quarta-feira, 26 de junho de 2013

Agostinho Borges de Carvalho

Olhos trigueiros

O corpo vai baloiçando,
coxas belas,
falas acaloradas
e excitam-se teus gestos.
Um leve esvoaçar de vento
e a brisa na pele.
E a tarde sulca
seu devorar
de rugas e lilazes
neste desvanecer temporal.
Vou sentindo teu protesto
pois aves,planando alto,
circulam teu corpo/sexo.
Mas os que estão alegres
são corruptos.
Sociedade coesa,
sem falsa verdade
nem maldade.
A felicidade é uma procura.
São destemidos os heróis
que atravessam o cais
sem chorar.
Salvam-se com a doçura de
teu olhar enfeitiçado.
teu pulsar é o destino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário