quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Manuel Manços Assunção Pedro

QUEM SOU?

Quem sou? Talvez água presa num açude, 
o mítico sussurro dos montados,
a força, o sangue, no sulco dos arados?
Sou filho da planície nobre e rude!

Esta sede de infinito não me ilude!
Vivo na terra dos sonhos doirados!
Sou nobre e senhor, desço aos povoados,
onde tudo é Nobre e Senhor, amiúde.

Trago no peito herança moirama.
Minha tez morena rejubila e clama,
meu alfanje antigo já é lusitano.

Sou tão criança como o sol nascente!
Tão velho e triste como o sol poente,
o eco de ti próprio, Alentejano!

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