Lagos mansos
Tenho nos meus olhos
Imensos lagos
Águas turvas que correm
Continuas sem findar.
As minhas lágrimas abandonadas
Vão correndo sem sentido
E fazendo poças completas
Nas minhas mãos delgadas…
Vão regando os silêncios
Dolorosos das madrugadas.
Na minha boca fontes
De poemas latentes
Sustentam o céu vago e frio.
A seiva pálida e suspensa
Dos meus lábios delicados
Embriagam a solidão severa
Dos meus olhos olvidados.
Afogo o meu rosto dorido
Na desolação das minhas mãos
Cegas e perdidas.
Por fim adormeço na incerteza…
E no frio dos meus braços
Inertes e esquecidos…
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