domingo, 25 de agosto de 2013

Auber Fioravante Júnior

Sinfonia pelo Tempo


Há uma sinfonia 
Muito particular em tudo partilhado, 
Em palavras ou no vazio do silente,
Tudo renova-se e uma nova melodia
Abre o dia, traz a lua ou chuva em poesia!

Pela janela as calçadas úmidas
Refletem o amarelo das luzes,
O canto tímido dos pássaros num abrigo,
Um desejo espelhando-se pelo coração
Pulsando por um beijo, um retrato amor!

Chuva... Ah, divina chuva!
Gostas que alimentam a terra, trazem a flor,
A canção em torpor do corpo roupagem jasmim,
Bem querer na esperança e na sensação
De estar no abraço guardado, no ósculo roubado!

Como neon d’oura as poças d’agua
Dando brilho um tanto especial,
A cada verso que urge do peito aberto,
Do afago secreto, idílico, repleto de saudade,
Deslizando também no pranto pelo seio solidão!

Chuva... Oh, quimera chuva!
Deságue pelos canteiros d’onde
A semente semeei e o amor, colhi!

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