O teu corpo espelhava naquela água prateada, embelezado com nimbos de algodão vindos do céu azul
de início de Verão! O teu corpo, com porte de garça, espelhava na água parada onde se reflectiam também
os destroços de uma velha barcaça….
Contemplava-te de um campo de erva seca a uma certa distância…
Qualquer teu pequeno passo fazia o espelho de água quieto, ondular, e teu corpo dançar com elegância…
Beleza que só se encontra nas coisas simples da Natureza…com a sua subtileza!
Fotografei-te sem saberes no meio de toda aquela atenção…
Aproximei-me de ti lentamente já sem sapatos, calças arregaçadas e muito amor no coração…
Olhei de frente para os teus olhos, onde vi reflectidos os meus…Abracei-te…Beijei-te…
E o espelho de água tornou a bailar, mas agora ao ritmo dos nossos movimentos, sendo desta vez a dança,
uma valsa a dois, cujo ritmo era ditado pelos nossos sentimentos, que a Natureza presenciou … depois!...
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