segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013



A vida arbórea!

Uma árvore no universo
Que dá muito que falar
Eu dela nunca me esqueço
Foi a árvore que me quis dar
Há quem esteja desenraizado
Da sua árvore genealógica
E eu fico deveras obcecado
Pois isso para mim não tem lógica
Somos criados da mesma maneira
Debaixo da alçada dos pais
E para mim é uma grande asneira
Se os deixamos sós em qualquer cais
Temos que lhe retribuir o amor
Que eles nos foram transferindo
Às vezes sabe-se lá com que dor
Nesse amor que foram sentindo
E agora que estão velhinhos
Muitos de nós nos esquecemos
Que eles nos deram seus carinhos
E da sua boca também comemos
Tiraram tudo para nos dar
Fazendo das tripas coração
Jamais isso irei olvidar
Agradeço-lhes darem-me o pão
Foram zelosos com os filhos
Às meras asneiras fecharam os olhos
Perdoaram-lhes todos os cadilhos
Ultrapassaram todos os escolhos

Armindo Loureiro – 11/02/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário