terça-feira, 4 de junho de 2013

Manuela Bulcão

Restou o nada…

Apagou-se o brilho dos meus olhos
e o cansaço tolheu-me as pernas,
perdi esperança dos meus passos
na palidez dos teus abraços
enforquei a tristeza nos meus ombros
e agora vesgueio, nesta vida de escombros.

Vou encerrar estrada do coração
e cortar a variante da contradição
cansei-me da fugidia contra-mão
onde todos apregoam uma falsa razão,
apenas resta as migalhas da resignação.

Porque… estou cansada…
desta vida…embalsamada
onde até a insónia está desgastada
do prazer fui enteada e agora...não sou nada.

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