudo, colecionadores de selos e postais; e mais tarde, com namoradas, cujas centenas de cartas ainda conservo – não só as recebidas como também algumas cópias das enviadas, às quais, por amizade, creio, me atribuem um hipotético dom para a escrita.  O meu primeiro livro publicado surgiu inesperadamente, quando percebi que tinha em mãos o maior acervo de Paisagens Brasileiras realizadas em croquis de campo, ao longo de 50 anos, pelo engenheiro e paisagista Manlio Moretto – era um patrimônio muito rico e vasto que merecia ser publicado.

SMC - O que mais lhe inspira a escrever?
FERNANDO FIGUEIRINHAS -  O que mais me inspira a escrever é a constatação do caos em que o mundo vive; a falta de oportunidades de trabalho e as péssimas condições de vida – chegando aos limites da sobrevivência, ou nem isso, da pobreza extrema, digo - de milhões de pessoas no mundo; por um lado, e, por outro, a desmotivação da quase totalidade das pessoas pela reflexão sobre os motivos que levam a esta apatia generalizada e permanente caos, cuja resultante encontra no niilismo sua razão. E, ainda, a falta duma educação orientada para uma consciência reflexiva, e, consequentemente, desvinculada de compromisso individual e colectivo. Quanto à poesia, é o encanto com o achado ao acaso, às vezes, em apenas uma palavra.  O poema sai rápido, não mais que uns 15 minutos, e por vezes chegam a 12 por dia.  A poesia também foi um achado muito interessante e meramente casual na minha vida, que em muito facilitou a abordagem de temas profundos e intensos, sem, todavia, exigir rigor científico, suscitando o interesse por parte do leitor. Fazem apenas dois anos a que me dedico à poesia, com um total de mil e quatrocentos poemas até este momento.

SMC - Fernando, conte-nos, você quem escreve os textos dos documentários que você produz? Como funciona a produção dos vídeos?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Sim, sou eu quem escreve os roteiros e textos dos documentários que produzo. Não nasci para ser escritor, ou cineasta, muito menos para ser poeta – tudo aconteceu sem que eu me apercebesse, como resultado do mundo que encontrei. Senti que precisava fazer algo a esse respeito, e como não tinha recursos financeiros nem formação específica, resolvi ir fazendo, intuitivamente.  A produção dos documentários funciona da seguinte maneira: tenho em mente uma determinada ideia; penso-a, estudo-a, escrevo-a, convido pessoas que reconhecidamente entendem daquele assunto e de relevada importância cultural; contrato uma equipe para a produção e assim realizo o documentário. Sempre achei muito importante e determinante saber-se exactamente o que se quer para se conseguir fazer alguma coisa. Depois é só encontrar os meios tendo em vista o fim que se procura.

SMC - Você é idealizador do Projeto Cultural Abertura. Qual o objetivo do projeto? Quem pode participar? Como a pessoa faz para ter mais informações sobre o projeto?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - O Projeto Cultural Abertura (Associação Cultural Abertura) tem como objetivo principal a promoção da dignidade humana, cujo valor mais alto é o próprio homem em todas as suas dimensões. A ética e a reflexão conscienciosa sobre os diferentes aspectos que compõem a esfera das relações humanas são os meios utilizados para se atingir este objetivo. Todas as pessoas interessadas neste ideal podem participar e são muito bem-vindas. Para informações mais detalhadas basta acessar o site do projeto: WWW.projetoabertura.org

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Conforme disse acima, pretendemos atingir todas as pessoas interessadas no ideal do Projeto Abertura. A mensagem que gostaríamos de deixar é simples e contundente: há que se libertar do egoísmo e do individualismo que toma conta do mundo, como resultado da ausência de valores e sentido da vida.

SMC - Fale-nos sobre seu livro “A Urgência da Mudança”?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - O livro A Urgência da Mudança, cujo título original era Mudar o Poder, reúne uma série de textos de fundamental importância no contexto do Projeto Abertura, e de algumas questões, também muito importantes, para a crise em Portugal. Trata-se de um livro, creio, bastante equilibrado e eclético nos temas abordados, intercalados por poemas sobre os clássicos temas do amor, da saudade e do pasmo encontrado na contemplação da paisagem humana e suas ambiguidades.

SMC - Além de “A Urgência da Mudança”, você publicou, entre outros, os seguintes livros: “Manlio Moretto”, “Palavras de Imagens”, “Palavras Nascem” e “Pintores Inéditos”, de forma resumida o que diferencia um livro do outro.
FERNANDO FIGUEIRINHAS - O livro Manlio Moretto é uma compilação de algumas obras iconográficas deste pintor, e textos sobre arte pictórica; Palavras de Imagens é formado por todos os textos de filmes por mim realizados até àquela altura; Palavras Nascem é constituído por 65 poemas selecionados; e, Pintores Inéditos ( no prelo) é um resgate de memória da pintura Neoclássica de alguns dos melhores pintores do Século XX no Brasil. Além disso, contém um resumo da História da Pintura no Brasil e um capítulo onde se explana sobre a Arte e o Belo artístico, bem como uma análise sobre a interpretação  dos rumos da pintura a nível mundial – capítulo este que justificou sua realização.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros? (Se possível deixe um endereço de email para contato)
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Os meus livros podem ser comprados em algumas livrarias e pelos links de compra das respectivas editoras, nomeadamente: Arte & Ciência, Lua de Marfim, Corpos e Chiado. Também se podem achar através do Google, procurando por “Fernando Figueirinhas”. Meu email: fernandofigueirinhas@hotmail.com

SMC - Que dica você dar para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Leia; estude e pense antes de escrever. Procure imprimir sempre, em seus textos, uma conotação universal e perene, quando possível. Quanto à metodologia de trabalho, cada um tem a sua; eu prefiro a seguinte, sobretudo em se tratando de um romance ou poesia: escreva rápido, no embalo do sentimento, e depois corrija os erros de lógica e outros que eventualmente possa encontrar. Procure não mexer muito naquilo que escreveu, pois o texto tem de estar pronto logo no esboço.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Não sei responder a essa questão, teria de estudá-la e ser um profissional da área. Apenas posso falar do ponto de vista da iniciativa editorial; isto é, dos critérios a serem levados em conta por parte dos editores em relação à obra que lhes chega às mãos. Quero crer que um bom editor tem de ser fiel a uma determinada linha editorial e produzir com rigor e requinte todo o projeto (gráfico e editorial) do livro. Além disso, deve saber estabelecer uma perfeita correlação entre o valor literário de uma obra, o interesse do assunto e sua viabilidade comercial – não basta publicar, é preciso divulgar.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Fernando Figueirinhas, que mensagem você deixa para nossos leitores?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Nada mais a acrescentar. Resta-me agradecer-lhe, sobremaneira, a atenção e o interesse pela minha obra. Desejo-lhe muito sucesso nesta difícil arte de divulgação e incentivo à cultura. Muito obrigado.


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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Maria Morais de Sá 

EXTRA, EXTRA!

VAMOS COMEMORAR! TODOS SÃO CONVIDADOS A PARTICIPAR DO LANÇAMENTO DE LIVRO NO SOLAR DE POETAS!

Maria José Morais de Sá, mais conhecida por Maria Morais de Sá, comentadora no Solar de Poetas, nascida em Massarelos na cidade do Porto em Portugal. Irá fazer o lançamento do primeiro livro dia 27 de Julho de 2013.
Escreve mais sobre seus sentimentos e devaneios, mas, também sobre tudo o que a rodeia! Sobretudo a Natureza o sol a lua as estrelas envolvendo-se em um mundo sonhador e mágico!
Página onde publica seus poemas 
https://www.facebook.com/SonetosRimasPoemasEPensamentos 

“Gosto de ler mas sobretudo de escrever!
E para mim escrever meus devaneios desde muito jovem foi uma forma de desabafar meus sentimentos!
Procurei na escrita a amiga que nunca tive! 
A amiga que só diz o que eu lhe digo e a que guarda segredos!
Foi muitas vezes a escrita o ombro de alguém muito perto,
o amor que nunca tive,
o sonho que ainda não realizei,
a fantasia de nunca ter crescido.
É meu desabafo e meu afago muitas vezes!”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Maria Morais de Sá, para nós é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, você nos contou nos bastidores da Divulga Escritor que a escrita é sua melhor amiga, conte-nos quando começou seu gosto pela escrita? De que forma vem sendo esta relação entre você e a escrita?
MARIA MORAIS DE SÁ - Queria agradecer a oportunidade e acima de tudo louvar a vossa forma de divulgação de escritores portugueses e parabenizar esta vossa iniciativa. 
A escrita é para mim um lavar de alma. 
São as minhas lágrimas, os meus sorrisos, as minhas noites e os meus dias! 
Talvez seja a amiga em quem eu deposito os meus segredos que por vezes escondo e descubro com minhas próprias palavras!
Desde cedo, ou seja, pela escola primária, tinha o gosto de contar e inventar histórias, por vezes entoadas com pequenas rimas e frases líricas sempre acompanhadas com desenhos ou rabiscos, que hoje entendo serem já naquela altura os meus devaneios!
Por vezes escondia os poemas e noutras ocasiões rasgáva-os para ninguém os ler e só à pouco tempo libertei da gaveta tudo o que em mim tinha guardado e foi atráves do facebook, com a ajuda de amigos escritores que comecei a libertar-me.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
MARIA MORAIS DE SÁ - Não tenho faixa etária, mas os meus poemas não são para leitores infantis! 
Creio serem mais para quem gosta de ler sobre a ternura, sonhos e pensamentos!

SMC - Quem é a escritora Maria José Morais? Quais seus principais hobbies?
MARIA MORAIS DE SÁ - Modestamente uma mulher como muitas!
Mãe de dois lindos filhos! 
Neste momento desempregada mas uma lutadora! 
Tento seguir os meus princípios e ideiais! 
Sonhadora, mas também determinada!
Gosto de ler, passear ao ar livre, fazer peças de bijouteria, trabalhos manuais! 

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
MARIA MORAIS DE SÁ - Pela internet, especialmente pelo facebook.

SMC - Que temas você aborda em seu livro “Meu sol, Meu poema”? 
MARIA MORAIS DE SÁ - Falo essencialmente sobre mim, sobre meu estado de espirito.
Falo dos dias em que sofro desgostos ou alegrias! 
Sobre a minha capacidade de ultrapassar os maus momentos e ser feliz com cada minuto de alegria!

SMC - Conte-nos como vai ser o lançamento do seu livro? Como se sente ao ter seu primeiro livro publicado? 
MARIA MORAIS DE SÁ - Meu livro vai ser lançado na Junta de Freguesia na cidade de Ermesinde que me viu crescer e onde vive desde sempre a minha familia e amigos de longa data.

SMC - Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades?
MARIA MORAIS DE SÁ - A falta de poder econômico que existe a nível global e também por parte do ministério da cultura que por sua vez não ajuda a que se criem condições para que a leitura e a escrita possam ser mais viabilizadas.
Deveria existir mais apoio por parte do Governo para haver mais facilidade de divulgação de autores. 

SMC - Onde podemos comprar seu livro? 
MARIA MORAIS DE SÁ - Através do meu email verderocho@hotmail.com ou através da editora geral@versbrava.pt 

SMC - Conte-nos quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar novos livros?
MARIA MORAIS DE SÁ - Continuar com poesia dentro da mesma linha, embora tenha já iniciado um pequeno livro que será um projeto para um data ainda indefinida. 

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
MARIA MORAIS DE SÁ - Um melhor poder económico a todos os níveis.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Maria Morais de Sá, que mensagem você deixa para nossos leitores?
MARIA MORAIS DE SÁ - Que a leitura é o alimento dos sentimentos e o registo do que somos como escritores mas também como leitores!

Participe do projeto Divulga Escritor
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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor José Carlos Moutinho

José Carlos Moutinho nasceu no Sobralinho, Vila Franca de Xira, em Junho de 1944.
Com 13 anos partiu para Angola, aonde concluiu os seus estudos secundários.
Em 1973, saiu de Angola, para o Brasil, de onde veio definitivamente para Portugal em 1980. Foi Delegado de Informação Médica. Nos últimos anos, Empresário na área da restauração. Está aposentado. É membro dos “Confrades da poesia”, “Horizontes da Poesia”, “Luso-Poemas”, “Varanda das Estrelícias”, “Academia Virtual Sala dos poetas e escritores”- Brasil
É presença regular em vários locais de tertúlias poéticas:
É membro da ACLAL (Academia de letras e artes plásticas lusófonas)
O seu blog de poemas:
http://zemoutinho.blogspot.com/ 

“Não deixem de ler e apoiar a literatura, sem vós, a nossa mensagem em forma de palavras poéticas, não passará, e sem a literatura, em especial a poesia, o mundo será menos culto e menos sensível aos sentires da alma.”

Boa Leitura!

