Flutuando ...
Elevo-me deste verde
que se agita
na brisa de oiro
que passa ...
... flutuo
sobre pinceladas
brancas, laranjas e violetas
de uma tela divina,
pintada num céu alto
tão sôfrego de azul...
... desafio a gravidade
e levito num espaço sem fim
por sobre um mapa a meus pés
distanciando-me
desta bela bola mágica
tão ténue e frágil
tão azul
quase a ponto de cegar ...
... então viajo sem tempo
a anos luz de um calendário
inimaginável
num vazio negro
de constelações
e mundos desconhecidos
à procura de Ti.
Elevo-me deste verde
que se agita
na brisa de oiro
que passa ...
... flutuo
sobre pinceladas
brancas, laranjas e violetas
de uma tela divina,
pintada num céu alto
tão sôfrego de azul...
... desafio a gravidade
e levito num espaço sem fim
por sobre um mapa a meus pés
distanciando-me
desta bela bola mágica
tão ténue e frágil
tão azul
quase a ponto de cegar ...
... então viajo sem tempo
a anos luz de um calendário
inimaginável
num vazio negro
de constelações
e mundos desconhecidos
à procura de Ti.
REVOLTA
Por que a mentira impera
A todo instante?
Se a verdade é sempre
Mais bela e mais limpa?
(Mesmo quando é doída...)
Antes uma verdade bem dita
Do que mil mentiras
Mal contadas!
E que infalivelmente serão
Um dia desmascaradas!
É... Mentiras têm vida curta!
Mas, por que ainda assim
As pessoas mentem tanto?
E tão constantemente?
A começar
Mentem até para si mesmas
(O pior dos enganos...)
Não têm tempo nem mesmo
Pra se olharem no espelho!
E continuam a mentir
Assim, descaradamente...
Isso me revolta!
Sinto tamanha tristeza
Ao ver tanta insensatez,
Que por vezes acho
Que não vou mais suportar
Viver nesse mundo sem tez,
De tantas mentiras feito,
(Mundo sujo e feio...)
Nem por mais um segundo!
Patrícia Zago
Por que a mentira impera
A todo instante?
Se a verdade é sempre
Mais bela e mais limpa?
(Mesmo quando é doída...)
Antes uma verdade bem dita
Do que mil mentiras
Mal contadas!
E que infalivelmente serão
Um dia desmascaradas!
É... Mentiras têm vida curta!
Mas, por que ainda assim
As pessoas mentem tanto?
E tão constantemente?
A começar
Mentem até para si mesmas
(O pior dos enganos...)
Não têm tempo nem mesmo
Pra se olharem no espelho!
E continuam a mentir
Assim, descaradamente...
Isso me revolta!
Sinto tamanha tristeza
Ao ver tanta insensatez,
Que por vezes acho
Que não vou mais suportar
Viver nesse mundo sem tez,
De tantas mentiras feito,
(Mundo sujo e feio...)
Nem por mais um segundo!
Patrícia Zago
"Secreto"
Escondo-me às vezes desse verbo embrutecido
Torturado pelas falanges falantes... Inúteis
Silencio diante dessas pitorescas vontades nuas
Dos escritos ressuscitados nos livros de papel jornal
Escondo-me às vezes desse mundo judiado
Deteriorado pelas ganâncias pútridas... Do homem
Calo-me diante dessas nuances sórdidas
Das cores opacas e distorcidas pela noite
Escondo-me às vezes desse sol que repele
O fogo consumidor de mentes e pensamentos
Recolho-me à sombra de um deserto noturno
Onde os pecados foram mutilados... Decepados
Escondo-me às vezes do meu próprio eu
Castigado pelas dores incessantes... Contidas
Mergulho nesse poço de incertezas viris
Onde as respostas são apenas palavras vãs
Escondo minhas mãos e meus sonhos
Desfaleço em mares de fúria ardente
Afogo-me nas águas versificadas da poesia
E deixo uma marca indelével na face oculta da lua
Jonas R. Sanches
Escondo-me às vezes desse verbo embrutecido
Torturado pelas falanges falantes... Inúteis
Silencio diante dessas pitorescas vontades nuas
Dos escritos ressuscitados nos livros de papel jornal
Escondo-me às vezes desse mundo judiado
Deteriorado pelas ganâncias pútridas... Do homem
Calo-me diante dessas nuances sórdidas
Das cores opacas e distorcidas pela noite
Escondo-me às vezes desse sol que repele
O fogo consumidor de mentes e pensamentos
Recolho-me à sombra de um deserto noturno
Onde os pecados foram mutilados... Decepados
Escondo-me às vezes do meu próprio eu
Castigado pelas dores incessantes... Contidas
Mergulho nesse poço de incertezas viris
Onde as respostas são apenas palavras vãs
Escondo minhas mãos e meus sonhos
Desfaleço em mares de fúria ardente
Afogo-me nas águas versificadas da poesia
E deixo uma marca indelével na face oculta da lua
Jonas R. Sanches
RASTROS DO QUE FUI
Vagante entre tantos mundos onde me perdi e me encontrei,
Procurei-me ao relento onde o amor me deixou.
