domingo, 6 de outubro de 2013

Margarida Sorribas

A esperança não é só verde Num horizonte plantado de urzes brancas habita a minha esperança trémula. Não entendo porque não dorme e beija sem parar as virgindades de um mundo novo que um vento louco lhe prometeu. Teimosamente, continua a vestir-se de verde como se fosse o verde a sua única cor. Neste dia, em que resolvi apagar o sol e a vida me dói, quero ficar aqui sozinha, fechada no meu silêncio, para que os fantasmas do mundo não me perturbem e os uivos do vento louco não me quebrem mais galhos cheios de seiva e de frutos maduros e mel. A minha esperança? Hoje, por mais que ela chore, hei-de vesti-la do mais belo roxo. Só sairei daqui quando desabrocharem as flores ...

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