Solar de Poetas I

A minha máquina do tempo

Eu sou a máquina do tempo
Em mim viajo a meu gosto,
Desfruto cada momento
A favor ou contra o vento,
Nas mudanças do meu rosto

Parte de mim, é presente
Porque venho do passado,
Vejo um futuro diferente
Nos sonhos de tanta gente,
Por mais ao menos ousado

No passado de onde vim
Tanta coisa aconteceu,
Menos mal que é assim
Neste presente de mim,
Já tanto futuro morreu

Junto presente e passado
E encontro o meu futuro,
Muito embora fabricado
Pode ser sempre mudado,
Para mais ao menos seguro

Tudo muda num instante
Na maior das confusões,
O próximo está agora distante
O futuro torna-se presente,
O passado é apenas ilusões

Já vivi tantos passados,
Estive em tantos futuros
Presente apenas comprado,
Desfruto cada momento
E a todos me seguro,
Eu sou a máquina do tempo.

Jorge Caraça
28-02-2013