Incógnita, desfilei nas avenidas do imprevisível, como ser indistinto,
Sorrateira, mendigando a mais intensa alegria que meu cerne já provou.
Ébria de incertezas, segui com o peito partido, e sem direção.
Entreguei-me a dor de ser vítima de uma fera,
Acreditei em meias verdades, deslumbrei-me ante a vaidade,
Não notei que alguns encantos era a mais pura quimera.
Mas extraí de desejos guardados,
A seiva da própria alma, doces gotas de esperança.
Abdiquei do desengano, olhei a luz pela janela,
Senti a vida renascer feito criança.
Não retrocedi. Não poderia. Segui por outras veredas,
Parti em busca daquela felicidade que sempre esteve em minhas mãos.
Reinventando-me a cada senda, hoje sigo como um ser sozinho...
Em constante mutação, vou deixando rastros do que fui pelo caminho.
Gil Façanha
Vagante entre tantos mundos onde me perdi e me encontrei,
Procurei-me ao relento onde o amor me deixou.
Incógnita, desfilei nas avenidas do imprevisível, como ser indistinto,
Sorrateira, mendigando a mais intensa alegria que meu cerne já provou.
Ébria de incertezas, segui com o peito partido, e sem direção.
Entreguei-me a dor de ser vítima de uma fera,
Acreditei em meias verdades, deslumbrei-me ante a vaidade,
Não notei que alguns encantos era a mais pura quimera.
Mas extraí de desejos guardados,
A seiva da própria alma, doces gotas de esperança.
Abdiquei do desengano, olhei a luz pela janela,
Senti a vida renascer feito criança.
Não retrocedi. Não poderia. Segui por outras veredas,
Parti em busca daquela felicidade que sempre esteve em minhas mãos.
Reinventando-me a cada senda, hoje sigo como um ser sozinho...
Em constante mutação, vou deixando rastros do que fui pelo caminho.
Gil Façanha
Sombra e insónia
Sem rumo eu percorri
Os mapas da minha insónia.
Encontrei nos desencontros
Os encontros verdadeiros,
Sementes do acaso…
Espaços eu preenchi
Com lacunas de vivências
Vividas a meio viver.
A reviver despertei
Fragrâncias oriundas
De frémito de amor
Profundo.
Na margem da penumbra
Onde a luz rareia o brilho,
Onde tudo é indizível,
Eu estou aqui ausente
Na acção do dia a dia
Onde tudo é movimento.
As cadeias que me prendem
São as portas e amanhã,
Janela de escuridão…
Na busca da perfeição
As imagens definidas
Pelos passos do destino,
São a luta bem feroz
De encontrar
Fragmentos
Invisíveis
De alma estilhaçada.
Fátima Custódio
Sem rumo eu percorri
Os mapas da minha insónia.
Encontrei nos desencontros
Os encontros verdadeiros,
Sementes do acaso…
Espaços eu preenchi
Com lacunas de vivências
Vividas a meio viver.
A reviver despertei
Fragrâncias oriundas
De frémito de amor
Profundo.
Na margem da penumbra
Onde a luz rareia o brilho,
Onde tudo é indizível,
Eu estou aqui ausente
Na acção do dia a dia
Onde tudo é movimento.
As cadeias que me prendem
São as portas e amanhã,
Janela de escuridão…
Na busca da perfeição
As imagens definidas
Pelos passos do destino,
São a luta bem feroz
De encontrar
Fragmentos
Invisíveis
De alma estilhaçada.
Fátima Custódio
Porque
Porque aceito
serenamente
o outono que vai colorindo
a tela dos meus dias,
em que se imprimem
já mais ontens que amanhãs,
porque não ouso
perder outro tempo
do que o tempo
que não volta a transbordar
dos sonhos não sonhados,
digo-te hoje,
com o mesmo desejo
que me agitava os sentidos
quando desnudei
pela primeira vez
a minha vontade de ti:
QUERO-TE!
