quinta-feira, 13 de junho de 2013

Fábio Ferreira

Roubo na Pátria

Aqui no meu País sou emigrante
cão por seu dono abandonado;
português patriota errante
até no seu próprio Fado.

Aqui no meu País sem lar
tudo é senão fronteira;
ainda uma pátria por se achar
ou uma rasgada bandeira.

Minha Pátria é um Livro de História
no chão já velho e até esquecido;
vivendo à sombra de um antigo reino de glória
com um Rosto de Povo na bruma perdido.

- Eu poeta, canto á minha Pátria amada
de noite e de dia,
com a alma desesperada
sentindo-a numa tormenta de agonia.

Pois na minha Pátria há corvos negros de traição
que comem todo o trigo guardado no celeiro
com que se faria o Pão
para alimentar um Povo inteiro. 

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