SMC - Escritor José Carlos Moutinho, é um prazer tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos quando decidiu publicar seu primeiro livro? O que o motivou a publicação?
JOSE CARLOS MOUTINHO - É com muita satisfação e uma pontinha de orgulho sentir o interesse da parte de ilustre figura do jornalismo, como é o caso de Shirley M.. Cavalcante, por tal facto, os meus agradecimentos e passo a responder: A oportunidade de publicar o meu primeiro livro, surgiu do improvável. Na verdade, nunca me ocorrera, nem vagamente que um dia teria um livro editado. E aconteceu, quase como por brincadeira, com amigos do Facebook, quando eu respondia com versos, especificamente quadras rimadas ao que os outros me enviavam. Aos poucos fui ganhando coragem e atrevendo-me a tornar essa minha poesia pública, através dessa Rede Social. A aprovação por parte dos amigos e, muito especialmente pelos poetas, alguns já consagrados, levaram-me a um incentivo tão profícuo, que me levou corajosamente à edição do meu primeiro livro “Cais da Alma”, que felizmente teve enorme sucesso.

SMC - Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Devo admitir, sem qualquer veleidade de presunção, que jamais me referenciei em alguém para me levar a criar a minha própria e genuína poesia. Obviamente e, muito em especial nos meus tempos de jovem, li bastante e de quem sou admirador, Fernando Pessoa, Luis Vaz de Camões, Florbela Espanca, Manuel Bandeira, na área da poesia. Em prosa, sempre gostei muito de Eça de Queiroz, Alves Redol, Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Camilo Castelo Branco, Ernest Hemingway, Leon Tolstoi, Erich Maria Remark, Érico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Não tenho em mente um público específico para que me leiam. Dirijo a minha escrita para todos, que tenham o gosto pela poesia. Afinal o que eu escrevo, não é para mim. Se o fosse, tudo o que eu criasse, ficaria a amarelecer no fundo de uma gaveta. Quero chegar o mais longe possível. Sendo imodesto e neste caso, assumo-me como tal, gostaria que a minha poesia se eternizasse, para além de mim.

SMC - Conte-nos, quais os principais hobbies do escritor José Carlos Moutinho?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Quando havia tempo para se viver, como se o amanhã fosse hoje, frequentava muito o cinema. Sou fã da 7ª arte. Lia muito, porque vivi os meus tempos de passagem da adolescência para a maturidade em Angola e como lá não havia, na época, Televisão, os passatempos eram, praia, cinema, música e leitura.
Actualmente o meu hobby para além da escrita é a fotografia.

SMC - Que temas abordas em seu romance “Angola, do Tejo ao Kwanza”? Em quanto tempo você escreveu este livro?
JOSE CARLOS MOUTINHO - “Angola do Tejo ao Kwanza”, é um pequeno romance, que retrata o mais fielmente possivel, as minhas vivências em Angola, para onde fui viver com 13 anos de idade. Eu senti a necessidade de entrar por caminhos da prosa e, por curiosidade, na tentativa de o conseguir, iniciei a escrita desse livro e como já haviam muitas páginas escritas, decidi não desistir e continuei até terminar. Escrevi-o em 15 dias.

SMC - Você, hoje, tem 3 livros de poesia publicados, “Cais da Alma” “Da inquietude das palavras” e “Cantos da eternidade”, conte-nos, o que diferencia um livro do outro?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Respondendo a essa difícil pergunta, apraz-me unicamente dizer o seguinte: “Cais da Alma” o meu primeiro livro de poesia contém a pureza, quase ingénua do meu sentir, aonde se abrigam os momentos mais importantes da minha vida, em carinhosas palavras, abraçadas pela poesia. Os seguintes livros, serão um aperfeiçoamento, que o tempo e a prática me foram dando e ensinando. Digamos que contêm uma poesia mais elaborada, sem contudo deixarem de ter toda a emoção da alma. Referencio o meu último livro “Cantos da eternidade “ que é o ninho aonde se aconchegam poemas de amor, especificamente de amor. Amor sofrido, feliz...enfim Amor.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros? 
JOSE CARLOS MOUTINHO - Os meus livros encontram-se em algumas livrarias pelo país. Podem ser encontrados online nas Livraria Bertrand e Wook.
Ou pedidos a mim próprio, que os enviarei com todo o gosto, desde que encaminhem o pedido para este meu email:
zemoutinho@hotmail.com

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar novos livros?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Tenho em fase de conclusão um romance, que será no fundo a continuidade do “Angola do Tejo ao Kwanza”, que desta vez, contará as minhas vivências por Angola, Brasil e Portugal.
Tenho imensos poemas, que poderiam proporcionar a edição de pelo menos mais 3 livros. Todavia, porque o momento econômico não é propício, ficarão a aguardar melhores oportunidades.
Gostaria muito editar no Brasil, país a que me liga grande afectividade, por lá ter vivido alguns anos e aonde nasceu a minha filha.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Tornar os livros mais acessiveis em termos de preços, maior divulgação dos pequenos e desconhecidos autores portugueses, que perdem em detrimento dos estrangeiros.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor José Carlos Moutinho, que mensagem você deixa para nossos leitores?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Deixo uma mensagem simples, como simples é a minha pessoa:
Não deixem de ler e apoiar a literatura, sem vós, a nossa mensagem em forma de palavras poéticas, não passará, e sem a literatura, em especial a poesia, o mundo será menos culto e menos sensível aos sentires da alma.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Ilda Ruivo

Ilda Ruivo nasceu em Abrantes no distrito de Santarém, em Portugal.
Foi para Angola, com seus pais, onde passou a infância e parte da juventude, tendo regressado a Portugal, após o 25 de Abril de 1974. Recentemente iniciou-se na escrita, pela qual nutre uma grande paixão, desde os tempos de escola, nas áreas temáticas de poesia e romance. Inspira-se muitas vezes, na sua vivência em Angola, para escrever, o que lhe vai na alma. Entrou como co-autora na Antologia Parte I de “Nós Poetas Editamos” já editada, tendo sido também seleccionada para a Parte II e Parte III, a editar. Escreve poemas que publica no facebook, tanto na sua página, como noutras e também em blogs. Alguns desses poemas, são sobre Angola, País que adora e lhe deixa muitas saudades.
É comentadora da página “Solar de Poetas”.

“Em Portugal existe uma riqueza literária muito grande que precisa ser mais apoiada e mais divulgada, com mais iniciativas. A falta desta divulgação e de apoios financeiros leva a que muitas vezes, boa literatura e bons escritores fiquem pelo caminho…”

Boa Leitura!


SMC - Escritora Ilda Ruivo é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos, quando começou a escrever? De onde veio o incentivo para seus escritos?
ILDA RUIVO - Olá Shirley Cavalcante!
O prazer é todo meu estar aqui no “Divulga Escritor” com a Shirley. Quero desde já agradecer o convite para participar neste projecto, a si, mas, também a toda a equipe do Solar de Poetas, pelas iniciativas que têm, no sentido de apoiarem cada vez mais e melhor, todos os que, daquele espaço fazem parte. A minha gratidão vai também para o Poeta José Sepúlveda e Poetisa Helena Santos, por todo o apoio e incentivo que me deram na realização desta entrevista.
Em relação à sua pergunta, direi que comecei a ter gosto pela escrita, ainda criança, quando na escola, os professores mandavam fazer as chamadas “redacções” e achavam que eu tinha muito jeito, umas vezes “verdades contadas” outras “inventadas” mas na verdade era sempre chamada a lê-las na aula para os meus colegas. Depois já no secundário (Liceu) os professores de Português também achavam que eu tinha uma certa inclinação para a escrita e também para a declamar, por exemplo Camões, Fernando Pessoa etc… Por isso, a minha iniciação e incentivos passam um pouco por aí. 
 
SMC - Que temas você aborda em sua escrita?
ILDA RUIVO - Eu gosto de escrever poesia e romance, estou a escrever um, mas não sei quando ficará pronto, poesia é o que escrevo mais, abordando qualquer tema desde o amor, amizade, saudade, tristeza, natureza, ambiente, enfim… muitas vezes vejo uma notícia ou uma imagem sobre determinado tema e penso: “Isto vai dar para fazer um poema” ou para um “pensamento”. Mas há uma coisa que eu pretendo com aquilo que escrevo, que é atingir todas as pessoas, ou seja, escrevo de uma forma simples e compreensível, de forma que todos entendam as mensagens que quero transmitir.

SMC - Você passou boa parte da sua infância e adolescência em Angola. Esta experiência com a África influencia, hoje, em seus escritos? O que mais lhe inspira a escrever?
ILDA RUIVO - África está sempre presente em mim. E hoje, já passados trinta e tal anos, ainda a minha escrita vai sempre “ter” àquela “terra”, àquele “mar”, ao cheiro a “terra molhada” às “acácias em flor, às “rosas de porcelana”… Tanto que, por vezes, sinto ter a necessidade de fazer um esforço e desviar os pensamentos, quando quero fazer outros poemas, não dirigidos a África, principalmente a Luanda/Angola! Mas tenho muitos, muitos mesmo, que um dia, quem sabe, publicarei um livro só sobre aquele lindo País, que me deixa muita saudade!

SMC -  Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?
ILDA RUIVO - As minhas referências literárias vão para vários autores como já referi, quando andava no Liceu, Camões, Fernando Pessoa, Antero do Quental, António Aleixo, Eugénio de Andrade etc. Mas também tenho muitas outras como, Florbela Espanca, Sophia de Melo Breyner, Cecília Meireles, António Gedeão, a poetisa Angolana que adoro ler, Alda Lara, nas obras como o “Regresso” ou “Mãe África” etc…
Depois tenho outras referências de bons autores, na Faculdade na minha licenciatura de Sociologia do Trabalho e especialização em Recursos Humanos, como por exemplo: Alvin Toffler – “A Terceira Vaga”, Guy Rocher, Idalberto Chiavenato, Porter, enfim são tantos… bem como alguns da actualidade como Miguel Sousa Tavares e muitos outros! 

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
ILDA RUIVO - Escrevo para o público adulto embora também já tenha alguns poemas de poesia e contos infantis, embora como disse acima, escrevo de maneira simples para que todo o publico me possa ler, mas também atingir o publico mais erudito, como é óbvio.
A mensagem que eu quero transmitir às pessoas é que lutem pela igualdade e equidade social, pela justiça e que leiam muito para atingir os seus objectivos, saberem separar o “trigo” do “joio” porque só assim poderão fazer as suas escolhas e não serem influenciados por outros! 

SMC - De que forma você divulga, hoje, o seu trabalho?
ILDA RUIVO - Por enquanto só através das redes sociais do facebook e alguns blogs. Participei na Antologia “Nós Poetas Editamos” Parte I cujo lançamento já se realizou. No dia 20/7 irá ser o lançamento da parte II onde também participo e os meus poemas já foram seleccionados para a parte III que também será o lançamento brevemente.

SMC - Quais seus próximos projetos/objetivos literários? Você pretende publicar um livro?
ILDA RUIVO - Os meus projectos são continuar a escrever sempre, esperando que os meus “escritos” não fiquem na gaveta, nem eu pelo caminho. Como ainda estou a trabalhar, como funcionária pública, não me sobra muito tempo para me debruçar sobre a publicação de livros, mas sim, tenho isso em conta como um dos meus objectivos, quando me aposentar, se não for possível antes. Gosto muito de ler, de escrever para exercitar o cérebro.

SMC - Quais os principais obstáculos que você encontra para o alcance de seus objetivos?
Primeiro factor o “tempo”, no meu caso… mas não só! Em Portugal existe uma riqueza literária muito grande que precisa ser mais apoiada e mais divulgada, com mais iniciativas. A falta desta divulgação e de apoios financeiros leva a que muitas vezes, boa literatura e bons escritores fiquem pelo caminho…

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
ILDA RUIVO - Que “olhassem” mais para os novos escritores que aparecem, embora fazendo uma selecção honesta e credível, lhes dessem oportunidades de publicação, independentemente da sua condição econômica e não dessem só oportunidades aos já conhecidos ou pertencentes a determinadas “elites”.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, o projeto Divulga Escritor agradece sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Ilda Ruivo, que mensagem você deixa para nossos leitores?
ILDA RUIVO - Eu é que agradeço esta oportunidade do projecto Divulga Escritor e foi para mim um enorme prazer. Felicidades para este projecto e outros que certamente virão…
Aos leitores, a mensagem é para que leiam muito, diversos temas, para poderem por si só, e unicamente, fazer as suas escolhas a todos os níveis da sua vida. E deixo-lhes uma citação:

“Quantos Homens têm datado o
  início de uma nova era das suas vidas
 a partir da leitura de um livro!”
Henry David Thoreau

Adeus Shirley
Continuação de bom trabalho!!!

Participe do projeto Divulga Escritor


Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista
 escritora Joana Rodrigues 



VAMOS COMEMORAR! LANÇAMENTO DE LIVRO.

Uma das administradoras do Solar de Poetas, Joana Rodrigues, lança seu primeiro livro, dia 13 de julho, vamos conhecer um pouco melhor nossa administradora, e para aqueles que podem, compareçam ao evento. Todos são convidados! 


