Resta-me o toque, a sensação do toque.
Tocar em nada como quem toca o teu corpo,
a tua pele que descansou na minha cama
uma qualquer noite apagada do tempo.
É de noite que mais te toco, que mais inspiro
o teu cheiro, que mais te saboreio como quem
respira partes de ti e nelas se sufoca e delas
sobrevive até ao amanhecer – quando o sonho
se fecha e as minhas mãos nada têm para tocar.
Tocar o vazio como quem toca o nada é morrer
aos bocados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário