quarta-feira, 26 de junho de 2013

Telma Estevao

Palavras

As palavras que lês
Crescem em solo fecundo
Pintam uma tela virgem
Despertam pensamentos verdes
E acordam sensações à flor do ouvido
Das quais me inundo

Nas minhas mãos distraídas
agitam e arqueiam a brisa.

As palavras que descobres
Desabrocham, florescem
Pousam gotas de poesia
Invisíveis e deliciosas
Emanam e vibram sussurros vagos.

Os meus lábios húmidos
Vozeiam acordes sem sentido
E nas agitadas pupilas ateiam o teu olhar
Brilhante e fresco.

As palavras que lês
Desfloram melodias infinitas…gelo e fogo…

Punidas latejam no ventre da minha folha.

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