domingo, 2 de junho de 2013

Auber Fioravante Junior

Versos de uma Noite Fria
Auber Fioravante Júnior

Por esta noite sem estrelas, sem luar 
Ressalta-se do sereno o agudo 
Do grilo cantante, o orvalho choroso
A palavra entristecida que se transcende
Em verso versejado, avesso calado!

Da conjunção do outrem,
Sois se raiam, crepúsculos reluzem sob o mar
D’onde também luas se mesclam entregam-se
Ao parnasianismo do olhar aspirados das flores,
Das fontes oriundas da saudade, do estreito sentir!

Velo novelo pelas teclas do marfim,
Épicas navegantes das belas marés
Dos silvos quase celestes, um brinde
Ao quadrilátero dos ventos cantantes,
A sede é de poesia vide alma melancolia!

Pois exclama o clarim assim dos afins,
Enfim, um poema de amor a uma vida de amar!

Da esperança um doce mistério
Revela-se, se mostra nos ébrios do reverso
Abrigado ao silêncio de uma madrugada fria,
Embora bordada de solidão se fazia brilhante
Junto aos instrumentos de toda a escrita!

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