Hoje- Bárbara Godinho
Cinderela...
Noite escura com o breu
Vesti-me p´ra ti de Cinderela
Mas quando o dia amanheceu
O meu corpo esmoreceu
Escrevi para ti, esta poesia singela
Escrevo-te em súplica, ao alvorecer
Neste emaranhado dos meus sentidos
Fiz de ti um riacho sem fins,
perdidos
Percorro cada sulco do teu rosto,
com os dedos
Nesta ausência, choro sentimentos contidos
Ao silêncio da noite revelo,
os meus segredos
Assim por ti vou reciclando os meus medos
Em ousadia feroz,
espero-te debaixo dos arvoredos
Ao nascer do dia, despi-me de Cinderela
Fui amante, amiga...
Protagonista de enredos
Descrevo-te este amor,
em guião de novela
Pintaste-me na vida a pintura mais bela
Até ao fim dos meus dias,
viverei sempre com ela.
Manuela Bulcão
06-02-2013
“PARA LÁ DO AMOR”
É tão longo o caminho até àquela estrela que surgiu!
A sua luz atravessou milénios até que nos atingiu.
Talvez há muito se extinguisse nesse longínquo azul,
Só agora sua luz aos nossos olhos brilha, lá para Sul!
E daquela estrela morta, a sua clara imagem
No céu, sobe! Aos nossos olhos, é uma miragem!
Onde ela estava sem ser vista, vê-se agora
Sem lá estar, a iluminar o céu por ali fora!
Nessa noite, saciada a vontade de amar,
As nossas almas foram aos céus num voar
Majestoso adorar as luzes ilusórias do firmamento!
Como a estrela que surgiu, após se extinguir o ardor,
Ficou uma luz, um sabor, feito agora sentimento,
Que nos ilumina ainda com mais amizade e amor!
Alfredo Costa Pereira
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