quinta-feira, 29 de março de 2012

Os nossos poetas


“Filha”

Tu és meu sonho
Meu mundo perfeito
Pedaço de mim
Em forma de luz divina,
Os teus olhos falam profundo
Sinto-te num olhar terno
E o teu sorriso é meu respirar,
E apenas vê-lo brilhar
Faz-me de tudo ausentar,
Ver-te aos poucos crescer
Trás em mim força maior
Enorme vontade de lutar,
transformas meus medos
Em fé e esperança,
E quando dizes gosto de ti
Toco uma estrela, um cometa
De luz celeste,
Desprendo-me do real
Tudo faz mais sentido
Quando estás comigo
E os meus dias
Já não são mais iguais,
Assim és para mim
Filha e deusa
Pedaço de vida
Em forma divina…

João P. Fernandes


VAGUEIO I

Vagueio sobre a areia espraiada,
pelas ondas do mar marejada,
das gaivotas ouço o vozear,
em mim sinto o universo gotejar.

No âmago do mar azulado,
veio de seiva esbranquiçado.

Ah! Como o mar é belo, aquietado.

Edite Pinheiro


Indiferença


Porque choram as pedras
Quando descalça a criança
Traça o caminho que atravessa?
E porque chora o vento quando
Apressado transporta o cheiro nauseabundo a sangue?

Malditas as armas que os homens empunham
Que massacram meninos inocentes…

As lágrimas choradas
Pelas mulheres amarguradas
No pó são lama e terra manchada
E as manhãs são noites
O sol escuridão
E o céu já é chão de almas

Porque o luxo de alguns
É inveja de outros
E o ouro é dor
E sofrimento.

Choram as pedras
E o sangue não para de jorrar


Aqui, no conforto desta casa escrevo
Enquanto lá fora há gritos de dor

Sou gente
E como outros homens e mulheres não sou diferente.
Conheço alguns meninos que se magoam
E caminho na mesma calçada ensanguentada
Pela qual muitos passaram.

Não os vi,
Mas sei que ali passaram.
Voltei para casa
Mas amanhã, o seu rasto estará lá
E o vento continuará
a trazer aquele cheiro nauseabundo a indiferença.

Céu Cruz


E se o tiver a todo instante
o instante seguinte à ausência
será na saudade constante
de ter toda em mim a presença
do teu ardor tão febril
do teu olhar tão senil
desse teu jeito menino
desse defeito felino
de se enroscar no meu corpo
de me afagar feito um bobo
que amo amo e amo
todo o tempo e de novo!

KIRO MENEZES


QUERO

Quero e exijo que me respeitem agora,
Porque já, neste momento descobri que
Vou ser a minha melhor amiga, e assim
Não topar comigo mais nenhuma briga.

Chega de ser fada pra os outros e de me
Sentir a bruxa dos meus próprios contos,
Ser escada e escalada não mais consigo,
Também quero atingir o topo, meu amigo.

Eu quero simplesmente ser aceita, assim,
Grande, pequena, elegante, bonita ou feia,
Independente de qualquer aparência, pois
Pra mim o que segue valendo é a essência.

Quero simplesmente ser aceita como uma
Ninfomaníaca quando o sexo tiver nexo ou
Odiando e ficando perplexa se for só para
Satisfazer machão, forte só de complexos.

Quero dizer o que penso e o que sinto, sem
Ter que me importar se omito ou minto, pois
O que eu quero, mesmo de fato, é saber que
Nunca mais vou atrair me trair em algum ato.

Quero e não vou abrir mão a partir de agora,
De ser respeitada como gente que sente, que
Se comete enganos é porque é tão imperfeita
Como qualquer outro ser humano neste plano!

