domingo, 20 de outubro de 2013

Paula Marques

Destino delineado

Não sei como sentes a vida em ti.
Não sei se a vês como eu.
Terei provavelmente uma visão mais holística,
Menos conformista
E mais arriscada.

Não sei.

Sei que raramente me acomodo
Ou que me deixo iludir.
Sei que raramente me vitimizo
Ou que me permito cair.

Tenho cá dentro
Um pulsar agitado,
De certo modo apaziguado
Pela força do porvir…

Sabes:
Nem sei bem como te dizer,
Como te fazer crer
Que eu acredito num destino delineado,
Uma espécie de diamante bruto
Que é por nós lapidado…

Sabes:
Às vezes,
Sem conseguir definir,
Eu sinto o que está por chegar.
E por mais que eu queria fazer,
Por mais voltas que eu lhe queira dar
E por maior que seja a minha negação,
Fica sempre uma porta entreaberta
Ou uma janela mal fechada…

É nessas frinchas de quase nada
Que o porvir
Vestido de força incontrolada
Entra e se manifesta.

Nasce a lógica feita de aparente caos
E define-se o indefinido.
Ganha voz o destino delineado
E cresce a alma de quem o deixa falar…

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