terça-feira, 9 de julho de 2013

Fernanda Lopes

Poema

Cada poema que escrevo
é um sonho, que nasce 
no que há
de mais profundo
do meu ser

e cada um deles
sou eu mesma a renascer
num desafio de vida, que aceito,
no compasso do meu passo
e no bater que sinto no peito
projeto que não deixo desfeito

pode ser uma cantiga antiga,
um amor, um sentimento,
uma pintura abstrata
ou uma fotografia
numa moldura de prata
que toda a vida quis ter,
sem nunca perceber
um sonho
que tem
seguramente
razão de ser

Cada poema que escrevo
é um sonho de criança,
de adolescente
precocemente
mulher,
crescida em tamanho
com discurso inocente,

Cada poema que escrevo
é um capitulo da história
de um reinado irreal
de guerreiros do bem
e os outros do mal,
que a memória não esquece
recorda e silencia
no primeiro segundo
que clareia o dia,

É de noite no escuro
que o sonho se amplia

Cada poema que escrevo
É vontade sem idade
De querer ser
o que ainda não sou

Entretanto,
Enquanto
escrevo
sou eu mesma
em construção! 

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