domingo, 20 de outubro de 2013

Manuel Manços Assunção Pedro

ILUSÃO

Num dossel de desejos remoçados,
suspiros dos teus lábios, vão-se abrindo!
Os delírios que escuto, demorados,
são segredos que os corpos vão urdindo.

Os anseios, se abraçam, redobrados,
de prazer, foram suaves, flectindo.
Teus seios, são dois livros folheados,
que no auge do prazer fui resumindo.

Há idílios espalhados pelo chão,
os frutos do clamor duma paixão
que os desejos afagam docemente.

E, lá fora, nos braços da neblina,
Há duendes que se amam numa esquina,
vão correndo p’los prados, livremente.

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