Guriadapoesia Gaúcha


VISITANDO MEU MAR

Vinte e oito de março,
Onze horas,
Céu azul abraçando a manhã linda !
Como em inúmeras vezes,
Aqui estou de novo,
Te visitando adorável mar !
Tua imensidão me seduz,
Tua beleza me maravilha,
Tua riqueza me delicia,
Tudo em ti me serena !
Em silêncio...
Vou bebendo o tempo,
Olhando para as ondas
Derramando a espuma
Que invade o areal,
Deixando desenhos moldados !
Parto...revigorado,
Saio...com pena,
Mas agradecido interiormente
Pela paz que me transmites !
Levo...
Comigo a doce recordação
De agradáveis momentos
Contigo passados !
Deixo...
A profunda admiração
Por ti meu lindo mar !
Até á próxima...

JORGE BRITES


O MEU CORAÇÃO É…

O meu coração
é uma cripta,
uma catedral,
um peixe
que rasga o oceano.

É uma máquina
queimada pelos sonhos,
uma gota de suor,
uma nuvem salgada,
uma constelação azul.

É um telhado,
uma árvore,
uma equação.

O meu coração
é papel,
é tinta,
é terra que anoitece.

É uma raiz,
um ponto de exclamação,
um ninho,
um calendário com doze páginas.

É um relógio sem ponteiros,
uma máquina fotográfica,
um tubo de néon.

O meu coração
é a caneta
que te escreve,
o pincel
que te pinta,
a mão
que que te aperta a mão…

É a foz
onde desaguam as tuas lágrimas.

© Francisco Valverde Arsénio


Pegadas no destino.

Estou sozinha.
estou a ti esperar,
neste mundo...
sem lados e sem chão,
tenho calor no corpo,
e minha voz,
está em desassossego,
quer lhe falar,
da saudade que deixei,
e do amor que levei,
ouça minha súplica,
venha amor!
deixe de peleja,
dê-me tuas mãos.
E seguiremos juntos,
deixando pegadas,
no destino.

Deusa orquídea

Mar à Tona em poesia

Ecos da Imprensa Poveira
Eu que estive ali
Só vos posso dizer
Foi bom o que lá senti
Valeu a pena o vos ir ver
E convosco conviver

A Póvoa engalanou-se
Para receber alguns amigos
E o seu Mar dissipou-se
Com os poemas ali vertidos

Revi muitos dos meus amigos
Que se dedicam à Poesia
Dei-lhes abreijos sentidos
Foi para mim grande alegria

Que os Saraus Poéticos sejam sempre assim
Com a introdução dessa componente escolar
Suas interpretações deram alegria não só a mim
Mas a toda gente que ao Diana Bar vos foi visitar

E agora para terminar
Quero-vos dizer com alegria
Não há nada como amar
Quem bem declama a poesia…

Armindo Loureiro – 29/03/2012 – 13H45

quarta-feira, 28 de março de 2012

Os nossos Poetas


Flutuando ...

Elevo-me deste verde
que se agita
na brisa de oiro
que passa ...

... flutuo
sobre pinceladas
brancas, laranjas e violetas
de uma tela divina, 
pintada num céu alto 
tão sôfrego de azul...

... desafio a gravidade
e levito num espaço sem fim
por sobre um mapa a meus pés
distanciando-me
desta bela bola mágica
tão ténue e frágil
tão azul
quase a ponto de cegar ...

... então viajo sem tempo
a anos luz de um calendário
inimaginável
num vazio negro
de constelações
e mundos desconhecidos
à procura de Ti.

 Fátima Veloso


REVOLTA

Por que a mentira impera
A todo instante?
Se a verdade é sempre
Mais bela e mais limpa?
(Mesmo quando é doída...)
Antes uma verdade bem dita
Do que mil mentiras
Mal contadas!
E que infalivelmente serão
Um dia desmascaradas!
É... Mentiras têm vida curta!
Mas, por que ainda assim
As pessoas mentem tanto?
E tão constantemente?
A começar
Mentem até para si mesmas
(O pior dos enganos...)
Não têm tempo nem mesmo
Pra se olharem no espelho!
E continuam a mentir
Assim, descaradamente...
Isso me revolta!
Sinto tamanha tristeza
Ao ver tanta insensatez,
Que por vezes acho
Que não vou mais suportar
Viver nesse mundo sem tez,
De tantas mentiras feito,
(Mundo sujo e feio...)
Nem por mais um segundo!

Patrícia Zago


"Secreto"

Escondo-me às vezes desse verbo embrutecido
Torturado pelas falanges falantes... Inúteis
Silencio diante dessas pitorescas vontades nuas
Dos escritos ressuscitados nos livros de papel jornal

Escondo-me às vezes desse mundo judiado
Deteriorado pelas ganâncias pútridas... Do homem
Calo-me diante dessas nuances sórdidas
Das cores opacas e distorcidas pela noite

Escondo-me às vezes desse sol que repele
O fogo consumidor de mentes e pensamentos
Recolho-me à sombra de um deserto noturno
Onde os pecados foram mutilados... Decepados

Escondo-me às vezes do meu próprio eu
Castigado pelas dores incessantes... Contidas
Mergulho nesse poço de incertezas viris
Onde as respostas são apenas palavras vãs

Escondo minhas mãos e meus sonhos
Desfaleço em mares de fúria ardente
Afogo-me nas águas versificadas da poesia
E deixo uma marca indelével na face oculta da lua

Jonas R. Sanches


RASTROS DO QUE FUI

Vagante entre tantos mundos onde me perdi e me encontrei,
Procurei-me ao relento onde o amor me deixou.
Incógnita, desfilei nas avenidas do imprevisível, como ser indistinto,
Sorrateira, mendigando a mais intensa alegria que meu cerne já provou.

Ébria de incertezas, segui com o peito partido, e sem direção.
Entreguei-me a dor de ser vítima de uma fera,
Acreditei em meias verdades, deslumbrei-me ante a vaidade,
Não notei que alguns encantos era a mais pura quimera.

Mas extraí de desejos guardados,
A seiva da própria alma, doces gotas de esperança.
Abdiquei do desengano, olhei a luz pela janela,
Senti a vida renascer feito criança.

Não retrocedi. Não poderia. Segui por outras veredas,
Parti em busca daquela felicidade que sempre esteve em minhas mãos.
Reinventando-me a cada senda, hoje sigo como um ser sozinho...
Em constante mutação, vou deixando rastros do que fui pelo caminho.

 Gil Façanha


Sombra e insónia

Sem rumo eu percorri
Os mapas da minha insónia.
Encontrei nos desencontros
Os encontros verdadeiros,
Sementes do acaso…
Espaços eu preenchi
Com lacunas de vivências
Vividas a meio viver.
A reviver despertei
Fragrâncias oriundas
De frémito de amor
Profundo.
Na margem da penumbra
Onde a luz rareia o brilho,
Onde tudo é indizível,
Eu estou aqui ausente
Na acção do dia a dia
Onde tudo é movimento.
As cadeias que me prendem
São as portas e amanhã,
Janela de escuridão…
Na busca da perfeição
As imagens definidas
Pelos passos do destino,
São a luta bem feroz
De encontrar
Fragmentos
Invisíveis
De alma estilhaçada.

Fátima Custódio


Porque

Porque aceito
serenamente
o outono que vai colorindo
a tela dos meus dias,
em que se imprimem
já mais ontens que amanhãs,
porque não ouso
perder outro tempo
do que o tempo
que não volta a transbordar
dos sonhos não sonhados,
digo-te hoje,
com o mesmo desejo
que me agitava os sentidos
quando desnudei
pela primeira vez
a minha vontade de ti:
QUERO-TE!

