quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Manuel Manços Assunção Pedro


EU NÃO SEI

Eu não sei porque os teus versos são assim,
bálsamo perfeito para tantas feridas…
São belas flores que tens no teu jardim,
o Consolo e a paz das almas perdidas.

São a sombra amiga que passa por mim,
aliviam meus pesos em dura subida,
nas tardes de estio, de calor sem fim,
a eterna saudade numa despedida.

Eu não sei porque os teus versos são cantatas,
relicários que venero, em serenatas,
e canto o “meu fado” em belas Catedrais.

Deixa-me beber deles, água duma fonte
Abraçando o mundo, tendo ali defronte
A luz da razão em justos madrigais.

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