SEI ONDE ESTÁS
Fico-me nos intervalos dos poemas
sentado nas letras e nos espaços da tua beleza
conto as sílabas com que é feito o teu nome
e as horas, esse tempo que não tem fim
em que estás ausente da vida
e não reconheces o ar silvestre que extasia o teu corpo
És fruto ainda em flor
para mim podes ser qualquer fruto, qualquer aroma
a mim não me importa se és da primavera ou do verão
ou que te escondas no voo de uma qualquer ave
eu sei onde te procurar
conheço o caminho que te tornou segredo
Eu sei como te amar mesmo que a lua não brilhe
ou cresça como as palavras em que repouso o meu último poema
junto-te às palavras
às vezes que me prendi às mágoas e te abracei sem braços
neste poema em que te construo
tu és tudo e eu o pó em que desperto
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