segunda-feira, 25 de março de 2013

Maria Fernandes

Serenidade


Quieta na quietude da vida
aguardo quieta o seu desenrolar
já corri demais, já trepei, já saltei
caminhos, montes, montanhas
rios, mares, oceanos
à procura do Amor, daquele
do certo, do verdadeiro
vi brilhos, estrelas, miragens
tudo pichebeque, tudo falso
chorei rios de lágrimas
que salgaram mais o mar
soltei gritos de alma sofridos
doridos, sentidos, angustiantes
que atordoram os ares
e formaram turbilhões, furacões
hoje, cansada, derrotada
espero serena o que a vida
terá para me ofertar

Meu coração está sedento
Repleto de amor para dar
Não o ponho à venda nem a leilão
Pois quem tanto esperou e saltou
Só o verdadeiro o satisfaz
O falso, fujo dele à légua
Se não parecer nenhum, tanto faz.

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