Joana Silva Ramos Rodrigues nasceu a 5 de Fevereiro de 1947 nas Minas do Lousal, freguesia de Azinheira de Barros. Desde 1965 que vive na região de Sintra. A poesia sempre a acompanhou, as rimas saiam-lhe com facilidade, mas foi recentemente e graças às novas tecnologias que começou a partilhar os seus pensamentos com o mundo. O reconhecimento do seu público motivo-a a captar esses pensamentos no seu primeiro livro “Memórias de Joana”.

O lançamento do livro será feito no dia 13 de Julho, no Centro de Ciência Viva das Minas do Lousal, a sua terra Natal. Contará com apresentação do poeta José Sepúlveda.

Em entrevista ao projeto Divulga Escritor a escritora Joana Rodrigues fala-nos sobre seus projetos literários, seu gosto pela escrita, o lançamento do seu livro, a todos desejamos uma boa leitura!



“Seria bom que dessem mais oportunidades aos escritores que estão em início de carreira e que querem divulgar as suas obras. Igualmente importante, é também promover o hábito de leitura, sobretudo entre as gerações mais jovens.”



SMC - Escritora Joana Rodrigues, para nós é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos quando começou a ter o gosto pela escrita? O que a motiva a escrever?




JOANA RODRIGUES: Obrigado Shirley, é um prazer participar do vosso projeto. O gosto pela escrita começou cedo, pelos meus vinte anos talvez. Sempre que oferecia flores ou um presente a alguém, gostava de acompanhar a oferta com um cartão onde fazia um pequeno verso como dedicatória. Pequenas quadras, rimas, versos sempre fluíram com facilidade. Comecei a escrever primeiro sobre o quotidiano, sobre as colegas do trabalho, situações do dia a dia. Mais tarde, durante anos menos felizes da minha vida, deixei de escrever. Voltei a reencontrar-me com as palavras escritas mais recentemente, já depois de reformada. Nesta fase da minha vida, a escrita tornou-se quase uma catarse, uma forma de lidar com as perdas que fizeram parte deste meu percurso, algumas recentes outras já mais antigas, mas sempre presentes na memória.



SMC - Que temas você aborda em sua escrita?

JOANA RODRIGUES: Como disse, o meu percurso de vida foi, infelizmente, marcado por períodos de grande dor e tristeza provocada pela perda de entes queridos. Essa dor, que pesa no peito e na alma, tem sido aliviada através da escrita e serviu de mote a muitos dos meus poemas. Pode dizer-se quase que escrevo com o coração. No entanto, por diversas vezes, situações do dia a dia também surgem como fontes de inspiração. Por esse motivo, pode dizer-se que a minha escrita aborda um vasto leque de temáticas, não se cigindo a nenhum tema em particular.



SMC - Quais escritores são as suas principais referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?

JOANA RODRIGUES: Sempre gostei muito dos sonetos de Antero de Quental, dos poemas de Florbela Espanca e da obra do incontornável Fernando Pessoa. Talvez me identificasse um pouco com eles, poetas de alma sofrida. 



SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

JOANA RODRIGUES: A minha escrita inicialmente era algo de muito pessoal, partilhada apenas com a família mais próxima. Nos anos recentes, quando voltei a reencontrar a escrita, descobri também as novas tecnologias e comecei, quase por brincadeira, a partilhar o que escrevia nas redes sociais. Por isso, nunca tive como objetivo um público específico ou a transmissão de uma mensagem propriamente dita. No entanto, dado que grande parte daquilo que escrevo é sobre experiências pessoais, emoções e sentimentos, as pessoas que lêem os meus poemas acabam por se identificar, por reconhecer nas minhas palavras sensações, situações por que já passaram ou estão a passar. A única mensagem que posso tentar passar a essas pessoas é uma de fé e coragem. 



SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?

JOANA RODRIGUES: O meu trabalho era divulgado até agora apenas na internet, via Facebook. Inicialmente no meu grupo “Memórias de Joana”,https://www.facebook.com/groups/123592614406454/ mais tarde no grupo “Solar de Poetas”. https://www.facebook.com/groups/solardospoetas/ Foi aqui que senti pela primeira vez reconhecimento pela minha obra, o que me motivou a querer fazer mais e chegar a um público mais vasto.



SMC - Que temas você aborda em seu livro “Memórias de Joana”? 

JOANA RODRIGUES: Dado que esta é a minha primeira publicação, seleccionámos alguns dos temas mais ilustrativos da minha obra. Assim, o livro está dividido em quatro partes: “Poemas da Terra”, onde falo sobre a terra onde nasci e as suas gentes; “Poemas de Amor”, onde falo sobre os meus amores; “Poemas da Espiritualidade”, sobre a minha fé e as minhas crenças e “Poetando”, que reune poemas com uma temática mais variada e que não se enquadram em nenhuma das outras três categorias.



SMC - Conte-nos como vai ser o lançamento do seu livro? Como se sente ao ter seu primeiro livro publicado? 

JOANA RODRIGUES: O lançamento do livro vai ser no dia 13 de julho, no auditório do Centro de Ciência Viva das Minas do Lousal. Escolhi este a minha terra natal porque constitui uma grande parte das minhas memórias, de tal modo que tem um capítulo inteiro que lhe é dedicado. Vai ser uma excelente oportunidade para me encontrar pessoalmente com poetas com quem falo quase diariamente no Solar e para rever amigos de infância. Confesso que estou um pouco ansiosa com o lançamento, é uma novidade para mim. A publicação deste primeiro livro é o realizar de um sonho.



SMC- Pensa em publicar novos livros? Quais seus projetos literários?

JOANA RODRIGUES: Este primeiro livro é apenas uma amostra do vasto número de poemas que tenho escrito, pelo que material para um segundo livro não falta! Tenho também outro projecto, uma narrativa mais autobiográfica, que gostaria de publicar um dia. Talvez em breve, quem sabe.



SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

JOANA RODRIGUES: Seria bom que dessem mais oportunidades aos escritores que estão em início de carreira e que querem divulgar as suas obras. Igualmente importante, é também promover o hábito de leitura, sobretudo entre as gerações mais jovens.



SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, o projeto Divulga Escritor agradece a sua participação, muito bom conhecer melhor a escritora Joana Rodrigues, que mensagem você deixa para nossos leitores?

JOANA RODRIGUES: Obrigado Shirley, pelo convite. Aos leitores apenas posso dizer que não desistam dos vossos sonhos, nunca é tarde demais para os realizar. Este meu livro “Memórias de Joana” é sem dúvida uma prova disso. Espero que gostem!



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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Fátima Veloso

Maria de Fátima Borges Veloso nasceu na Póvoa de Varzim, onde sempre residiu. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Franceses e Ingleses. É professora de Língua Portuguesa do Ensino Básico, no segundo ciclo, desde 1986. Trabalha na Escola E.B. 2,3 Cego do Maio onde é também responsável pelas atividades dinamizadas pelo Clube de Teatro, há doze anos.
A paixão pelo ensino da língua materna fez despertar desde o início da sua carreira outra grande paixão: a paixão pela Escrita. Com os alunos, dinamizou projetos de escrita colaborativa, resultando desse processo, a publicação a nível de escola, de três pequenas obras: “Mar, Sempre Mar”; “Num País Chamado «Beiriz» e “Lengalengas, Petas, Letras & Outras Tretas”. Esta última levada à cena, na rua – no Passeio Alegre, na cidade da Póvoa de Varzim, no Carnaval de 2010.
É membro do Varazim Teatro, onde fez algumas formações e do Grupo de Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa com o qual participa em encontros onde diz Poesia.
Participou na Antologia dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa.
Em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor, a escritora conta-nos sobre sua trajetória e projetos literários, ela nos dá algumas dicas que une a arte teatral com a poesia. Vamos acompanhar de perto um pouco da nossa escritora Fátima Veloso.

SMC - Escritora Fátima Veloso, para nós é um prazer contar com sua participação no Projeto Divulga Escritor, você hoje trabalha com teatro, conte-nos, como é feito o trabalho unindo a arte teatral com a poesia?
Fátima Veloso - Obrigada, Shirley, para mim é um prazer, uma honra, poder participar neste projeto.
No Clube de Teatro que coordeno, os alunos dão vida aos textos de autores portugueses/estrangeiros ora adaptando-os, ora reproduzindo-os, ora cruzando-os com textos de outros autores e outras artes (canto, dança, circo, música …, sendo a Poesia a arte favorita), ora criando os seus próprios textos. O Clube recebe escritores na escola, dramatiza textos, representa peças de teatro, prepara e realiza simulações de programas radiofónicos e televisivos, organiza tertúlias com temáticas relacionadas com o Teatro, a Poesia,  Problemáticas e desafios da Escola  … tendo como convidados professores moderadores, poetas , atores amadores e/ou profissionais, locais. Deste modo, sendo o Teatro, o momento em que as palavras sobem ao Palco  e a Poesia, o momento em que as palavras se desprendem do seu vazio interior para ganharem formas, sentidos, cores, sabores, sons… gritos de alma , verificamos que ambas as artes trabalham a “palavra”, lapidando-a, moldando-a, torneando-a, dando-lhe formas, brilhos e sentidos e que é no palco que ela (a palavra) nos conta emoções… É desta forma, a meu ver, que as duas artes se entrosam, se comprometem, se unem, subindo ao palco para serem ouvidas, sentidas e… aplaudidas. O Teatro e a Poesia são artes da palavra.

SMC - Estou curiosa, do que precisamos para realizar um evento unindo o teatro e a poesia. Hoje qualquer poeta pode se programar para realização deste tipo de evento?  O que fazer para realizar um evento deste tipo? Nos dê algumas dicas.
Fátima Veloso - Precisamos de um programa, cujo alinhamento de intervenções, leitura/dramatizações de textos, animação teatral/musical e/ou de canto tenha uma sequência lógica.
Podemos surpreender o público, com uma dramatização/breve representação teatral,  antes de se iniciar as intervenções dos elementos da mesa de honra. Um ou vários atores/diseurs colocados em sítios dispersos, na plateia, dirão um texto em torno da Palavra, da Poesia… ou simplesmente um poema do poeta a apresentar (ou de um outro poeta qualquer). Ou apenas surgir/surgirem sem ninguém contar, entrando na sala declamando, interagindo com o público e com os elementos da mesa. Cria-se assim uma excelente expectativa em relação ao momento que vai decorrer.
Há poemas que resultam bem se forem dramatizados : aqueles que se aproximam de um monólogo ou que contêm diálogos ou cujo tema é abordado com ironia, revolta, inconformismo…
Alguns poemas que escrevo têm uma vertente pedagógica. Nestes, os “atores-diseurs” recorrem a adereços e à interação uns com os outros, para dizerem os poemas. É tudo uma questão de criatividade.

SMC - Quando começou seu gosto pela escrita? Que temas você aborda, hoje, em seu trabalho como escritora?
Fátima Veloso - A leitura e a escrita sempre me fascinaram, mas só aos 16 anos é que resolvi transpor para o papel as minhas emoções. Escrevi 70 poemas de Amor e Desilusão, num caderno A4 que acabei por perder. Desiludida com esta perda, desisti de escrever.
Contudo, a  paixão pelo ensino da língua materna e os projetos de escrita que desenvolvi com os alunos, despertaram de novo aquele prazer de escrever que há tanto tempo estava adormecido. Por volta dos 33 anos, voltou aquela necessidade de exprimir novamente as minhas emoções através da Poesia. Desde então até há um ano atrás, a minha Poesia foi uma longa conversa com a gaveta.
O Grupo de Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa de que faço parte, após ter tido conhecimento dos meus escritos, incentivou-me e apoiou-me na sua publicação. O livro foi apresentado pela primeira vez, no dia 19 de maio de 2012, no Diana Bar, na Póvoa de Varzim.
No livro  “Para além do Azul “, são várias as temáticas abordadas. Estas oscilam entre a solidão, a saudade, o sentido de perda e de partida, a exaltação dos sentidos, Deus, o Mar, a Paisagem, o cosmos no seu esplendor, a sede de infinito, a elevação do Amor, Fantasia, o meu país…

SMC - Você trabalha com projetos em escolas como é feito este trabalho?
Fátima Veloso - Tenho um projeto de teatro há 15 anos: o Clube de Teatro “O Inventão”. Participei na Mostra de Teatro Escolar, na Póvoa de Varzim, em 2005 com a peça “Vem aí o Circo da Lua” e nesse ano animamos a Feira do Livro, em agosto, na rua, também com esta peça (adaptada do conto “O circo da Lua”, de André Gago). Esta Mostra  decorre todos os anos na primeira semana de abril. Em abril de 2014, estaremos de novo na ribalta com uma nova peça.
Com este projeto, animamos a escola em vários momentos do ano letivo para alunos, professores e também encarregados de educação.
O clube também participa em eventos de Poesia fora da escola, quando é convidado.

