quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Celeste Leite

UM RAIO DE LUZ

Constrói-se castelos de fios dourados com coragem, 
Enquanto a esperança se ergue na claridade do dia,
E este amor tão louco, tão estranho, despertando a alma.
Como um sonho limpo, puro, na noite calma.
Vai abrindo o seio da terra, a um anjo de luz.
Sonho alegria, enquanto a verdade intimida o meu sorriso
E vejo cair granito numa tarde de Setembro.
Já não me lembro se me queres ou se me esqueces
Se me amas, se me inventas, ou se me adormeces.
Deus colocou uma defesa no sol com o teu olhar,
Deus fez a terra e o mar para eu contemplar.
Meu amor,
À beira mar, eu nado desprendida, do mundo.
Apenas os braços do vento me apara a descida.
Meu amor,
Grita com a tua voz baixinha de viajante errante,
Palavras tecendo um tapete verdejante
Soltando expressões nos clarões esvoaçantes de penas.

Mas nos recantos nus, da minha mente,
São baladas surdas, que eu ainda ouço, apenas.

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