NA RABEIRA DA POESIA
Vou pegar rabeira
nesta linda poesia.
Subir em suas sílabas,
brincar de esconde-esconde
em suas vírgulas.
Escorregar nas letras maiúsculas
e parar nas minúsculas.
Bater pomponetas
em todos os pingos dos is.
Jogar amarelinha
com as vogais feitas de giz.
Fazer malabares no travessão.
Bater continência pra exclamação.
E finalmente descansar
na sombra dos tils.
E assim vou brincando
com tal zelo,
com os sinais
e as palavras,
que nascem
nas pontas dos meus dedos.
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