quarta-feira, 17 de julho de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

FUGA

Hoje! O mundo obrigou-te a fugir
Do palco onde tudo e nada acontece
De importante no usufruir e no sentir
Foges em silêncio enquanto o teu corpo adormece
Enquanto não despertas do pesadelo de estares vivo
Em conflito com as borboletas belas ancestrais
Tentas escapar à purga seletiva do invisível crivo
A que estamos sujeitos enquanto seres mortais
Senta-te hoje à sombra! De uma árvore qualquer
Foge! Daqui, para dentro de ti! Agora!
Deixa dormir a alma no ventre materno de mulher
Antes que seja tarde e o teu amor se vá embora
Hoje! Se puderes foge, foge deste mundo
Para dentro do silêncio nem que seja por um segundo.

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