sábado, 13 de outubro de 2012

APENAS TU…

A tua maneira diferente de ser
O teu modo de dizeres, penso em ti
O meu modo desajeitado, tímido, de me desejares

A forma obscena de me amares
A criança que tens num corpo de mulher
Como me sentes, como me queres, como me desejas
O teu jeito leve, simples, puro de sentires o que te rodeia
Ingenuidade que não te deixa ver o que te rodeia
Matreira, sentes tudo o que te envolve
Perdes-te em sentimentos 
Alimentas-te de emoções, de desejos
Anseias apenas por ser amada, medo de sofrer
Olho para a tua a tua imagem no meu pensamento
Corpo nu, desnudado nos buracos da rede que te cobre
Deixa adivinhar os traços com que te esculpiram
Qual deusa do Olimpo, Deusa grega do Amor
Do desejo, da loucura da entrega total
A irreverência que te move, apenas te destaca
No meio da multidão, que se movimenta, atropelam-se
Surge a tua imagem, ao fundo, no meio de nada
Indiferente a quem passa, a quem te rodeia, apenas tu
Única, diferente, rebelde, fiel a ti, á tua Alma
Luz no meio do silêncio de luzes
Gritos abafados, gemidos profundos
Resultado de ti, da tua entrega total em seres quem és
Recusa apenas de te envolveres no meio de sombras
Sombras que se perdem no meio da Luz
Sombras que teimam em se acercar de ti
Sombras que jazem a teus pés
Luz que tu derramas….

Carlos Fonseca




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