quarta-feira, 31 de julho de 2013

Carmen Marques

 MAGIA DE UM OLHAR

Na magia de um olhar
mensagem que permanece
nos sonhos quimera
de uma distancia na mente
ficou silenciosa!
Em cada recordação
essa mensagem que trocamos
em olhares ficou presa em nossas vidas!
Incontrolável a todo instante surge
na noite!
Meu coração ao lembrar palpita
fortemente!
Deixa-se embalar como uma criança
numa canção de ninar!
Esta fantasia delírio busca incessante
sempre esse olhar pleno de Magia
até hoje ficou grata na recordação!
Inolvidável desse misterioso olhar!

Maria Irene Frieza

Como não sei

Como não sei!
Apenas sei, que me apaixonei…
Como não sei!
Apenas sei, que te amei…
Como não sei!
Apenas sei, que sofri e perdi…
Como não sei!
Apenas sei, que mentiste…
Como não sei!
Apenas sei, que um dia partiste…
Como não sei!
Apenas sei, que me destruíste…
Agora eu sei!
Que foste o grande amor da minha vida…
E num futuro, nossa história ainda será vivida.

Ilda Ruivo

As diferenças...

A felicidade são momentos
que temos que fazer perdurar
desde para uma flor olhar
até aos mais íntimos sentimentos!

A tristeza é um sentimento
que não se vê, mas existe
nem que seja por um momento
ela no coração persiste!

A vida é feita de momentos
todos eles diferentes no olhar
mas temos que acreditar
e tirar deles ensinamentos!

Como se fosse um jardim
e uma flor diferente colher
a vida é feita assim
temos que n'ela viver!

A flor que colhi para ti
do meu jardim da vida
É uma rosa diferente
mas foi para ti colhida!

E se quando a receberes
presenciares a sua beleza
sentirás que na diferença
não há qualquer tristeza!

Rui Moreira Henriques Serrano

TIC TAC DO MEU CORAÇÃO

Tic tac, tic tac, tic tac... bate o meu coração,
Bate forte, cheio de emoção,
P'lo meu amor que está bem longe,
Que eu gostaria de voltar a abraçar,
Por tanto eu amar.

Tic tac, tic tac, tic tac...bate o meu coração,
Acelera quando penso no meu amor,
Meu receio, meu temor,
De jamais com ele me reencontrar,
Por nos quererem separar.

Tic tac, tic tac, tic tac...bate o meu coração,
Bater que eu não consigo controlar,
Mais forte, ao me enervar,
Mais leve quando eu sorrio,
Normal ao pensar positivo.

Tic tac, tic tac, tic tac...bate o meu coração,
Deixem-no bater em liberdade,
Bate há longo tempo a bom ritmo,
É do meu coração a forte batida,
Lhe seja feita a justiça merecida.

Acácio Costa

TRISTE - TRISTEZA 


T - razidos para a encruzilhada
R - emando sem terra à vista
I - nduzidos em falsa certeza
S - eremos um dia vingados
T - ão vil somos tratados.
E - rgamos o rosto ao vento
Z - arpemos de vela erguida
A - luta vencerá, tristeza!

Mariana Loureiro

Serei o que quiseres…

Visto-me de branco
para contrastar com a negra 
escuridão da noite…
Corpo nu em vestes leves
que se agitam com a brisa da noite…
A música entoa baixinho,
num ritmo lento e compassado,
em acordes apaixonados,,,
Observas-me…
Serei eu o teu anjo?
Serei eu a musa inspiradora dos teus sonhos?
Semicerras os olhos…
suspiras…
e estendes-me a mão…
Juntos entramos no paraíso celestial
onde os anjos valsejam
em passos ritmados…
O dia nasce na poesia dos sonhos,
as palavras sussurram
na nobreza dos sentimentos
E nós… percorremos a vida,
de mãos dadas com a felicidade,
unidos por laços de ternura…

Shirley Cavalcante

AUSENTE COMPANHIA
Autora: Shirley Cavalcante

Eu queria esta ao teu lado
Dar-lhe um abraço,
Cuidar de ti,
Encher-te de mimos,
E muitos carinhos te dar,
Mas, não posso.

Estando distante,
Sinto saudades,
O coração fica sempre apertado,
Quando penso,
Em como é bom contigo estar.

Sei que contigo sempre estou:
Em seu coração,
Em seu pensamento,
Em cada oração,
E sempre que posso,
No calor do seu abraço.

A Tu, que me destes a vida
Não tenho palavras,
Apenas saudades,
De a ti pedir,
Antes de dormir uma benção,
Dar-te um beijo, um abraço.

Sempre terei saudades,
Da infância, em que junto a ti,
Podia sempre estar,
Em seu colo, te abraçar.
Pai, Te amo,

Mesmo que não estejas
De corpo presente,
Tu sempre estarás
No meu coração,
Na minha mente.

Amo teu sorriso,
Tuas manhas e manias,
Sou sua filha querida,
Que todos os dias,
Quer contigo estar,
Mas, não pode.

Ró Mar


“ (A) MAR”

O Sol nasceu de novo e mais forte 
Que nunca, estrelas a brilhar no Mar
Pegadas na areia …um (A) MAR
Do solstício verão.

Um vento azulado
Que pinta o coração
De sal ondulado
Que se espraia na canção.

Alma de menina que bebe as águas
Lívidas da natureza
Pelos riachos…doce beleza
Ser “manja-léguas”.

Um Porto de abrigo
Um raio de luz e sigo
Pelo rio, o passaporte
Para abraçar o Mar.

Neste meu coração
Só há um pensamento “ (A) MAR*
Que é meu e teu também,
Segue as pegadas, vai mais além.

Antonio Montes

A FLOR DO CORAÇÃO

A flor do meu coração
tem galho no teu viver
que no aroma da densa paixão
pulsa pelo teu bem querer.

E nesse jardim da sensação
eu sinto sentimento por ti
que nas pétalas da recordação
você mora no peito aqui.

Por essa flor frágil do amor
eu vivo assim sempre a delirar
e a navegar por onde você for
para melhor poder te amar.

Eu só queria que sentisse
o jardim do meu sentimento
e em harmonia assim me visse
no teu esse meu pensamento.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Eugénia Madeira

Chuva

Senti-te tocar meu rosto
depois apoderaste te de meu corpo
num ápice me tornaste tua
e senti-me viva
aos poucos teu toque frio
tornou-se parte de mim
e dancei contigo
nesta noite fria de inverno.
Quantas vezes te esperei
que em vão secasses
as lágrimas que amor
derramei sem querer
oh chuva de inverno
que meu peito
esta a sofrer.
Chuva que minha alma
lavas tantas vezes
quando pelo meu rosto
te fazes cair
naquela noite sombria
em que te fazes sentir.

Ró Mar


“O amor…no beijo d’uma flor”

Nos sons do silêncio…
Nos lábios de sentimento
Estendendo a minha mão
No abraço do coração…

Para te colher, flor que beijo
E se cresce na alma…
Açucena de doce olhar
Rosa do tom de amar.

Que o Universo
Perfuma no sorriso
D’um incenso
Que sabe-se a verso.

Sopro a palma
Da minha mão
Ao vento
E te dou um desejo.

O amor…
No beijo
D’uma flor.

José Carlos Moutinho

Dói-me a alma

Porque será que nos dói a alma
e o nosso coração entristece
quando devia estar feliz, 
por amar e ser amado!?
Porque se nos contrai o peito
em calado sofrimento
que nos faz desejar partir
sem sabermos para onde!?
Porque será que a tristeza
que nos invade e dilacera os pensamentos
nos penetra bem fundo
e nos atormenta a vontade,
que se faz descontrolada
pelo desatino da nossa essência!?

O nosso sorriso que devia ser sol,
acinzenta-se, como tarde invernal
e as palavras que se emudecem
na fragilidade do nosso sentir
visitam-nos silenciosas e perturbadoras!

Olhamos a vida que nos rodeia,
esmorecidos pela frieza das cores opacas
da nossa angustiante ansiedade!
Pensamos num estado metafísico
que nos liberte da pressão
das amarras que nos torturam!
Que possamos navegar em céus
de mares com aromas de maresia
acariciados por nuvens coloridas!

Doí-me a alma, contrai-se-me o coração
sufoca-me o ar que respiro,
quero sair de mim,
desejo um novo advir
onde a felicidade seja livre e plena.

Joaquim Jorge Oliveira

A MAGIA DO TANGO

Que pena! Não veres a minha alma eterna e o amor
No enigma do meu ser feliz e louco por ti embriagado
Pela saliva doce dos teus beijos, meigos de sabor a licor
Saboreados à luz do luar, com a magia de tango e fado

Eu! Não resisto e fujo disto! Deste complexo labirinto
De delírio e paixão exibida, no teu corpo belo de mulher
Fujo pela estrada do sonho, na embriaguez do absinto
À procura da luz da lua, que o meu espírito agora quer

E precisa para admirar, na plenitude a tua beleza divina
Honrada por acordes tocados, por mãos finas de fada
Enquanto tu dormes, nesse sonho ingénuo de menina

Passa o tempo rapidamente e leva teu corpo de amada
Prende os sonhos à memória, da fotografia e do enigma
Quando acordamos já, não somos gente! Somos nada!

Maria Teresa Costa

Há magia no teu olhar…
Há magia nesse teu olhar
Há magia sim…que a ti me atrai
Na tua voz… no teu falar…
Que do meu pensamento não sai…

Há magia em ti…no teu sentir
Que por ti me faz vibrar
Há no teu modo de agir
Algo que me faz acalmar…

Há aquela magia no ar…
Que me faz sorrir…me faz cantar
Me faz esquecer aquele tempo
Que passei na vida a chorar…

Há magia no teu sorriso
No teu jeito de me olhar
Tens tudo o que preciso
Para no amor acreditar...

Mario Sampaio

MELODIA DE AMOR

Tudo de ti é melodia ...
As curvas do teu corpo 
São claves de sol no dia ...!
Na noite suave sinfonia ...
Cultivo em ti um desejo ...
~De momento ...
O de me dedilhares ...
Como dedilhas teu instrumento ...!
O teu tocar ...
Melodia de paixão ...
Que me arrepia em pleno...
Me invadindo de desejo todo meu corpo ...
Me tocando o coração ...!

"AMAR É AGORA"

Maria Tavares

Vem comigo

Dá-me a tua mão vem comigo
vamos ver o mar 
Respirar a brisa que dele vem
Vês a lua como ela brilha nesta noite
É o encanto dos namorados
Sentiste o vento que soprou
Isto foi o amor que nos chamou
Dá-me a tua mão vem comigo
Vamos ver o mar
Ele beijou a areia e deixou a sua marca
Beija-me deixa sentir o teu calor
Vês como eu te amo amor
Dá-me a tua mao vem comigo
Vamos ver o mar

José Lopes da Nave

MIRAGEM

Em teus olhos me perdi
meu espírito elevar-se, 
em vórtice, 
apercebi
o bem-querer que vivi
e senti
com teu olhar me enterneci
em chama de romance flori
ao me consumir em ti.

Entregar-me-ei
serás meu destino
ao empíreo me elevar
como errante no cosmos estar
ao te olhar.

Apercebi então,
de quão grande era a nossa chama
e adoração
o bem a alcançar,
sem o negar,
ao te olhar.

O nosso percurso
foi o destinar.

Cristina Correia

Eu tinha um sonho
E chegaste nele…
Esculpiste-me a pele
Com segredos de amor,
Bebeste-me os lábios
Com brisas de carinho,
Saciaste-me o coração
Com pétalas de ternura

Mas eu não sabia
Inocente este não saber,
Que o sonho tem asas
Esvoaça sem remanso
Pla utopia e quimera
E que sempre se dilui
Numa nuvem passageira
No dorso de cavalo alado
Emplumado de penas e dor
Deixando sombriamente
no céu um rasto de sangue
e fim…

Foi história escorreita
Ilusão de borralheira
Que um dia se encantou
Em seus sonhos de princesa!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Rosa Ferreira

ANSIA E DESEJO

Uma lágrima de emoção
Um abraço apertado
Que juntou o teu ao meu coração
Num suspiro abafado

Da saudade
Ao prazer
Da vontade
De te ter

O teu corpo
Colado ao meu
No conforto
Em cada abraço teu

Ansia e desejo
Olhos que falam por nós
Palavras caladas por um beijo
De amor que brota dentro de nós

Manuela Bulcão

Lágrimas de flores!

A tristeza é um rio sem fim,
que desagua no mar do encantamento,
a desilusão é como a nuvem levada p´lo vento
e vai deslizando tão suavemente,
ultrapassando tudo...até o discernimento.

A felicidade está no sonho
e tem estações de todas as cores
é como uma pétala de flor
que necessita de ser regada com muito amor.

A minha tristeza não tem fim
é como uma gota de orvalho que oscila
ao nascer de mais madrugada que vacila
dos meus olhos...cai uma lágrima de amor tranquila.

Joel Arsenio Baptista Lira

EMBRIAGADO

O teu olhar me embriaga, m’alcooliza,
embebeda a minha alma quando te vejo,
deixa-me quedo, sem fala, me verbaliza 
todos os sentires qu’há em mim e desejo!

É como se fosse um ópio que nos embala
p’ra um sono infinito que só tem lugar
na inebria desta voz que não se cala
quando se imobiliza ao ver o teu olhar!

És a minha embriaguez doce, Cinderela,
que esvoaças à volta do meu coração
prendido bem preso, preso na tua mão

salto para a Lua do alto da janela.
Sem asas sigo o teu olhar, minha paixão
e em bebedeira louca voo na canção!

Antonio Montes

ISSO É AMOR!

O amor é aquele que esta ali
sempre lado a lado e pronto
obedecendo fazendo servindo
chamou! Já vou, estou aqui
a servir com alegria e amor.

Não vou lá, sem te levar
se for já sei, eu sei que tem
que ir junto comigo meu bem
pois se temos esse nosso amor
sou escravo sim, que é que tem.

Só ouço musica que é tua
meu gosto não importar à ti
sou pra ti não vivo pra mim
não posso andar só, na rua
nem nada que te faça ruim.

A TV eu sei, é você que manda
em casa só entra o que tu quiser
e você decide quando bem quer
se é por amor, nada é de panda
mesmo que ao mundo seja ciranda
não importa o escravismo mulher
hoje o meu viver e servir você
teu gostos, capricho e tua manda
farei da forma do teu querer
que o mundo me olhe de banda

Joel Arsenio Baptista Lira

DEVANEIOS

Andei iludido, viajando nas nuvens cinzentas da vida,
Perdido entre devaneios, sem guarida,
Entreguei-me a ti amor, sem te conhecer,
Desiludiste-me, deixaste-me a sofrer.

Porque te perdi, passei a odiar meus devaneios,
Deram-me a ilusão dum amor desejado,
Nunca cheguei a concretizar meus anseios,
De te possuir, desapareceste, fiquei desolado.

Não chegaram meus devaneios p'ra m'iludires,
Quando surgiste das brumas do tempo,
E me prometeste seres só minha, meus sentires,
Meus devaneios se diluíram, contratempo.

Tantos devaneios senti, pressenti e quis viver,
Que o teu possuir foi passageiro,
Deixaram-me sozinho no apeadeiro,
Com um nada entre mãos, triste padecer. 

