quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013




MULHER
Tu és o mel celeste que adocica os seres
Sedentos e impotentes que ante a tua essência
Curvam-se com ternura e prestam reverência
A essa amada diva e seus vastos poderes.
Teu corpo é luz divina que me acende a chama
E o meu é o capacho da tua emoção
Vivendo nessa tão feliz submissão
Minha’alma te procura, se cura e te ama.
Que Deus te guarde a vida e te afaste a morte
E aquele que já teve a invejável sorte
De violar o hímen do teu coração
Será recompensado pelo teu carinho
Enquanto eu seguirei te amando, mas sozinho,
Sem deixar que ninguém descubra essa paixão!
Nizardo Wanderley




Amy Dine
Lice Duarte
Linda doçura de gosto refinado
embelezas minha estrada, o meu caminho
com teus leves "insistes" amalgamados
de amor, de ternura e de carinho.
Tuas palavras acariciam o meu ego,
teus versos me revelam o lado lindo,
tua sutileza me envolve e me desprego
das amarras da vida e do destino.
Pena não poder todo dia estar contigo
trocando nossos versos e desatinos,
mas saiba que tens aqui um ser amado
Para fazer valer teus sonhos lindos...



Elder Prior



POEIRA NO VENTO
Sopra o vento em meu corpo cansado,
Espalhando minha poeira para todo lado,
Sinto-me em vários lugares ao mesmo tempo,
Procurando sentir em vão um momento.
O meu pó vai passando pelo mundo sem volta,
Num caminho infinito que das coisas se solta,
E o vento castiga os pensamentos que se agarram,
Nos momentos, achando que de laços eternos se amarram.
As migalhas de mim ficam no caminho da vida,
Alimentando aqueles que nesta trilha buscam a saída,
Minhas sementes que um dia em árvores, serão,
O pó soprado do que um dia fui, e que virão.
Sopra o vento afagando meus cabelos cansados,
Onde a poeira do tempo conta seus grãos movimentados,
Nas mãos do Tempo a ampulheta exagera em viajar,
Já não anda, não corre. Em Pégasos está a cavalgar.
A poeira no vento leva aquilo que de mim resta,
Para que os pombos da praça façam festa,
E no tempo que carrega a vida do mundo,
Está apenas aquilo que de mim era mais profundo.




Momentos
Quando a noite vem e o dia escurece, preciso de ti
Preciso do calor do teu olhar, das tuas palavras
Saber que estás presente, que estás aqui
Recuperar aqueles momentos 
Que eu parti e que tu não estavas
Preciso dizer que te amo e do teu sorriso
Do prateado dos teus cabelos, do teu perfume
Dar-te tudo aquilo que desejas e que eu preciso
Que sorrias e me faças sorrir no meu queixume
Quando a noite adormecer a nossa cidade
Que a tua voz ecoe no meu silêncio louco 
Que tu sejas a razão da minha verdade
Que ela regresse a mim pouco a pouco
Preciso ver aquela casinha perdida no tempo 
Silhueta escondida no lado negro da lua
Da porta velhinha, por onde entrava o vento
Da minha ansiedade procurando a tua
Desse olhar de planície teimosamente escondido
Detrás das tuas mãos de menina camponesa
Improvisado biombo por ti escolhido
Escondendo de um amor tanta incerteza
Preciso de reviver cada momento
Cada sombra esquecida e nua 
Cada maré não navegada, cada vento
Cada estrela perdida na minha rua
Preciso do calor do teu olhar, das tuas palavras
Preciso rever tudo, bom e mau que há em mim 
Momentos, em que eu parti e tu não estavas
Quando a noite vem e o dia escurece, preciso de ti
Jorge Caraça

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