quinta-feira, 13 de junho de 2013

António Montes

É OUTRO DIA

Eu queria lhe dar um beijo amanhã
um dia que quase já é chegado
basta um pedaço de noite, um sono
depois um alvorecer um salto no divã
um acordar para a luz, e já é amanhã.

O amanhã chegado depois de uma noite
que foi carregada de muita neblina
noivos fugindo com a sua doce menina
na qual se esconde namorados afoite
visto pelos olhos da coruja lá de cima.

Essa noite coberta com o senhor medo
e o segredo sendo expandido sobre ela
um assovio na porta ou lá da cancela
disparo de um coração por um enredo
e o lençol da lua sempre linda e bela.

À noite logo após o senhor crepúsculo
que sempre pensa nesse pensar meu
todo o eu simples pensamento do amar
no empurrar do amor para o sentimento
duas lágrimas no meu rosto começa a rolar.

No amanhã já se faz já é outro dia
chove e vejo a chuva molhar a solidão
flecha da saudade fere o meu coração
eu olho o horizonte e me da agonia
por ser atropelado por essa paixão.

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