SMC - Fale-nos um pouco sobre seu livro "Para além do Azul". Que mensagem você quer transmitir para as pessoas através do seu livro?
Fátima Veloso - No livro  “Para além do Azul “ , as palavras movem-se, flutuam, segredam… desabafam… nas várias temáticas abordadas. O sujeito poético é um “eu” suspenso que “poetiza” o mundo que o rodeia.
A obra tem uma estrutura própria: entre o 1º e o último poema desenrolam-se desabafos e estados de alma. Estes dois poemas têm a mesma estrutura mas sentidos diferentes; sendo que o 1º poema refere o nosso mundo debaixo deste azul como um mundo de contrastes (Bem /Mal; Dor/Prazer…) Enquanto que  o último termina com uma esperança… como se uma vontade surgisse ao poeta de se abrir ao novo… ao caminho da luz…onde a felicidade afinal é possível… Em todos os poemas se fala do Azul.
Debaixo deste céu azul, que é o nosso mundo terreno, tenho a matéria prima para escrever porque é aqui que tudo acontece: momentos felizes, menos felizes, desilusões …  Para além deste Azul, fica o meu espaço psicológico, aquele onde eu encontro a Paz e a inspiração para escrever, para criar, para refletir… para sonhar… É “Para além deste Azul” que eu encontro as legendas – as palavras- para as imagens e emoções que vivencio debaixo deste céu que é meu e de todos os que me rodeiam…
Com este livro pretendo levar as minhas emoções e o meu fascínio pela palavra a todos quantos me leem e me ouvem. Todos usamos as palavras para comunicar (e mais do que nunca é necessário quebrar silêncios).
Através dos meus poemas, pretendo mostrar que as palavras dizem coisas, contam segredosprovocam-nos; incendeiam-nos, comovem-nos…, informam-nos… despertam-nos emoções … aprisionam-nos nas suas teias de sentidos, enfeitiçam-nos, entranham-se nos nossos ouvidos, na nossa pele, na nossa alma e uma vez dentro de nós, exercem toda a sua magia e encantamento… As palavras estão vivas … e sabemos que nem todas são bonitas… há palavras que nos magoam, que nos doem … mas todas elas “bonitas e feias” exigem a nossa atenção…  exigem-nos reflexão, respostas… ações…
E porque somos um país que escreve, eu pretendo que as minhas palavras de alguma forma contribuam para um mundo melhor.

SMC – Escritora Fátima Veloso, pensas em publicar um novo livro? Fale um pouco sobre seus próximos projetos literários.
Fátima Veloso - Gostaria imensamente de publicar um novo livro, sim, Shirley. Este foi o primeiro livro publicado (há um ano); recentemente  participei na Antologia dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa e continuo a escrever. Quem sabe um novo rebento literário, surja, novamente, sob as luzes da ribalta.

SMC - De que forma você divulga, hoje, o seu trabalho?
Fátima Veloso - Divulgo, apenas e simplesmente, em duas páginas do facebook:
e nas apresentações públicas faço, incluindo feiras do livro, escolas, entre familiares, amigos…

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Fátima Veloso - Na livraria Locus, na Póvoa de Varzim e através dos seguintes endereços:
fatimaveloso@sapo.pt

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Fátima Veloso - São publicados diariamente 40 novos livros, em Portugal. Com tantos novos autores, o mercado fica sufocado. É, por isso, quase impossível, um autor desconhecido singrar num espaço tão exíguo.
Contudo, uma das características mais importantes em qualquer autor que esteja a iniciar a sua carreira deve de ser a perseverança, insistir sempre, e acreditar na liberalização (clandestina) do mercado livreiro, naquelas pequenas editoras independentes, que continuam a apostar em novos autores, fugindo descaradamente à regra cardinal da mera comercialização. A melhoria essencial que posso apontar para este mercado, é a  de deixar estes editores proliferarem, deixá-los em paz a fazer o seu bom trabalho, para que assim, também os autores se possam  sentir seguros fazendo o deles.

 SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Fátima Veloso, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Fátima Veloso - Obrigada mais uma vez, Shirley, pela oportunidade que me foi dada em participar neste projeto.
Aos leitores direi que leiam. Deixem-se envolver no encantamento das palavras e seus sentidos, dos autores consagrados e menos consagrados do nosso país e dos países de expressão de língua portuguesa. Um país que lê, é um país que não esquece as suas raízes, a sua identidade. É um país informado que usa a palavra como arma na procura da justiça, da  liberdade, do desenvolvimento... da sua  felicidade.
  
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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Carlos Bondoso

Escritor Carlos Fernando Bondoso, nasceu em Moimenta da Beira, uma linda vila de Portugal.
Acompanhou seus pais na sua ida para África, mais propriamente S.Tomé e Príncipe, tinha três anos de idade. Permaneceu naquele continente vinte e seis anos, que lhe marcaram profundamente e foi aí que começou a ter o gosto pela escrita quando ainda estudante no único liceu existente D.João II. Foram marcantes esses tempos para o autor que fez amizades das quais nunca se distanciou pois mantem contactos permanentes com esses seus amigos e isso para o autor é de uma riqueza imensurável.
Presentemente mora na cidade do Montijo e sou agente comercial.

SMC - Escritor Carlos Bondoso é uma honra tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos como começou seu gosto pela escrita? Como foi o caminho percorrido até a publicação do seu primeiro livro, soube que você perdeu alguns de seus escritos, como foi que aconteceu?
CARLOS BONDOSO - O meu gosto pela escrita começou, nos meus tempos de estudante no liceu. Foi ai que comecei a fazer as minhas primeiras redações e poemas que por vezes até eram lidas em voz alta para a turma como referenciada pelo próprio professor.
Tudo foi guardado assim como os meus livros mais preciosos quase todos eles de grandes escritores russos.
Entretanto depois de ter cumprido serviço militar,fui para Luanda-Angola,onde trabalhei numa empresa de importação de automóveis.
Os meus pais resolveram regressar a Portugal e com eles vieram todos os meus escritos de quando era estudante assim como todos os meus livros. Azar... essa mala desapareceu no porto de Lisboa.
Estive em Angola cinco anos e nesse período nunca mais escrevi.
Regressei a Portugal e mais propriamente à quatro anos recomecei a escrever.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?
CARLOS BONDOSO - As minhas grandes referências literárias são os grandes escritores russos que nessa altura me influenciaram a ter o gosto pela literatura, nomeadamente Máximo Gorki, Nicolay Godol com a sua obra prima “almas mortas” Fiodor Dostoievski com o “Idiota” “irmãos caramazov” Leão Tolstoi com “guerra e paz” e Anton Tchekhov um grande contista.
Os poetas de referência são Fernando Pessoa,Mário Quintana, Miguel Torga e ainda os clássicos Antero de Quental,Cesário Verde entre outros.

SMC - Fale-nos um pouco sobre seus livros "Sombras que Falam" e "cor Púrpura" O que diferencia um do outro? Para quem você indica a leitura de seus livros?
CARLOS BONDOSO - O meu primeiro livro ”sombras que falam” foi escrito baseado na minha vivência em África
.Quase todos os poemas revelam o encanto que tenho por aquela gente e beleza daquelas ilhas no meio do mundo.
O segundo “cor púrpura” também publicado em 2012, é um livro de poemas de amor de inquietude e de alguma intervenção.Passo a citar algumas palavras do prefaciador do livro Dr.João Saltão professor universitário.
“A discrição intrínseca de atmosferas gris que emergem da solidão e do abandono,estão retratadas magistralmente neste conjunto de poemas, através da doçura paradoxalmente crua do dizer do autor, fazendo desta dicotomia entre o aprazivelmente belo e o desencanto do abandono, a força perturbadora deste livro.”
Indico a leitura dos meus livros a todos os amantes de poesia e mesmo àqueles que não apreciam.

SMC - Escritor Carlos Bondoso, estou sabendo que vem ai um terceiro livro, já temos um título para o livro? que temas você vai abordar no livro através de suas poesias? Quais são seus próximos projetos literários?
CARLOS BONDOSO - Já tenho um terceiro livro pronto a ser editado em Outubro deste ano que tem por título “a outra face do verso” é mais um livro de poesia, com poemas de amor de denúncia e dos sentidos. Estou também a escrever um romance que espero publicar em 2014.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?.
CARLOS BONDOSO - Os meus livros podem ser adquiridos nas livrarias da “chiado editora”,fnac e ainda em todas as livrarias do país que tenha parceria com a editora “chiado editora”

SMC - De que forma você, hoje, divulga seu trabalho?
CARLOS BONDOSO - Através do Facebook, de algumas revistas literárias para as quais escrevo, assim como, para “as flores do mal” para a “chama folhas poéticas” para os” confrades da poesia” para o boletim informativo e cultural da “Associação Portuguesa de Poetas” da qual eu sou vice presidente da delegação da zona sul do tejo.

SMC - Quem é o Carlos Bondoso? O que você gosta de fazer nos dias livres?
CARLOS BONDOSO - Sou um homem normal que gosta muito de viver, de falar com os amigos, olhar o mar e receber aquele tempero do sal.
Tornei-me escravo das palavras e dificilmente vou serenar.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
CARLOS BONDOSO - Às editoras recomendava uma melhor divulgação dos novos escritores pois há gente a escrever muito bem.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Carlos Bondoso, que mensagem você deixa para nossos leitores?
CARLOS BONDOSO - O meu muito obrigado e para nunca deixem de ler porque ler é saber!

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Maria Mamede
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Maria Mamede, pseudônimo literário de Maria do Céu Silva Fernandes.

Nasceu em 1947, na aldeia (hoje cidade) de S. Mamede de Infesta.

É membro da Associação Portuguesa de Escritores (APE), desde 1984, onde teve como Padrinhos os Escritores Egipto Gonçalves e Nelson Ferraz.

Criou e participa em várias tertúlias poéticas e tem obra dispersa por revistas e jornais, incluindo Jornais Virtuais e Sites de Poesia nacionais e estrangeiros e ainda, por alguns Blogs Nacionais e Internacionais.

Com mais de 12 livros publicados, a escritora Maria Mamede, em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor, conta-nos sobre sua carreira literária, alguns de seus livros e nos dá algumas dicas.



“Penso que uma das soluções possíveis será a proporcionada por este seu projeto, este intercâmbio, que poderá crescer e estender-se a outros Países de Língua Portuguesa, dando a conhecer seus Escritores/as, bem como criando meios para que os livros cheguem a todos, a preços mais acessíveis."



Boa Leitura!



SMC - Maria do Céu Silva Fernandes, hoje, escritora Maria Mamede, é um prazer para nós tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos porque “Maria Mamede”?

MARIA MAMEDE - Olá Shirley; antes de mais quero agradecer-lhe o convite para esta conversa, agradecimento esse que se estende ao Poeta José Sepúlveda, pois foi através dele que pude conhecê-la e conhecer o Projeto Divulga Escritor, que considero de grande valia para Autores deste e do outro lado do Atlântico, que nos separa e nos une. Muito Obrigada por isso! Escolhi este pseudônimo MARIA MAMEDE, pelo afecto que nutro pela minha terra natal, S. Mamede de Infesta.



SMC - Escritora Maria Mamede, quando iniciou seu gosto pela escrita?

MARIA MAMEDE - Foi acontecendo. Já em muito pequena tentava inventar uns versinhos, para os dizer de cor, porque ainda não sabia escrever; contudo posso afirmar que escrever poesia, embora coisinhas simples , pueris, começou por volta dos 13/14 anos.



SMC - Quando você publicou seu primeiro livro já tinha planos para escrever outros? Como vem sendo planejada sua carreira literária?

MARIA MAMEDE - O meu primeiro livro foi publicado somente em 1977 e o segundo em 1978 e ambos foram edições de autor. Antes disso houve algumas, poucas, publicações em jornais regionais. Ao publicar estes dois livros, era minha intenção ter a possibilidade de vir a ser aceite na Associação Portuguesa de Escritores, o que veio a acontecer em 1984.

Não posso dizer que a minha carreira literária tenha tido, ao longo do tempo, algum plano especial. Apenas procurei “crescer” literariamente, lendo muito e escrevendo muito, nunca ficando satisfeita com o trababalho realizado e tentando sempre ir, ir mais além, experimentando novos desafios poéticos; e por falar em desafios posso dar como exemplo, o repto que um dia me foi lançado por um Amigo. Esse Amigo tinha feito o serviço militar em Timor, terra pela qual ficou apaixonado. Anos depois escreveu uma história de amor passada naquela Ilha e pediu-me para fazer dessa história o “libretto” de uma Ópera… fi-lo e o resultado foi uma alegria imensa!



SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?

MARIA MAMEDE - De algum modo, todos os livros que li e leio, sejam eles de prosa ou de poesia, ou mesmo de teatro, todos deixam em mim algo: - a beleza de uma imagem poética, de uma paisagem, ou o som especial de alguma palavra, que mais tarde se podem vir a transformar nalgum poema. Dos poetas, homens e mulheres de maior importância na minha vida, escolho - Florbela Espanca, Augusto Gil, António Aleixo, António Nobre, António Gedeão, Pedro Homem de Melo, Miguel Torga, mais tarde Cesário Verde, Casimiro de Abreu, Vinícius de Morais, Fernando Pessoa, Eugênio de Andrade, Cecília Meireles e tantos, tantos outros, maiores ou menores estrelas do céu da Poesia da minha língua Mãe, e alguns/algumas mais, doutras línguas, das poucas que sei, que continuam, cada vez que os/as leio, a surpreender-me, a afagar-me, a inspirar-me e a incentivar-me.



