sábado, 26 de outubro de 2013

Emília Maria

Novo amor

É uma alma errante que calcorreia caminhos outrora suaves e apetecidos.
O verde aguça-lhe os sentimentos,
das palavras ditas nos lencóis do amor.
Ali, onde o sol espreita por entre árvores cerradas, a felicidade um dia aconteceu...o banquete da paixão.
Segredos murmurados, beijos demorados, olhares afortunados....
como este lugar secreto e selvagem só lhe evoca recordações dum manjar de emoções!
Uma alma errante que vagueia nas margens dum passado a esquecer,
outra vida, outro amor anseia viver.
A clorofila adoça-lhe os sentidos,
as giestas abrem-se de odor,
o sol espalha-se em redor.
E segue o caminho bordejado de esperanças,
pois para trás adormecem as lembranças.
Colhe romãs,
rubras como o sangue que lhe pulsa nas veias.
Não se aprisiona num passado que foi doce,
um banquete inesquecível..., mas colhe ramos verdes dum futuro promissor,
quente, sonhador, abrasador.
Um futuro com amor renovado, perfumado,
inovador.

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