© Rita Pais


"Eu, doce pecado"

Fel que te amarga a boca
trava-te a língua
silêncio vigiado
razão tua ...
... impiedosa amiga
vigias teus pudores
desejos que escorrem
incontidos pelos dedos
palavras que falam
gritam, sussurram
eu, deslizando
em ti, pelos poros
negada, expulsa
nesta ausência muda
intensa(mente)
presente, sentida
segredada em ti
teu amargo
doce pecado
calado em si
Você? amado
sempre por mim
amor revelado
nu, atado ...
... enlaçado, unidos
no ... Fim!

(Kátia de Souza)


VESTINDO SENTIMENTOS

Hoje coloco a minha roupa mais bonita
e visto as palavras de paixão
hoje sou para ti
aquilo que não consigo ser para mim
E volteio em sentimentos
rodopio em frases feitas
mas tão cheias de sentido
aquele sentido tantas vezes escrito
mas nunca pronunciado

aquele desejo acalentado
e sempre amordaçado

Visto-as com o calor da noite
e a centelha do desejo
incarnado na pele e sedento da tua
embrulhados em estrelas que não fazem
que cintilar e ainda avolumar o que sinto

Visto-as como quem veste uma seda
ou um cetim
como quem escorrega na boca as palavras
que se querem sussurradas
e mimadas
e escondidas de olhares indiscretos

Hoje visto as palavras de sedução
e esgueiro-me na tua cama
fica até à tua cabeceira
apenas te vendo dormir
se preciso for

Mas hoje nem tu nem Deus
me afastam de ficar junto de ti
porque as palavras essas
vestiram-se de paixão
e o corpo esse...arde no inferno...
mas por ti...

São Reis 


Eu preciso aprender a viver sem ti!

Eu preciso aprender a viver sem ti,
Saber como te esquecer, sem querer,
Se o coração diz: não quero te perder,
Sem perceber, o quanto já te perdi!

Eu preciso aprender a viver sem ti,
Viver sem querer te esquecer,
Pois de outra forma seria morrer,
Morrer em vida se não estás aqui!

Eu preciso aprender a viver sem ti,
Correr dessa solidão, em mim a doer,
Que sinto assim, se fico sem te ver!

Eu preciso aprender a viver sem ti,
Mesmo que eu minta para meu ser,
Sim, é contigo que eu quero renascer!

© SOL Figueiredo




segunda-feira, 26 de março de 2012

Os nossos poetas


Jardins da vida

Velas abertas,
soltas ao vento
deslizam suaves,
pelo mar de flores.
Multicores,
perfumes mil,
espalhados pela brisa
no céu anil.

Ondas verdes,
gramíneas diversas,
enfeitam jardins enriquecem praças,
ornamentam vidas.

E, ao cair da tarde,
pisca- pisca divinos,
vem iluminar os caminhos.
Jardins da vida,
abrilhantam os dias
alegram o viver,
trazendo beleza e
deixando alegria.

Rosana Mitraud


Mar, meu companheiro

Quando se faz vazio, o meu pensamento
E a minha vontade se perde na solidão do silêncio,
É junto de ti, mar, que encontro a serenidade!

Vagueia o meu olhar, sobre o teu dorso
E fascinado pelo reflexo do sol nas tuas águas
Sorrio-me no teu ondular!

Leva os meus anseios, nas tuas marés descendentes
E traz-me a paz e a felicidade,
Abraçada nas tuas ondas,
Que se vêm espreguiçar na areia dourada,
Em caricias refrescantes de alva espuma
E que me acalmam pelos cheiros da maresia!

E és tu mar, imensidão de segredos por desvendar,
Que tanto tens a doçura do teu murmurar
E nos delicias nos prazeres em ti,
Como tens a agressividade da tua revolta,
Transformas-te em monstro assustador,
Que tudo destróis e arrastas na tua vontade!

Mas, para mim, mar...
Que te confundo no horizonte com o céu, 
Quero-te sereno e companheiro, 
Nos meus momentos de solidão.

José Carlos Moutinho


A SAUDADE

É na hora mais tardia
Que vive a minha
Sede de busca, 
A minha fome de afeto,
A dor que a saudade
Do tempo
Marca em cada bocado de pele
Deste corpo renascido
A cada acordar.

Paula Amaro


Toda essa honrada esperança 
Ruirá na ardósia do tempo, 
E destroçará o inverno 
Que vocifera a teus pés. 

Se bem que ardam os altares apaixonantes, 
Todas as noites me sinto 
igual aos desconhecidos. 
Fico em mim,mas fora do corpo

Seguro a vida por desespero. 
Adulta é a noite no corpo azul. 
A claridade - Reflexos coloridos. 
Amei o amor. Amei-te mas não eras tu 
porém o fim dessa estrada sem fim
rasgou-me as asas

Íntimo rumor do mundo. 
Era uma rosa encarnada 
aberta nesse momento. 
Era uma boca fechada 
sob a mordaça de um lenço. 
Era afinal quase nada, 
e tudo parecia imenso! 

A casa perdida 
no meio do vendaval; 
imensa, a linha da vida 
no seu desenho mortal; 
imensa, na despedida,
a certeza do final. 

Era uma haste inclinada 
sob o capricho do vento. 
Era a minh'alma, dobrada, 
dentro do teu pensamento. 
Era afinal quase nada, 
e tudo parecia imenso! 

Imensa, a luz proibida, a voz diluída 
além do bem e do mal; 
imensa, por toda a vida, 
minha descrença total!

Por: Fernanda Mothé


Ontem!

Ontem queria chorar… Hoje acordei a sorrir!
Afinal faz bem os desabafos
Faz bem ter um dia de tristeza…

Depois acordo renovada de alma fresca!
E a vida cotidiana parece menos entediada…
Parece a vida renovada, pronta para a luta…
Pronta para sorrir e continuar… afinal sou normal!
Posso chorar, sangrar do coração,
Sem perder a alegria pela vida! 

Afinal a tristeza deu-se por vencida e recuou,
E sempre que ela volte, eu viro-me para ela um dia…
Assim todos os outros serão virados para a alegria!

Virados para os poemas, que me aquecem a alma…
Pois o poeta dorme acordado e sente a dormir...
Vê de olhos fechados o mundo.
Escuta as palavras por dizer...
Diz o que não está escrito...
Lê o livro por divulgar.
O poeta é atento, 
Ao dia que está por chegar… 
Sorri á tristeza para a poder afastar!
E a tristeza recua…
Para a vida ocupar o seu lugar!

Celeste Seabra


Caminhos.

Caminhos descruzados, 
Caminhos entrelaçados,
corações perdidos, amachucados.
feridos, denegridos, aniquilados!
Almas rasgadas,
almas remendadas.
almas sentidas, desnorteadas,
ressentidas.
Vidas separadas, vidas despidas
desnutridas, assassinadas!
Corações partidos, corações colados.
Corações mal amados, corações abalados!
Amores perdidos, amores desencontrados,
amores adormecidos, amores despertados!
Durezas da vida.
para as quais nunca estamos preparados!
Sofrer o duro golpe na ferida ainda por curar!
Incertezas, rudezas, asperezas
difíceis de suportar!
Amar, amar...
é vã a glória de amar!
É lentamente por dentro morrer...
...e sangrar... sangrar...

Paula Tavares


"AMOR É"

Alimento da alma...
Como o mel!

Que adoça!
Que acalma!
...Está no coração...
...Está na nossa vida...
...Não percas...Tempo!
Alimentando-te...
De mágoas!
De tristeza!
De solidão!
...Vive cada momento...
...Regando o amor...
...Como se fosse ...
Uma delicada...Flor!
Ser feliz!
Ser conrrespondido!
O amor!
...Nunca é...Perdido!
...Porque só uma vida...
...Cheia de amor...
Faz sentido!

Mila lopes