quinta-feira, 9 de maio de 2013

Margarida Cimbolini

SONHOS

Sonhos que brilham no tempo
cada um de sua vez
passam vidas
e nas dobras dos anos
sobrevivem outra vez
são muitos os contos
cada um tem seu recanto
cada um aventa um canto
desdobra amor
levanta pranto

é o filme do presente
o sonho do entretanto

é guarida doce e quente
dentro sempre presente
esquece mirra cresce
volta sempre
tem ouro prata cinzas
cinzas de beijos dados
de olhos brilhantes molhados

quietude vento certo
vendados os olhos
coração aberto
suspiros sussurro recados
transparências encantadas
tão brancas tão delicadas
que nem a mente lhes toca
pelo amor inspiradas
são experiências encantadas
que não se podem falar

é um rio correndo lento
um beber muito sedento
dessa fonte onde debruço
e entro

grata melancolia
perguntas não formuladas
enorme doce alegria
odes de musas amadas
tocando esta minha lira
de buscas e arrecadas
da criação uso o grito
na tua luz sinto o verbo
não sei rezar
mas medito
e tu verso Universo
presença das criaturas
amor lamento terço
que me ensinas a luz
que fazes de mim humano
não desistas
vem
seduz
pega na minha alma
a tua fonte reluz
enche-me de paz e darhma

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