sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Margarida Cimbolini

Nasci rio virei serpente

Saí daquela nascente
onde meu nome era andorinha
me encheram de pedra de cal
me encheram de vento
de amor de bem e de mal
depressa me tornei rio
correndo rápido ou lento
em mim cresceu o calor
pernoitou o frio
e sendo água corrente
em mim se lavou o cio
em breve era vertente
cascata paisagem gente

e me tornei mar
passeio de navio

cresci eterno omnipotente

pessoas me orando na frente

poeta tecendo elogio

corpo alma ente

abrigo de peixe mágico serpente

e meu nome era andorinha saindo da nascente...

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