SMC - Conte-nos qual seu objetivo ao publicar o livro “ E por falar em olhos”? Que mensagem você leva através desta maravilhosa obra literária?

MARIA MAMEDE - Este livro foi outro desafio; depois de ter lido o livro “DIBAXU”, do Poeta Argentino Juan Gelman, publicado pelo Amigo e Editor, Jorge Castelo Branco, em três línguas, sefardita, castelhano e português, o mesmo desafiou-me a escrever um livro naquele género, onde, com um mínimo de palavras se faz um poema inteiro, completo de ideias e de sentido. Foi um livro extremamente burilado, mas cujo resultado me deu um imenso prazer.



SMC - Tem um livro que você publicou recentemente chamado “Sensualidades” este livro é indicado para que público? Quais os temas que você aborda nesta obra? O título é muito sensual.

MARIA MAMEDE - Acho que este meu livro “SENSUALIDADES” é, a exemplo de todos os outros, um livro de poemas de Amor. Nele não há erotismo, somente uma doce sensualidade que a vida me foi oferecendo, e que por esse motivo poderá ser lido por jovens e menos jovens, sem qualquer problema e com algum deleite, espero!



SMC - Escritora Maria Mamede, vimos que você já tem um áudio livro “ Por Amor as Palavras” Como foi a publicação deste áudio livro? você o tem impresso? Já tem novos projetos para publicações em áudio livro?

MARIA MAMEDE - O livro “POR AMOR ÀS PALAVRAS” faz parte duma colecção, em que várias poetisas escrevem e também dizem a sua poesia. Assim, a obra é composta por um livro impresso, onde vai incluído um CD, com os mesmos poemas ditos pela autora, sobre fundo musical. Para já não tenho outros projectos do género, embora tenha sido uma experiência que me deu enorme prazer e que gostaria de repetir.



SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

MARIA MAMEDE - Os livros estão à venda numa livraria da Cidade do Porto, UNICEPE-Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL. –www.unicepe.pt/ e pode ser comprado online na Editora EDIUM, tal como todos os anteriores. Somente o “SENSUALIDADES” poderá ser encomendado à VERSBRAVA Editora ou adquirido na mesma livraria.



SMC - Que dica você daria para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?

MARIA MAMEDE - A mesma que Pedro Homem de Melo me deu um dia, era eu muito jovem… “leiam muito e escrevam muito”!



SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

MARIA MAMEDE - Penso que uma das soluções possíveis será a proporcionada por este seu projeto, este intercâmbio, que poderá crescer e estender-se a outros Países de Língua Portuguesa, dando a conhecer seus Escritores/as, bem como criando meios para que os livros cheguem a todos, a preços mais acessíveis. Sei contudo, que o futuro está nos livros digitais; esses sim serão a solução verdadeiramente mais económica. Mesmo assim, e apesar das novas tecnologias, que admiro e uso, quanto a mim nada se compara ao livro impresso, que se compra, se cheira e abraça, se oferece a pretexto de tudo e de nada, e traz consigo a magia e a força das palavras dos autores/as, que são alimento para a alma.



SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Maria Mamede, que mensagem você deixa para nossos leitores?

MARIA MAMEDE - Eu é que tenho um oceano de agradecimentos para lhe fazer Shirley, pela sua delicadeza e pela beleza desse projecto. Quanto aos leitores, o meu conselho é que leiam, leiam muito, poesia ou prosa, porque, ler faz crescer o Sonho e como dizia Pessoa: - “Sonhar é preciso!”



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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor 
Francisco Mellão Laraya - Tito

O Escritor Francisco Mellão Laraya, conhecido como Tito,  mora em São Paulo, nasceu com 100% de surdes no ouvido direito e 70% de surdes no esquerdo, graças a uma cirurgia aos 14 anos, recuperou a audição só do ouvido esquerdo, é apaixonado pela leitura. Quando começou a escutar iniciou o curso de violão clássico no Conservatório Beethoven, aonde se formou, fez pós em interpretação no Mozarteum, Direito na USP no Largo São Francisco, especialização em Mercado de Capitais na Pace university. Fez a faculdade de direito por que queria ser escritor, mas é muito difícil se manter como tal, só depois de mais velho é que assumiu o gosto pelo dom. Livros editados: Textos Barrocos, Exames, Tito e o pé de Sonho, A Descoberta: O não tempo, O Grão de Areia.
SMC - Escritor Francisco, é um prazer tê-lo conosco,  como começou seu gosto pela escrita?
Francisco Mellão Laraya – Tito - Primeiro gostava de contar estórias, desde pequeno, minha mãe guardava consigo, depois me entregou, as estórias que aos 2 anos contava a ela, sempre tinham um fundo moral. No primário ganhei um prêmio do Governo do Estado de São Paulo de redação, era a melhor daquele ano, aí a gostar de me exprimir escrevendo, esta paixão tomou conta de mim no início do colegial. Quando escolhi a faculdade, tinha que ser a de Direito do Largo São Francisco, berço de escritores, poetas, etc... Não queria ser advogado, queria ser escritor. Este sonho, abandonei por anos, só com a maturidade, fazendo uma limpeza no meu passado que me auto descobri, aí me reinventei.

SMC - O que mais lhe inspira a escrever?
Tito - O quotidiano, meu escrever é o rito do eterno desabafo, por que meu papel não chora, não me repreende, apenas compreende, conto e choro a ele as minhas coisas mais íntimas, e ele vai clamando a cada espaço em branco por mais palavras, vou escrevendo o que falta, ora fácil, às vezes aos trambolhões, como o meu pensar, o meu sentir.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?
Tito - Nasci surdo, meus amigos eram os livros, achava, desde cedo, bonita a palavra escrita, lia tudo o que me vinha na mão, minhas avós também eram apaixonadas pela leitura, e meu pai também, de modo que tinha uma coleção de clássicos para ler, e era ali que eu deliciava o meu intelecto. Aos 15 comecei, graças a uma cirurgia a escutar, aí sinto vontade de transmitir meu mundo, e a forma, palavras escritas. A  sinceridade e forma de escrever de Fernando Pessoa, muito me influenciou, achava ele o máximo, e se tem alguém que me levou a escrever da forma com que faço: foi ele. Também me influenciou o romance do Drácula e sua escrita impressionista, bem como Simon Tigel no Jornal de Um amante, e esta é a minha forma, escritor impressionista, aonde precisa de uma cor, eu ponho a que completa e o leitor que imagine.

SMC - O livro “Tito e o Pé de Sonho”  e “Exames” foi publicado em Portugal, o que diferencia um livro do outro?
Tito - Enquanto Tito e o pé de sonhos, conta um mundo meu, e com queria que ele fosse, Exames, de uma certa forma é meu auto retrato, conto a estória de um amor, para falar de mim, para me definir e me explicar como ser humano, já o primeiro é um grito de liberdade de atenção sobre o mundo como está.

SMC - Quais seus novos projetos literários? Vem novos livros?
Tito - Tenho , em Portugal, o lançamento de uma antologia, Palavras de Cristal, os meus textos são sobre espelhos, depois este ano ainda A Descoberta: O não tempo, a descoberta da divindade nas pequenas coisas da vida. Duas Antologias na Itália, uma fala de Amor, e a outra uma recontagem de contos de fada.

SMC - Uma curiosidade, porque Tito, podemos dizer que este é seu nome artístico?
Tito - Tito, é o meu apelido, trago ele desde a mais tenra idade, as  pessoas me conhecem mais por Tito. Cheguei, um dia escrever, em um poema que queria ser apenas um Tito de quatro letras e só.

SMC - Tito como foi publicado o seu primeiro livro?  Quais as dificuldades para conseguir publicar sua primeira obra?
Tito - A publicação foi fácil, havia alguns textos auto biográficos, artigos, e um trabalho de forma resumida sobre o mais controvertido julgamento da história, o Julgamento de Jesus, este livro teve até artigo falando sobre ele em jornal, havia um texto que chamava atenção dos evangelhos apócrifos e como foram escolhidos os 4 bíblicos,o motivo para tanto furor, foi o mesmo para retirarem ele de circulação, aí, apesar de brasileiro, me voltei para Portugal e Comunidade Européia.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?.
Tito - No site da Wooks,e da Bertrand, em Portugal se acha para vender, são vendidos on line e são entregues pelo correio na casa de quem comprar. Meu e-mail é larayaescritor@hotmail.com

SMC - Que dica você dar as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
Tito - Ler muito para ter assunto e se encontrar como escritor, e escrever muito, para ter uma maior empatia com o escrever, no começo é difícil , depois flui.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
Tito - Eu gostaria que houvesse um incentivo maior a popularização da cultura, mais livros sendo entregues em bibliotecas, o saber é universal, não pode ser sempre poder de uma elite. Um povo mais culto, é um povo mais consciente e mais difícil de ser dominado por inescrupulosos.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Francisco Mellão Laraya (Tito), que mensagem você deixa para nossos leitores?

Tito - Eu vou deixar como mensagem, a minha maneira de pensar, “A literatura tem cunho social e moral, é assim que ela se justifica como arte”!.


 


Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Antonio Carlos Santos
Antônio Carlos Santos nasceu em Angola em 1964, tento vindo para Viana do Castelo/ Meadela em 1974, em Portugal. Frequentou a Escola de Santa Maria Maior (antigo Liceu ) onde teve uma participação ativa na Associação de Estudantes e em diversos eventos escolares. Realizou programas radiofónicos em várias rádios locais. Em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor o escritor Antônio Carlos conta-nos um pouco sobre sua trajetória literária, seus novos projetos, nos fala de algumas melhorias para o mercado literário em Portugal.
“Pretendo chegar ao publico erudito, como é obvio, mas fazer também chegar a poesia às pessoas que não tenham ainda despertado para a poesia ou seja apresentá-la de forma a “democratizá-la” ao máximo.”

Boa Leitura!

SMC - Escritor Antonio Carlos para nós é uma honra tê-lo conosco no Projeto Divulga Escritor. Vamos começar com uma pergunta que não pode deixar de ser feita, como começou seu gosto pela escrita?
Antônio Carlos - A honra é toda minha Shirley, sendo que é um prazer para mim participar neste projecto. O meu gosto pela escrita vem desde os 17 anos, quando ainda andava no Liceu com as primeiras paixões Cheguei nessa altura a publicar três cadernos de poesia numa pequena edição de autor, mas desde lá tenho escrito sempre para “a gaveta” como de um processo de catarse se tratasse.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?
Antônio Carlos - Desde já os clássicos como Fernando Pessoa ou Florbela Espanca ou Shophia de Melo Breyner,  mas tambem poetas da actualidade como Joaquim Pessoa.

SMC - Você já trabalhou com teatro, chegando a colaborar na fundação do grupo de Teatro Universitário, na Universidade do Minho, qual sua relação com o Teatro? hoje você ainda tem algum projeto voltado para o Teatro? Em que projetos participas atualmente?
Antônio Carlos - Sempre fui muito participativo em actividades paralelas à minha profissão, que não tem absolutamente nada haver com as escritas, pois sou responsável comercial numa pequena cadeia de supermercados Reginal. Desde a minha altura de estudante no Liceu que organizei as festas de fim de ano e Natal em que a componente teatro estava lá. Quando fui para a universidade constatei na altura que a falta de um grupo de Teatro era uma realidade, e dai ter ajudado a criar esta valência na universidade. Também fiz rádio em várias emissoras em que o Teatro esteve sempre presente (neste caso teatro radiofónico claro). Actualmente devido à minha ocupação profissional tenho estado afastado desta actividade.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho?
Antônio Carlos - Pretendo chegar ao publico erudito, como é obvio, mas fazer também chegar a poesia às pessoas que não tenham ainda despertado para a poesia ou seja apresentá-la de forma a “democratizá-la” ao máximo.

SMC - O lançamento de seu livro “Versos de Mel & Fel” esta sendo um sucesso, que temas você aborda através de seus poemas publicados nesta obra?
Antônio Carlos - Nesta obra é abordado o amor e o desamor, e é uma viagem pelos afectos numa abordagem do que eles nos deixam de positivo e negativo.

SMC - Quais são  seus novos projetos literários? Conte-nos vem livro novo nos próximos dias?
Antônio Carlos - Agora vamos saborear o nascimento deste filho literário, depois espero coordenar a edição de uma Antologia de poetas de Viana do Castelo,  ou seja reunir num livro vários poetas aqui da minha cidade.

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Antônio Carlos - O livro “Versos de Mel & Fel” estará disponivel nas livrarias aonde a editora conseguir colocar e on line também. Para começar pode ser pedido para compras@versbrava.pt  e dentro de um mês haverá uma edição em ebook.

SMC - Escritor Antonio Carlos, que dica você dar para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
Antônio Carlos - Seria presunçoso da minha parte, dar indicações para quem vai iniciar, pois eu próprio não tenho uma carreira como escritor e nem considero a escrita como tal. Como em tudo o segredo estará eventualmente na paixão e no sonho e posteriormente na luta.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Antônio Carlos - O mercado português é pequeno, mas de uma grande riqueza literária. O único senão é ser dominado por dois grandes grupos editoriais que concentram várias editoras e inclusivamente o próprio sector livreiro em termos de locais de venda tambem está concentrado em grandes grupos o que obsta o aparecimento de novos valores mas em contrapartida as novas tecnologias permitem uma divulgação mais aprofundada de novos valores através de novos projetos editoriais.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Antônio Carlos Santos , que mensagem você deixa para nossos leitores?
Antônio Carlos - Leitura de autores que escrevam em Língua Portuguesa ou seja dos paises pertencentes aos PALOPs aonde se encontram grandes valores da literatura Universal por forma a que a cultura destes povos se democratize e permita o seu desenvolvimento e só assim o peso de uma folha ao vento se fará sentir apesar do assomo das ondas do mar…
Grato por me ter dado oportunidade de participar no seu projeto que considero uma lufada de ar fresco no panorama cultural.


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Querida escritora Bernadina Pinto, administradora do Solar de Poetas.

Com muito carinho publicamos entrevista EXTRA, em comemoração ao dia do seu aniversário, dando a todos a oportunidade de poder acompanhar melhor sua trajetória literária, suas dicas, um pouquinho mais da sua forma de pensar, tão bem já a expressas através de seus maravilhosos escritos.

Parabéns pra você nesta data querida, muita felicidades, muitos anos de vida!

Feliz Aniversário!




Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Bernardina Pinto

Bernardina Maria Fragoso Borrecho Pinto, conhecida como Bernardina Pinto, nasceu em Benavente - Portugal. Desde cedo, foi para o Alentejo,  em Benavila, numa freguesia do Concelho de Avis concluiu o Ensino Básico.
Em Lisboa concluiu o Curso Superior de Serviço Social. Trabalhou em vários locais, mas, há cerca de oito anos trabalha no Munícipio de Avis, como Técnica Superior de Serviço Social.
Casada, tem um filho e reside numa linda freguesia do Concelho de Avis-Stº António do Alcórrego em Portugal.
Desde a juventude que faz poemas como forma de exprimir os seus sentimentos.
Em Dezembro de 2011 publicou seu primeiro livro " Sorrisos da minha Poesia".
Em entrevista a escritora Bernardina Pinto, conta-nos sobre sua trajetória literária, fala de suas atividades profissionais e nos dá dicas de melhorias para o mercado literário em Portugal.
Boa Leitura!

SMC - Escritora Bernardina Pinto para nós é um prazer tê-la conosco no Projeto Divulga Escritor. Conte-nos quando você começou a escrever? Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro?
Bernardina Pinto - Sempre gostei muito de ler e, principalmente livros de poesia e romances, e comecei a escrever os meus próprios poemas quando tinha 15 anos, era uma forma de transmitir aos outros o que sentia. Só mostrava esses poemas aos meus melhores amigos que me elogiavam bastante. Era uma forma de expressar o que sentia em relação ao que me rodeava. Muitas vezes, levantava-me de noite para escrever pensamentos e poemas. Fui continuando e fazia, e ainda hoje faço poemas para vários eventos e para pessoas amigas.
Só pensei em publicar um livro quando comprei um livro de poemas de um amigo meu que me incentivou e ajudou-me com a Editora. A Publicação do meu Livro " Sorrisos da minha Poesia" foi a realização de um sonho, em que tive a colaboração de familiares e amigos, a quem agradeço toda a força e amizade que gentilmente me prestaram.

SMC - Como assistente Social hoje você participa de vários projetos sociais, quais os principais projetos que você, hoje, participa?
Bernardina Pinto - Atualmente, como Assistente Social participo em projetos sociais relacionados com as crianças que frequentam a escola em colaboração com os seus professores; sou a técnica responsável pela doação de vestuário e calçado para as famílias mais carenciadas do Concelho de Avis. Através de um Roupeiro Social que o Município de Avis possui, este encontra-se duas vezes, por semana aberto para suprir essas necessidades. Também, pertenço a uma equipa de melhoria das condições de habitabilidade de algumas casas, através de um Regulamento de Apoio Á Recuperação da Habitação no Município de Avis, em que a Câmara paga os materiais necessários às obras solicitadas por famílias carenciadas e que são aprovadas em Reunião de Câmara.
Para além disso, faço atendimento e encaminhamento para ajudar as pessoas a resolverem os seus próprios problemas.
Também participo em eventos promovidos pelo Município, como a Feira do Livro, Feira Medieval, entre outros.
Como Assistente Social, tento que as pessoas e famílias sejam mais autónomas, informadas dos seus direitos e a serem mais participativas na comunidade.

SMC - Bernardina, ficamos sabendo que além de participar de vários projetos sociais você participa de vários eventos literários, na sua opinião, qual a contribuição dos eventos literários para o desenvolvimento social?
Bernardina Pinto - Como apreciadora da leitura e da poesia, tento participar nos diversos eventos literários e culturais do Concelho de Avis. Sou sócia da "Associação Cultural dos Amigos de Aviz" que promove muitas iniciativas nesse âmbito: encontros de poesia, sessões de divulgação da leitura através de debates com os próprios autores de livro, que veem falar sobre as suas obras. Anualmente, há um concurso designado "Jogos Florais, onde participam várias pessoas nas seguintes modalidades: Quadra Popular, Poesia obrigada a Mote, Poesia Livre e Prosa - Contos sobre um tema.
Saliento, também a Feira do Livro, promovida pelo Munícipio de Avis, em que são convidados vários autores de obras. É uma boa forma de divulgar a leitura e há sempre a conjugação de espetáculos musicais.
Considero que todos esses eventos culturais e literários permitem um enriquecimento quer a nível pessoal, cultural e de convívio social que vai contribuir para um maior desenvolvimento cultural e social na comunidade. Esta, torna-se mais participativa e dinâmica, existindo mais envolvimento e informação e fomentam-se mais iniciativas de índole literário e cultural ao nível das várias faixas etárias da população.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação?
Bernardina Pinto - Desde muito cedo que tenho uma paixão pela leitura e os autores que destaco como minhas referências literárias foram e continuam a ser: Paulo Coelho, Eugénio de Andrade, Florbela Espanca e Pablo Neruda.
Na minha formação literária destaco obras de Almeida Garret, Eça de Queirós, José Saramago, Jorge Amado e Fernando Pessoa que enriqueceram minha personalidade e a maneira de eu encarar as coisas.

SMC - Que temas você aborda nas poesias publicadas em seu livro “Sorrisos da minha Poesia”?
Bernardina Pinto - O meu livro aborda variados temas como o amor, a amizade, a natureza e a paz.
Pretendo transmitir mensagens com energia positiva e de alegria de viver para as pessoas que leem a minha poesia.

SMC - Você pretende publicar um novo livro? Quais são seus novos projetos literários?
Bernardina Pinto - Gostava ainda de publicar mais livros porque tenho muitos poemas guardados. No entanto, estou numa fase de reflexão e quando aparecer uma oportunidade irei publicar outros livros.
Atualmente, os meus projetos literários passam pela participação em eventos de divulgação da Poesia, quer a nível das crianças como das pessoas mais idosas no Concelho de Avis e continuar a participar nos eventos do Solar de Poetas, onde sou uma das Administradoras. Irei continuar a participar nos eventos literários e culturais da "Associação Cultural dos Amigos do Concelho de Aviz" .

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?.
Bernardina Pinto - O meu livro pode ser comprado na própria Editora Vieira da Silva, em Lisboa, na FNAC e por contato pessoal. Podem enviar mensagem para a minha página do Facebook ou para o meu e-mail: dinaborrecho@live.com.pt

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Bernardina Pinto - Com vista a melhorar o mercado literário no nosso país considero que era necessário existir mais iniciativas de divulgação dos escritores e dos poetas, quer na rádio, na imprensa, mais tertúlias e encontros de sensibilização/ informação sobre a literatura e poesia.
Devia haver um maior intercâmbio entre os vários países em que "a nossa língua mãe" nos une; entre Portugal, Brasil e alguns Países Africanos.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Bernardina Pinto, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Bernardina Pinto - Gostaria de deixar uma mensagem de esperança a todos os escritores e poetas para que não desistissem dos seus sonhos porque como diz Paulo Coelho: " as decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para nos mostrar a estrada".
Agradeço a disponibilidade e a gentileza da jornalista Shirley M. Cavalcante e da sua equipe na realização e publicação desta minha entrevista.
Bem hajam e continuação do excelente trabalho que estão a desenvolver para a divulgação de escritores e no desenvolvimento literário, tanto no Brasil como em Portugal.



Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Manuel Pedro

Manuel Manços Assunção Pedro, nasceu em Falcoeiras, pequena aldeia do distrito de Évora. Reside no Barreiro, Portugal. Conheceu os trabalhos do campo, no Alentejo. Foi marçano, em Reguengos de Monsaraz, de onde saiu com dezoito anos para o então Serviço Meorológico Nacional, em Lisboa, onde se manteve até à data da sua incorporação no exército português. Esteve vinte meses em Moçambique, em comissão, na Guerra do Ultramar. Finda a comissão regressou ao ex-SMN, depois Instituto de Meteorologia, onde se manteve em funções administrativas, e técnicas. Aposentou-se em 2011, como observador meteorológico. Cultiva o gosto pela escrita (prosa e poesia) lendo e escrevendo, e pelas artes de representar e de cantar. Canta  em locais,  para onde o convidam, onde se incluem Escolas e Lares da 3ª idade.
Escritor Manuel Pedro em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor conta-nos sobre sua trajetória literária, nos dar dicas de melhoria para o mercado literário em Portugal.
“Como melhorias penso que deverá ser criada uma rede de bibliotecas itinerantes, campanhas de “consciencialização” literária, afim de angariar leitores para a literatura, especialmente para a boa literatura, excluindo a literatura que os transporta, apenas, à fantasia e à alienação social.”
Boa Leitura!


SMC - Escritor Manuel  quando começou a escrever? Em que momento decidiu ser escritor?
Manuel Pedro - As histórias e os contos que ouvia ler e contar na minha aldeia, despertaram em mim o interesse de um dia poder ser eu próprio a criar outras histórias e novos contos; mais tarde quando tomei contacto real com  a leitura e com a  escrita e me apaixonei por ambas, mais esse impulso se impôs, mas os meus primeiros escritos,  surgem apenas “à luz do dia”, por volta do ano de 1972, concebidos em forma de poesia, motivados pela Guerra no Ultramar, entre Portugal e as ex-Colónias portuguesas. Creio que foi a saudade por ter de deixar  “o cantinho onde nasci” e  os entes queridos que ficaram na minha Terra, embora  já antes sentisse grande motivação para escrever; como atrás referi. “Filho” da planície alentejana, creio ter sido esta, também, uma das principas impulsionadoras para que eu tomasse real interesse pela escrita, enquanto me oferecia, para além da paisagem, dias de grande “calma” e noites enluaradas de deslumbramento. Havia a taberna do meu avô, onde aprendi e muito me impulsionou para escrever, “através da voz do vinho”, que alguns homens “dotados de simplicidade e grande cultura” me transmitiam.

SMC - O que mais lhe inspira a escrever?
Manuel Pedro - Para escrever costumo inspirar-me no quotidiano, em “atos vulgares” que  o dia a dia nos apresenta e oferece. Para mim, são também motivos de inspiração as planícies do meu Alentejo, com os fenômenos adstritos que as rodeiam; o Fado, como tema e canção inspiradora  da alma Lusitana; o amor nas  suas vertentes mais diversas; não me abstraindo de “dissecar” a natureza  da alma humana.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?
Manuel Pedro - Tinha catorze anos de idade quando me aconselharam a ler o romance, “O Pagem da Duquesa” de António de Campos Junior, fiquei fascinado e a seguir, “Os Capitães de Areia”, de Jorge Amado, leitura que descreve uma, ou várias histórias semelhantes na pobreza e na forma de agir, “daqueles meninos capitães”, às que eu vivi. Mais tarde, entre outros escritores que eu li, “apresentaram-me” Luis  de Camões, Gil Vicente, Bocage, Fernando Pessoa, Miguel Torga, Virgílio Ferreira, José Saramago (de leitura difícil a principio), mas que me obrigou depois a gostar da sua obra literária, principalmente nos romances “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” e “Levantados do chão”, e Florbela Espanca, por quem nutro um carinho muito especial, considero-a uma das “grandes” poetisas, a nivel mundial. A sua poesia cultiva, em simultâneo, a tristeza  e uma invulgar beleza descritiva que me inebriaga.

