sábado, 26 de outubro de 2013

Carlos Manuel Alves Margarido

Espera 

Lugar sem lugar, 
Espero sentado. 
Sem ir sem rir.
Desfaz o tempo, o ar.
Desencontrado, encontro,
Penas poisadas.
Acanho um, desfraldo o outro.
Na ponta da flor,
Pensam dedos teus.

Ato os sapatos, tiro-te o chapéu.
Sem gravata,
Cruzo as pernas.
Guardo-te o espaço,
Consisto,
Na espera.
Sem saber onde estás.

Sou metade, sozinho, deste banco de madeira. 

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