sábado, 8 de junho de 2013

Auber Fioravante Júnior

Janelas da Alma

D’uma estrofe caleidoscópica
Soltou-se um verbo, em Vênus encastelou-se 
Pintando assim de sentimento, todo verso,
Todo anverso marcado de breu...
Um sentir quase meu!

Do lado melodioso da lua
A palavra vestida de jardim... Ah, alma
Em janelas abertas preitos e sussurros
D’um lábio rubro coração... Âmago
É como se canta, canção!

A cidade se encouraça pela noite
Caindo fria e outonal, como a folha abrigando
O que as estrelas dizem pelo silêncio das brumas,
Cobrindo de cerração, doando-se em penumbra
Para a escrita e a passagem da vivência!

Na pauta, notas e notas em essência, solidão,
D’um prelúdio regido e interpretado pelo amor!

Diário de bordo, alquimia, quimeras
Flutuando pelos dizeres do outrem, ósculos
Falando por si, avessos em torpores, ventos
Adentrando pela madrugada, lousa morada
Ao corpo desnudo, devaneios sedução!

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