SMC - Como foi a publicação do seu primeiro livro  de poesias “ Pedaços de Tempo”?
Manuel Pedro - A publicação do meu livro de poesias, “Pedaços de Tempo”, ainda que de forma   modesta, transformou-se na concretização dum sonho antigo, para minha satisfação.  Foi  óptimo porque se tranformou no melhor “veículo” para que eu pudesse partilhar o que havia escrito, oferecendo um exemplar a cada um dos meus amigos.

SMC- Quais são seus novos projetos literários?
Manuel Pedro - Como projectos literários, penso continuar a escrever. Pretendo editar, ainda durante o ano corrente, um livro de poesia, onde predominam os poemas em forma de soneto, e  outro elaborado em prosa.
O livro de poesia terá como título, “Do Fado ao Alentejo” e o de prosa, “Dias Incertos”, um romance que se baseia em episódios relacionados com a Guerra no Ultramar. Ficam por editar dois livros em prosa, que estou a terminar, com os títulos “Fado Maior” e Terra de Sangue”.

SMC - Além de ser escritor você canta, o que veio primeiro o gosto pela escrita ou pelo canto?  conte-nos um pouco sobre seu trabalho como cantor, onde podemos ouvi-lo cantar? em quais grupos se apresenta?
Manuel Pedro - Primeiro veio o gosto pelo canto, creio que “nasci a cantar”. Recordo que, em criança, enquanto brincava, ou até quando resolvia os trabalhos escolares eu cantava sempre, as músicas e as cantigas que aprendia, levando o meu avô a dizer que quando eu chegava à sua residência, chegava a telefonia e minha mãe proferir que eu teria resolvido os trabalhos escolares com muitos erros, mas não era verdade, eu fazia tudo certo. Saí da minha aldeia, para Lisboa, com o intuito de cantar o fado, mas esse meu gosto não se pode realizar porque tive de ganhar a vida de outra forma. Só mais tarde me integrei, como tenor, em Grupos Corais polifónicos onde ainda mantenho presença ativa. Atualmente, canto também num Grupo que interpreta Musica Antiga e Renascentista, denominado de ANIMAE VOX e sempre que posso, ainda que de uma forma modesta, interpreto a minha grande paixão musical que “ganha forma física” no fado e nas cantigas do meu Alentejo.  Faço parte da Universidade da Terceira Idade, no Barreiro, UTIB, na disciplina de Teatro, onde represento e canto. Quem pretender ouvir-me cantar poderá faze-lo nos locais para onde sou convidado, na áea do Barreiro.
                                                                           
SMC - Onde podemos comprar  seu  livro?
Manuel Pedro - Foi editada, em Janeiro, uma colectânea com o título “Poetizar Monsaraz”, onde figuram poemas meus, que poderá ser adquirida através  da Editora/Publishing House: Mindaffair, Ldª.

SMC - Que dica você dar para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
Manuel Pedro - Para as pessoas que estão iniciando  carreira como escritores, creio que deverão munir-se de boa literatura, de “bons” autores, que a estudem até ao ínfimo pormenor; que escrevam consecutivamente até sentirem que adquiriram prática e conhecimentos suficientes para se poder “abalançar”,  em edições de obras literárias que tenham escrito, com qualidade. Não devemos descorar que o talento natural duma pessoa poderá ser notável, no entanto, se ela não tiver capacidade para o moldar, jamais sairá da vulgaridade.


SMC - Como você vê o mercado literário em Portugal? Que melhorias você citaria?
Manuel Pedro - De acordo com os conhecimentos que possuo sobre o mercado literário em Portugal, creio que, apesar da crise económica que se abateu sobre o meu País, revela um pequeno saldo positivo, porque quem antes adquiria livros, com paixão, continua a faze-lo, com menor regularidade e algum sacríficio, como é evidente, o preço dos livros nem sempre é compatível com todas as bolsas. Como melhorias penso que deverá ser criada uma rede de bibliotecas itinerantes, campanhas de “consciencialização” literária, afim de angariar leitores para a literatura, especialmente para a boa literatura, excluindo a literatura que os transporta, apenas, à fantasia e à alienação social. Deverá haver acordos entre as  Editoras e as Entidades Competentes, financiando estas, com subsídios, para que o preço  dos livros diminua. Sejam dadas oportunidades iguais a quem escreve  para que não haja atropelos da parte de alguns “que tudo podem”, em detrimento de outros, por vezes com “mais valor” e não chegam a  nenhum lado.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, a Divulga Escritor agradece sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Manuel Pedro, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Manuel Pedro - Quero agradecer a Shirley M. Cavalcante, a oportunidade que me proporcionou, para que eu participe neste projecto,  falando sobre o “Meu Mundo das artes”, e pelo seu real empenho na divulgação da literatura. Quero acrescentar que a Cultura tem a magia de dignificar o ser humano; um Povo culto é um Povo consciente, que dificilmente se deixará manietar por um opressor, seja ele qual for. Há por isso que cultivá-la com muito empenho. Deixo uma mensagem de esperança, confiando que um dia, não sei em que futuro, muitas barreiras serão levantadas, que o Mundo se “humanizará”, tornando-se mais culto.


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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Jorge Nuno

Nasceu em Coimbra [Portugal]. Cedo mostrou tendência para as Artes e para a Poesia . Atualmente  residi em Bragança é aposentado como docente desde 2011, dedica agora mais tempo aos atos criativos, tanto na pintura como na escrita. Tem usado a escrita criativa de forma distinta, com incursões pelo conto, romance e poesia. Quanto às Artes, os primeiros trabalhos surgiram em 1972, sob a forma de desenho a carvão, passando em 1983 para tinta-da-china e, a partir de 2000, evoluíram para a pintura a óleo, posteriormente com algumas experiências com pastel a seco e óleo, sanguínea e técnicas mistas. Jorge Nuno é membro da Associação Portuguesa de Poetas, da SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, da Galeria Aberta Associação e de várias redes sociais dedicadas à poesia e às artes.
Texto cedido pelo autor e adaptado pelo editorial.

SMC - Jorge para nós é um prazer tê-lo conosco. Conte-nos como surgiu o gosto pela escrita e o gosto pela pintura? O que veio primeiro?
Jorge Nuno - O gosto pela escrita e pela pintura surgiram muito cedo. Lembro que ainda adolescente criei uma “revista”, escrita e ilustrada manualmente, que intitulei “Real Kágada”, contendo brejeirices e que enviava para um amigo no Navio-Hospital Gil Eanes, para delícia da tripulação que andava pelos mares da Terra Nova, no apoio à pesca do bacalhau. Na juventude, escrevia poemas que musicava. Como já referi, os primeiros tarabalhos artísticos, dignos desse nome, foram realizados em 1972. Nunca tinha pensado no conteúdo da pergunta, mas concluo que o gosto pela escrita evidenciou-se primeiro.

SMC - O que diferencia a inspiração literária da inspiração artística (pintura)?
Jorge Nuno - Dizia George Bernard Shaw que “A imaginação é o início da criação. Imagina aquilo que deseja, deseja aquilo que imagina, e finalmente cria aquilo que deseja”. Em relação à pergunta, nesta perspetiva, não vejo diferenças. Imaginei o que seria pintar uma mandala, atirei-me ao trabalho sem uma ideia concreta definida e passado algum tempo tinha a tela pronta, agradado com o efeito, mas sem conseguir responder como foram ali parar os elementos que compõem a obra artística. Simplesmente, deixei fluir a imaginação e o ato criativo realizou-se [tenho um poema sobre “O Ato da Criação e a Genialidade” que aborda este assunto]. Desejei uma mandala e ali estava.
Do mesmo modo, entendi que depois de muitos poemas e vários contos, era chegada a hora de escrever um romance. Não é só precisa inspiração, mas também “transpiração”. Escrevi o primeiro terço do livro junto a Lisboa. Como havia muitas solicitações e me dispersava, os dois terços de “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto” foi escrito na região de Trás-os-Montes, em Bragança, constituindo-se como um ato solitário, porque me isolei da família para o poder escrever serenamente e sem as contantes interrupções anteriores.    

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram a sua formação como escritor?
Jorge Nuno - Com 14, 15, 16 anos já lia clássicos da literatura, como: “Os Irmãos Karamazov”; de Dostoievski; “”Guerra e Paz”, de Leão Tolstoi; “Grandes Esperanças”, de Charles Dickens; “O Vermelho e o Preto”, de Stendhal; “Os Miseráveis”, de Victor Hugo; “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queiroz [que li durante uma noite]; “Esplendores e Misérias das Cortesãs”, de Honoré de Balzac; “Doutor Jivago”, de Boris Pasternak, entre muitos outros. Não tenho dúvidas da importância destes autores na minha forma de encarar o mundo, de crescer como pessoa e mais tarde como escritor.

SMC - O que aborda em seu livro "As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto"? Para quem indica a leitura de seu livro?
Jorge Nuno - Partilho convosco parte do texto elaborado pela Editora, contendo a recensão crítica da obra: Estas "tertúlias" representam uma reflexão sobre a condição humana em tempos conturbados. A verdade desassossega, mas por vezes a sua busca pode ser ainda mais inquietante. Em torno da mesa do café, ou  na associação "Estrela Vermelha", sempre rodeado dos mais próximos, Filó procura as cogitações que podem voltar a instalar a quietude na sua alma. Da solidão máxima da introspeção do seu ego, esta é uma rica demanda que não deixará ninguém indiferente. Entre a solidão dos seus pensamentos e a convivência com a comunidade que o rodeia, Filó procura, num ato de suprema coragem, pensar em tempo de crise juntando o questionamento à ousadia de projetar na sua ação as dores da criação artística.
Entre animadas personagens que contrastam com Filó, saberemos adivinhar as agruras de um Portugal em crise, na especificidade das suas gentes e dos seus viveres [idêntica à vivida por muitos povos em todos os Continentes]. Descobriremos almas atormentadas ora por obstáculos que a vida impõe, ora por obstáculos que a sua própria subjetividade coloca no seu espírito. “As Tertúlias…” constituem-se num romance de escrita prazeirosa que ladrilha um caminho com o qual facilmente nos identificaremos. Um dos personagens é o brasileiro Caetano, de alto astral, que tem uma forte importância no desfecho desta história da atualidade [personagem apreciado por alguns amigos brasileiros que já leram a obra]. Trata-se de um romance do Portugal contemporâneo que não deixará de colocar as mais universais das questões.
Creio que é uma obra dirigida a qualquer público. Se eu li clássicos da literatura universal, com aquela idade, também entendo que os mais jovens podem (e devem) ler este romance e quanto mais cedo melhor, pois está cheio de mensagens de grande utilidade. Creio que será também uma obra de autoajuda e que poderá ser sintetizado na frase de William James: “A grande revolução da nossa geração é a descoberta de que seres humanos, modificando as atitudes interiores das mentes, podem modificar aspetos exteriores das suas vidas”.

SMC - Jorge estou sabendo que está vindo novos projetos, inclusive, o lançamento de um novo livro para o segundo semestre, já tem um titulo para o livro? O que será abordado  neste seu novo projeto literário?
Jorge Nuno - É verdade, trata-se de um livro de poesia. Comecei agora a compilar muitos dos meus trabalhos de poesia para os transformar em livro e fazê-lo chegar às estantes das livrarias e da casa de cada um. Tenho três títulos em mente, mas a ideia do título anda à volta do conceito de “Amanhecer ao Entardecer”, como se desse, aos outros, estímulos para um envelhecimento ativo, tal como a ideia lançada por mim numa Universidade Sénior em Portugal, durante os seus primeiros quatro anos de vida, onde fui professor. Quanto ao conteúdo, aponta para quatro capítulos (podendo ser alterado), onde inclui. “Espiritualidades”;  “Leveza de Escrita”; “Causa Maldita” e “Um Toque de Humor”. Mais uma vez, é um livro cheio de mensagens de forte utilidade.

SMC - Estou curiosa, você comentou em uma de nossas conversas que faz exposições individuais de pintura+poesia, como são estas exposições?
Jorge Nuno - É simples e eficaz: elaboro uma obra de pintura e faço um poema adequado a essa pintura ou, sem ser com essa intenção, que se adapte à pintura (ou vice-versa). Aquando da exposição, junto ambos, poema e pintura e, pelos relatos no meu “Livro de Honra” e comentários pessoais, tem o efeito esperado, ou seja, agradável aos sentidos.

