quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Maria Nóbrega

No rumo das palavras que perderam o sentido 
adormece o verbo sem origem
e na linguagem que pronuncio 
não há certeza nos sons que me adormecem na garganta
Soltam-se debates interiores
libertam-se monólogos infindáveis...
cheios de razões
plenos de anseios
sufocando-me pelo tempo em que não alcancei o choro…

Mas faço-me firmeza
E apenas cedo àquela penosa gota
que decide rebolar-se pelo meu rosto
trazendo com ela uma dose apurada de sal
E o meu tempo corre em seu contratempo
Corre em desarmonia com o vento…
Para depois amanhecer mais forte
…e o meu caminho segue, como as estações dos homens
inundado de sóis e muitas lágrimas
dos quais cultivo novas manhãs,
e sonho alturas, contando estrelas...

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