Eras um rosto de ilusão
imerso num mundo de cristal.
Qualquer tempestade seria
a morte do sonho mais suspirado.
Mas a madrugada trouxe o beijo,
um beijo de rosto incógnito.
Enfim esse príncipe d’oiro,
motivo de tantos anseios,
rasgara a bruma do tempo
e esventrara mil dragões
para justamente reclamar
o mais justo dos prémios:
os teus olhos de céu profundo.
Da torre do alvo castelo
sorriste como as flores
e teus cabelos de palha
lançaste ao intrépido conquistador.
Confiante ascendeu
e em teus tímidos braços
encontrou as lágrimas da vitória.
Não mais as noites
seriam horas de lamentos
e solidões.
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