© Rita Pais
Porque aceito
serenamente
o outono que vai colorindo
a tela dos meus dias,
em que se imprimem
já mais ontens que amanhãs,
porque não ouso
perder outro tempo
do que o tempo
que não volta a transbordar
dos sonhos não sonhados,
digo-te hoje,
com o mesmo desejo
que me agitava os sentidos
quando desnudei
pela primeira vez
a minha vontade de ti:
QUERO-TE!
© Rita Pais
"Eu, doce pecado"
Fel que te amarga a boca
trava-te a língua
silêncio vigiado
razão tua ...
... impiedosa amiga
vigias teus pudores
desejos que escorrem
incontidos pelos dedos
palavras que falam
gritam, sussurram
eu, deslizando
em ti, pelos poros
negada, expulsa
nesta ausência muda
intensa(mente)
presente, sentida
segredada em ti
teu amargo
doce pecado
calado em si
Você? amado
sempre por mim
amor revelado
nu, atado ...
... enlaçado, unidos
no ... Fim!
(Kátia de Souza)
Fel que te amarga a boca
trava-te a língua
silêncio vigiado
razão tua ...
... impiedosa amiga
vigias teus pudores
desejos que escorrem
incontidos pelos dedos
palavras que falam
gritam, sussurram
eu, deslizando
em ti, pelos poros
negada, expulsa
nesta ausência muda
intensa(mente)
presente, sentida
segredada em ti
teu amargo
doce pecado
calado em si
Você? amado
sempre por mim
amor revelado
nu, atado ...
... enlaçado, unidos
no ... Fim!
(Kátia de Souza)
VESTINDO SENTIMENTOS
Hoje coloco a minha roupa mais bonita
e visto as palavras de paixão
hoje sou para ti
aquilo que não consigo ser para mim
E volteio em sentimentos
rodopio em frases feitas
mas tão cheias de sentido
aquele sentido tantas vezes escrito
mas nunca pronunciado
aquele desejo acalentado
e sempre amordaçado
Visto-as com o calor da noite
e a centelha do desejo
incarnado na pele e sedento da tua
embrulhados em estrelas que não fazem
que cintilar e ainda avolumar o que sinto
Visto-as como quem veste uma seda
ou um cetim
como quem escorrega na boca as palavras
que se querem sussurradas
e mimadas
e escondidas de olhares indiscretos
Hoje visto as palavras de sedução
e esgueiro-me na tua cama
fica até à tua cabeceira
apenas te vendo dormir
se preciso for
Mas hoje nem tu nem Deus
me afastam de ficar junto de ti
porque as palavras essas
vestiram-se de paixão
e o corpo esse...arde no inferno...
mas por ti...
São Reis
Hoje coloco a minha roupa mais bonita
e visto as palavras de paixão
hoje sou para ti
aquilo que não consigo ser para mim
E volteio em sentimentos
rodopio em frases feitas
mas tão cheias de sentido
aquele sentido tantas vezes escrito
mas nunca pronunciado
aquele desejo acalentado
e sempre amordaçado
Visto-as com o calor da noite
e a centelha do desejo
incarnado na pele e sedento da tua
embrulhados em estrelas que não fazem
que cintilar e ainda avolumar o que sinto
Visto-as como quem veste uma seda
ou um cetim
como quem escorrega na boca as palavras
que se querem sussurradas
e mimadas
e escondidas de olhares indiscretos
Hoje visto as palavras de sedução
e esgueiro-me na tua cama
fica até à tua cabeceira
apenas te vendo dormir
se preciso for
Mas hoje nem tu nem Deus
me afastam de ficar junto de ti
porque as palavras essas
vestiram-se de paixão
e o corpo esse...arde no inferno...
mas por ti...
São Reis
Eu preciso aprender a viver sem ti!
Eu preciso aprender a viver sem ti,
Saber como te esquecer, sem querer,
Se o coração diz: não quero te perder,
Sem perceber, o quanto já te perdi!
Eu preciso aprender a viver sem ti,
Viver sem querer te esquecer,
Pois de outra forma seria morrer,
Morrer em vida se não estás aqui!
Eu preciso aprender a viver sem ti,
Correr dessa solidão, em mim a doer,
Que sinto assim, se fico sem te ver!
Eu preciso aprender a viver sem ti,
Mesmo que eu minta para meu ser,
Sim, é contigo que eu quero renascer!
© SOL Figueiredo
Este espaço é sempre uma festa em POESIAS.
ResponderExcluirTemos grandes poetas espalhados por este UNIVERSO... Todos exalando os melhores dos seus sentimentos...
Grande abraço