domingo, 16 de junho de 2013

Cláudio Carmo

ENCANTOS DA NOITE

Sentado a mesa de um bar.
Terno de linho engomado.
Os pares bebem o amor perdido.
Quiçá, talvez incompreendido.

Na algazarra, os rumores.
Choros enclausurados.
Canções silenciosamente doídas.
Lamentos amontoados.

Palavras de amor, de desejo.
Do sonho que outrora fora perdido.
Dos desatinos da mocidade.
Pena, lá se foram os lascivos lábios.

Mulheres ardentes, abraços quentes.
Horas de deleite, de grandes prazeres.
Chega o instante do último gole.
Não há mais tempo disponível.

Na descida da ladeira.
Apoiado entre as portas de madeira.
Vai o balanço de um amor a deriva.
Apenas na mente os encantos da noite.

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