quarta-feira, 17 de julho de 2013

António Montes

ROSAS DE VIME

As rosas na vitrine lá naquela banca
lindas seu feito até parecem direito
pena que o que parece nunca é jeito
em suas cores e aromas com trancas
sem sabores seus amores de defeito.

Oh rosas, hoje moderna em seu plano
vinda do petróleo plástico até oceano
ou da fazenda contenda feita de pano
rosas de cores, feita do seu desengano
tão linda sem cheiro no mundo inteiro
manuseadas mãos calejadas de fulano.

Rosa vitrine em galho vime sem amor
atura para sempre em balde ou trempe
no mundo de hoje manufaturando gente
que às vezes inocente sofre calado ah dor
vivendo doente nessa mente que mente
dimensão demente povo que não sente.

Ai se rosas caladas nunca fossem assim
no nosso mundo aqui tudo seria normal
não deturpação ou copia dimensão jovial
quem sabe se a paz existiria e seria feliz
em uma esfera que o certo sim é original.

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