Manuel Manços Assunção Pedro
EU NÃO SEI
Eu não sei porque os teus versos são assim,
bálsamo perfeito para tantas feridas…
São belas flores que tens no teu jardim,
o Consolo e a paz das almas perdidas.
São a sombra amiga que passa por mim,
aliviam meus pesos em dura subida,
nas tardes de estio, de calor sem fim,
a eterna saudade numa despedida.
Eu não sei porque os teus versos são cantatas,
relicários que venero, em serenatas,
e canto o “meu fado” em belas Catedrais.
Deixa-me beber deles, água duma fonte
Abraçando o mundo, tendo ali defronte
A luz da razão em justos madrigais.
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