SMC - Acredito ser do interesse de alguns promotores culturais ter sua participação como escritor e pintor,  em alguns eventos literários, que tipo de espaço físico você precisa para viabilizar sua participação nestes eventos? como estas pessoas devem fazer para entrar em contato com você?
Jorge Nuno - O espaço físico depende do número de obras expostas. Já o fiz com 30 obras de pintura e 30 poemas e com 15 obras de pintura e 15 poemas. Umas das questões que se coloca sempre é evitar-se a exposição à luz natural direta e outra questão prende-se com a segurança dos materiais expostos no espaço, por razões óbvias.
Poderei ser contactado através de:

Sítio da Escrita Criativa:

Facebook::

SMC - Onde podemos adquirir seu livro?
Jorge Nuno - O livro está à venda nas livrarias portuguesas, na própria Pastelaria Studios Editora e nos catálogos on-line de livrarias como: Wook; Bertrand; Book.it, … Basta, no Google, indicar  “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto” seguido de uma destas livrarias virtuais portuguesas. [ ISBN: 9789898629258 ]. Portanto, pode ser adquirido em qualquer Continente.
Em julho espero ter o e-Book disponível, a custos mais baixos. Darei essa informação, oportunamente, no meu blogue e no meu sítio da Internet

SMC - Que dica você pode dar às pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
Jorge Nuno - Recomendo que façam como eu. Antes de iniciarem a carreira de escritor, tentem documentar-se sobre a própria carreira. “É possível viver-se só da escrita?” perguntava uma minha amiga jovem escritora. Deixo a pergunta no ar. No meu entender, a resposta será diferente para pessoas diferentes. É evidente que aqueles que tiverem as qualidades exigidas a um escritor terão maior hipóteses de sucesso. Pelo sim, pelo não… recomendo a leitura de “Como Não Escrever Um Romance”. Acreditem que esta leitura tem muita utilidade. Mas acreditem, acima de tudo, nas vossas potencialidades, na vossa capacidade criativa e na vossa capacidade de entrega ao projeto que abraçarem, desenvolvendo-o com entusiasmo. O resto virá por acréscimo.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Jorge Nuno - Escrevi, recentemente, um artigo para a nova revista de poesia “A Chama” , n.º 2, de maio/junho.2013 [como colunista], e o artigo intitula-se “Publicar em tempos de crise?”. Abordo a problemática das pequenas editoras, o mercado livreiro e as dificuldades em publicar, precisamente perante uma crise económica e social que atinge muitos países, incluindo Portugal. Gosto muito de livros, de os manusear em suporte de papel e receio que dentro de pouco tempo seja um produto em vias de extinção. Vingarão, por algum tempo, os e-Book, tal como as editoras discográficas quase que desapareceram para dar lugar a outros negócios relacionados com a música em fomato digital, descarregada através da Internet. As pequenas editoras de livros tenderão a desaparecer, a menos que se lancem no mercado digital, já com uma expansão assinalável, nesta área de negócios, pelas grandes editoras. Também às pequenas editoras não é fácil obter parcerias com as distribuidoras, para colocar o produto nas prateleiras das grandes superfícies, mesmo que o produto literário seja de qualidade. Logo, quem publica através de uma pequena e até média editora vê a sua obra muito condicionada no mercado livreiro. Acredito, por exemplo, na possibilidade de colocar produtos deste tipo no Brasil e do Brasil em Portugal, com vantagem para todos. Basta, como sempre, a adapção de estratégias conjuntas que apontem nesse sentido. Até lá, vai crescendo o mercado literário digital e diminuindo o mercado em formato de papel.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor/Poeta/Pintor Jorge Nuno. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Jorge Nuno - Deixo a mensagem de um homem que admirei (e continuo a admirar, mesmo depois da sua partida) – Mahatma Gandhi: “Precisamos de nos tornar na mudança que desejamos ver no mundo”. Mas acrescento, para isto, é necessário procurarmos, cada um por si, modificar as atitudes interiores das suas mentes, passando, naturalmente pela leitura e pela reflexão, tendo em vista um melhor autoconhecimento.

Agradeço esta oportunidade de expor a minha obra e algumas das minhas ideias, numa procura de ajudar a construir e viver num mundo melhor.



Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor 
José Sepúlveda

José Sepúlveda, nascido em Delães, Vila Nova de Famalicão.
Hoje mora em  Póvoa de Varzim – Portugal, ex-funcionário Público,amante da literatura, administrador do grupo Solar de Poetas, no facebook, apoia vários projetos literários, organiza e participa com regularidade em Saraus e Tertúlias.
 Algumas de suas coletâneas: Arca de Quimera, Cantar de Amigo, Exaltação, Intimidades, Auto de Cera Fina, O Canto do Albatroz.

SMC - Grande mestre José Sepúlveda, para nós é uma honra tê-lo conosco no Projeto Divulga Escritor. José conte-nos como começou sua paixão pela escrita?
José Sepúlveda (Sepúlveda) - Quem me dera ser poeta, Shirley.  Comecei a ter contacto com a poesia ainda de tenra idade, quando o meu pai, na sua oficina na de alfaiataria, nos confins da aldeia onde nasci, improvisava com os amigos algumas quadras populares, em forma de cantiga popular.
Quando entrei para o ensino primário, deparei-me com os primeiros poemas do Cancioneiro recolhido por Almeida Garrett:  A Nau Catrineta, A Bela Infanta… Lembro bem a avidez com que lia a Moleirinha ou a Balada da Neve de Augusto Gil; O lavrador da Arada, do  cancioneiro tradicional português.
Depois, com o decorrer dos anos, já no segundo ciclo de ensino, fui a incursão na poesia trovadoresca, com Garcia de Resende e oos mestres de então e a penetração nos malabarismos poéticos que nos ofereciam., entre eles os acrósticos, ainda hoje tão do agrado de muitos poetas.
A partir daí, o gosto pela poesia foi sempre crescendo, começando com as minhas produções tão insípidas pelos doze anos.
Cerca dos dezesseis anos – nessa altura já escrevia poesia de forma mais regular – colaborei num ou noutro jornal ou revista, tendo tido uma coluna num dos semanários poveiros de então.
É por essa altura que surge a primeira coletânea: Musa Perdida.
O período até cerca dos 23  anos foi de grande produção poética. Jazem na Arca de Quimeras (uma arca guarda da religiosamente no sótão) muitas dezenas de manuscritos ainda por tratar .
Foi nesse período que aperfeiçoei a técnica pelos versos de sete sílabas e outras técnicas estruturadas de escrever poesia, sobretudo o soneto.

SMC - Você hoje é uma referência em projetos literários em Portugal, principalmente para os Poveiros, é responsável pela publicação de coletâneas, conte-nos um pouco como foi seu primeiro projeto Literário?
Sepúlveda - Para falar no primeiro projeto literário, teria que recuar aos meus dezoito anos, altura em que com alguns amigos organizamos um pequeno grupo de tertúlia – Convíviu, que se reunia regularmente  nas antigas instalações do Posto de Turismo, na Póvoa. Aí divagávamos sobre poeta e escritores e desenvolvíamos alguns temas de interesse cultural.
Foi por essa altura em que tive contacto com José Régio que com os amigos João Marques e Luís Amaro se reunião aos sábados de tarde no Diana-Bar, hoje, Biblioteca da Praia, em pequenas tertúlias deliciosas, frente ao mar.
É nesse espaço místico que hoje o grupo Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa organiza os seus mais marcantes eventos.
A partir daí, o gosto pela formação de grupos de interesse pela poesia nunca mais desapareceu. Mas reactivou duma forma incontornável em 2011, com a formação do grupo Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, que se dedica à promoção de saraus e tertúlias,  divulgação de autores escondidos por aí e apoio â publicação dos seus trabalhos, através de parcerias com uma ou outra editora. Esse trabalho é um desafio constante e cria em nós um sentimento de realização pessoal imenso. Apesar do pouco tempo de existência, são já diversas as obras publicadas e as que estão em vias de o ser.

      SMC - Musa Perdida, Kay, Anjo Branco, Pastorinha, Arca de Quimeras , O Canto do Albatroz, ... são alguns de seus trabalhos, em que você se inspira para desenvolver seus trabalhos?
Sepúlveda - Alguns dos temas de inspiração de quem escreve são recorrentes e variados. Mas a  amizade, o amor, o mar são temas usados por quase todos os poetas . Eu não fui diferente . Mas o amor teve e tem sempre um lugar cativo, bem presente, naquilo que escrevi e escrevo. Com excepção de O Canto  do Albatroz, mais generalista , todas as colectâneas mencionadas tem como  pano de fundo o amor e as suas musas.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?
Sepúlveda - Na minha juventude tive poetas e escritores que marcaram de forma quase irreparável a minha forma de escrever: Luís de Camões, Antero de Quental, Flor bela Espanca, António Nobre, sonetistas de excelência; mas Fernando Pessoa, essencialmente através do heterónimo Álvaro de Campos, José Régio, Guerra Junqueiro, Miguel Torga, António Gedeão e tantos outros, marcaram-me duma forma muito acentuada, quase irreversível.
Depois, uma incursão curiosa pelos grandes clássicos: Homero, Virgílio, Shakespeare e noutra área, Tolstoi, Gorky.
Há três livros que me deliciaram e marcaram: O Músico  Cego de Vladimir Korolenko; A Aparição, de Virgílio Ferreira; Olhai os Lírios do Campo, de Erico Veríssimo.
Depois, poemas marcantes: O Mostrengo, de Pessoa; o Cântico Negro, de Régio: O Operário em Construção, de Vinícius. Quantos mais!...

SMC - Você criou o Grupo Solar de Poetas, como foi que surgiu a ideia de criar um grupo Literário? Quais os projetos que temos hoje no Solar?
Sepúlveda - A ideia de formar um grupo literário, em que a poesia fosse rainha surgiu logo que tive acesso ao facebook e comecei a mergulhar em alguns dos grupos que então começavam a proliferar no ciberespaço. Daí que a formação do Solar de Poetas surgiu quase de forma natural.
Antes dele, já o Albatroz cantava na sua página – O Canto do Albatroz, através do Blogue que criara e no qual estão publicadas algumas das minhas coletâneas.

SMC -    Quais os principais desafios que encontras como gestor do Grupo Solar de Poetas?
Sepúlveda - Os desafios são sempre grandes. Há uma espécie de sede insaciável que nos empurra e nos leva a cada dia querer mais, novos projetos, novas iniciativas.
Daí, as parcerias que vamos estabelecendo com Rádios, com outros espaços cujo objetivo se identifique com o nosso – divulgar cultura.
Nem sempre é fácil a gestão dum grupo assim, dado a necessidade de presença contínua e do aparecimento de aliciantes que tornem o espaço vivo e atraente. Para isso, o contributo assíduo e dedicado de ilustres administradoras que com carinho dedicam tempo precioso no acompanhamento e comentário dos trabalhos que vão surgindo, num espírito de dedicação que não pode deixar de ser exaltado. A todas elas, as que aqui já deram o seu contributo e as que ainda mantém essa coragem e perseverança de estar presentes, a minha  gratidão.
Daí, a necessidade sistemática de recurso a desafios e eventos, e iniciativas como esta – Divulga Escritor, que veio  valorizar de forma significativa o nosso espaço.

       SMC - Você esta publicando um livro no segundo semestre de 2013, o livro já tem um Titulo? fale-nos um pouco sobre seu livro, como esta sendo os processos para publicação?
Sepúlveda - O livro chamar-se-á Um Céu de Anil e a curiosidade surge pelo facto da maioria dos seus poemas terem  sido escritos no bloco de apontamentos do telemóvel, ao longo dos últimos meses.
 Nele será incluída também uma súmula de poemas inseridos numa ou noutra colectânea.

       SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Sepúlveda - Um dos objetivos dos grupos que dirijo – Solar de Poetas e Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, é sem dúvida apoiar e divulgar as obras escritas por autores mais ou menos iniciados e que tem guardado os seus poemas nas gavetas à espera de oportunidade de divulgação.
Acho que o mercado começa a perceber que um autor não terá que escrever, pagar pela impressão das suas obras e ainda por cima ter que ser ele a divulga-las, quase a mendigar a sua compra dos seus livros. Há que alterar todo esse status e cada um dos componentes assumir as suas responsabilidades. Ao autor cabe-lhe e escrever, ao editor editar, o distribuidor distribuir e ao leitor ler. Enquanto não for assim, tudo estará distorcido, Há que mudar mentalidades. Mudar é sempre uma forma de crescer

SMC -    Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor José Sepúlveda, que mensagem você deixa para nossos leitores? 
Sepúlveda - É para mim um grande privilégio poder participar neste projecto, que providencial e generosamente surge no  ciberespaço e que será., com certeza uma referência que muitos terão como desafio a seguir.
Uma mensagem de confiança para os autores. Os tempos irão mudar.  Surgirá o dia em que cada auto poderá  divulgar as suas criações sem  necessidade de mendigar para que as criações atinjam o seu alvo – o leitor. Quando assim acontecer, poderemos gritar : A Poesia vive, viva a Poesia.  
Obrigado, Shirley , pelo teu  empenho na divulgação da poesia e dos seus criadores de sonhos.

http://portalconexaopb.com/jornalista-shirley-m-cavalcante-smc-entrevista-escritor-jose-sepulveda/


3 comentários:

  1. Esta lindo este cantinho, muito obrigada a todos pela participação. Estamos a disposição.

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  2. Bom dia!
    Muito obrigada pela oportunidade que me deram e pelo carinho de todos!
    Beijinhos no vosso coração!

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  3. Parabéns Amigos/as por este novo espaço; gostei MUITO!
    Bjs.
    Maria Mamede

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