Sandra Fonseca Matias

Alma renovada

Chovem pensamentos,
parte-se o brilho da ilusão.
Sorvo a seiva doce 
amarga da chaga por fechar...

Colo os pedaços,
emolduro os momentos
no sótão das saudades,
e sigo pela estrada
com a alma renovada.

Telma Estevao

Dedos acesos…

Nos meus dedos 
Onde tudo começa…
Despertam ávidos 
Os teus sonhos e segredos.

Estes meus dedos animados
Semeiam anseios e afagos…

Sedentos e perversos
Rendem-se aos encantos da tua pele.
Com jeito e calma dilaceram
O teu corpo e a tua alma…

As pontas dos meus dedos
Lascivos e quentes
Murmuram e respiram gestos

Inquietos e perfumados
Deslizam nos teus lábios sedentos

Colhem os teus suspiros quentes
Degustam e revelam-te em sussurros o que sentem.

Na inocência do momento
Inflamados e gulosos
Palmilham prazeres dissimulados e íntimos…

Desfazem os nós do teu cabelo e do teu dorso.

Buscam rimas intensas
E afogueiam o teu caminho…

Palpitam na loucura pura e divina!

Ganham calor, ritmo e toque…
Confessam e embalam o suor do nosso amor.

Germinam suaves e melodiosos
Ateiam incessantes paixões
Agitam-se e partilham luxúrias constantes…

Abraçam-te e desmontam mil vontades de ternura.

Neste jogo de sedução…

Os meus dedos nus e vagarosos
Percorrem espaços risonhos
E dissolvem os teus desenganos e mágoas.

Anunciam sorrisos
E acendem estrelas…

Na tua pele macia e sedenta
Desenham-te todo o meu amor…

Esboçam e fecundam doces acenos
Procuram-te sem fim…

Perdem-se e arrepiam-te em plena madrugada…

Os meus dedos amor
Deslizam nos teus
E neste enleio de dedos…
Seguem-te eternamente…de mãos dadas.

Maria De Lurdes Cunha

A Estrela Apagada !

Numa noite pouco iluminada
Vi uma estrela apagada,
Uma imensa escuridão…
Apresso-me na caminhada
Essa estrela mal amada,
Estremeceu o coração.
Caminhei sem tino,
E sem parar,
Nem pensava para onde iria…
Mas, meu destino era o mar,
O mar que eu tanto queria
E desejava alcançar!
Sentei-me á sua beira,
E ali fiquei a pensar,
Numa profunda dor.
Olho para o Céu,
E pregunto….
Porquê Senhor?
Tanta dor….
E minha alma chora…
E nessa mesma hora,
Uma voz melodiosa
Me diz:
Minha filha,
Sofres, porque não chegou
Ainda a hora
De seres feliz!
E a estrela tão apagada
De repente se iluminou,
E aquela estrela mal amada
Brilhando ali, ficou!...

Ilda Ruivo

Ao mar vou parar...


Encontro-me dividida...
tenho duas grandes paixões
a poesia é a minha vida
a pintura permite-me ilusões!

Falta-me um cenário ter
vou então a imaginar
que caminho percorrer
e eis-me junto ao mar!

Misturando as pinceladas
na tela vou desenhando
com tintas variadas
o amor vou pintando!

Vou pintando o amor
com as cores do mar
a poesia sei de cor
porque a vou sempre amar!

Alfredo Costa Pereira

“NAS MARGENS DO RIO HOMEM”
Quantas recordações de alegria
Tu me inspiraste até em demasia,
Naquelas margens cheias de beleza
Ornadas pelas mãos da Natureza,

Às quais a minha alma ficou presa!
Ali segui-te alegre, sem repouso
Aqui andei contigo, ai, breve gozo,
Onde nunca pensei na incerteza…

Mas fugiste!.. E na hora derradeira
Não pude nem ousei adeus dizer-te,
Pois sofri a minha dor de tal maneira,

Que de ti fugi, e não quis mais ver-te!
E agora que do teu amor já não preciso
Aí vai um abraço de saudade e um sorriso!

