EU - OU PRÍNCIPE QUE BEIJOU E DESPERTOU
A SUSPEITA DE 1 CRIME QUASE PERFEITO
... parece que estou oniricamente vendo
Salieri, pálido de inveja,
extraindo secretamente da latrina
substâncias derivadas
de coisas excretadas
para em seguida
ir depositando-as discreta e paulatinamente
naquilo que Mozart mastigava e bebia
até que o mesmo viesse a falecer
(de causa que ainda hoje
permanece deitada sob a forma
metafórica e indecifrada de uma esfinge)
vítima, portanto, de um crime
quase perfeito, já que crimes desprovidos
de defeitos permanecem,
além de encantadoramente
carecidos do beijo de um príncipe,
belos e adormecidos para sempre...
Nenhum comentário:
Postar um comentário