sábado, 24 de agosto de 2013

Margarida Sorribas

ERVAS DANINHAS

Às cinco horas da madrugada 
plantavam ervas daninhas dentro de mim!
Mas o que é isto? Orvalho da noite
ou lágrimas de mim?
Lágrimas serão talvez, sim,
porque a raiva e a revolta eram tantas
mas às cinco horas da madrugada, arranco
com um grito que rasga a noite a doer,
todas as ervas daninhas de dentro de mim.
Deixem-me continuar a ser eu! Roseira brava,
campesina, com rosas de humildade todas perfumadas
nascida da seara dos meus versos todos em flor,
entrelaçando-se na trepadeira dos meus abraços
crescendo viçosa neste peito que só sabe falar de Amor.

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