Marta Limbado

Cores da alma

Avistei o Outono regado
De um castanho magoado
Nos meus olhos!

Experimentei o Inverno retratado
De um cinzento desesperado
Nos meus gestos!

Escutei a Primavera suspirada
De um verde inventado
No meu sorriso!

Beijei, por fim, o Verão apressado
De um vermelho carregado
No meu corpo esgotado!

domingo, 28 de julho de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

SEDUÇÃO DA MUSA

Entro no sonho e nos bosques aonde se esconde a beleza
Mágica e divina que tens guardada num tesouro de pirata
Vou lá na convicção e na minha cega e doida incerteza
Desta loucura saudável da tua paixão ardente que mata

Entro nos bosques aonde tu escondes o teu corpo divino
No encanto de fadas contratadas para nos proteger e livrar
Deste presente e futuro que nos coloca presos do desatino
De tudo que nos inibe aqui de viver, sorrir, respirar e amar

Entro em silêncio nos bosques aonde se banham as musas
Num lago cristalino de perfume de jasmim! Nuas e sedutoras
Quebrando todas as maldições de receitas e poções confusas

Tu! Surges do nada nas asas de frágeis borboletas, voadoras
Enfeitiçada pelos beijos de Romeu que sonhas e não recusas
Ficas prisioneira da magia deste poema que tu lês e adoras.

Céu Pina

Julgamento

Olhar deserto,
Expurgado desejos.
Minha firmeza, escolhi-te,
Numa estrada desaprovada.
Exibi um templo, meu coração.
Arrastei-te no meu ninho.
Fruta doce de puro néctar,
Confio no Amor…
Inocente numa vivencia,
Vagueei na solidão ,
Procurando tua sombra.
Queria um Amor…
Só para mim…
Salpiquei o vento,
Num pranto longínquo.
Sonhei nas ondas dos teus braços,
Mergulhei no sal do teu corpo,
Bebi a entrega da nossa saliva.
Num Amor banido!
O céu do nosso leito,
Virou relógio
Ponteiros viram poder ,
Numa batalha de dois corpos.
Onde só quis Amar!...
Agora, que me julguem,
Avaliem meus pecados.
Naufraguei nas tempestades,
Percorri, tropecei,
Na verdade que senti.
Fui eu…só eu…sem falsidade.
Vivi alegrias , tristezas,
Instantes únicos.
Tu que me julgas,
Porque te sentes completo.
Veste a minha vida,
Sente o meu Amor,
Caminha na minha realidade.
Só ai me poderás julgar,
Sem dom humanitário de o fazer.
Simplesmente sou humana…

Ró Mar

“A leveza do ser”

A leveza do ser é uma arte que não se ensina…
Ela flui naturalmente como as águas do rio pel’alma
Que traz no coração pigmentos de amor…
E, a rude e velha vida transforma-se n’uma menina.

Menina de olhos doces, cerejas na “sericaia”,
Um paladar inconfundível que não se aprende, Sente-se...
Como algo que voa suavemente e deleita-se
Pela natureza do ser que nasceu para viver.

Viver é mais que ser é saber ser…
E, quando o coração se abre em pétalas de açucena
O mundo gira leve, leve que nem” borboleta”
Magistral arte de ser.

Uns são-no em palavras ocas e frases poucas,
Outros são-no em verbos loucos e frases vivas,
E, há os que permanecem no eterno silêncio…e, é tudo poesia…
É uma questão de filosofias… eu cá não tenho filosofias…

Não tenho filosofias não…
Amo a natureza e tudo o que lhe é inerente
E no compasso do Tempo equilibro o coração
Que deixa um pouco de espaço à razão.

E, nestas palavras talvez dê um pouco do meu ser
Que é pleno e tranquilo, pois tudo o que faço, faço com amor…
Talvez seja essa a minha leveza de ser…
Quiçá, um dia seja uma “Borboleta”.