domingo, 21 de outubro de 2012

Janela do mar 

Pelo canto 
Aberto
Da minha janela
Entra o mar 
Furioso
Bramindo revolta
Encanto 
E pó de canela
Vindos do oriente
Luminoso 
E faminto
Da palavra solta
Dos poetas 
De outrora
Apagando o fogo 
Que lavra feroz
Um céu 
Sem cometas
Onde agora 
O fado
É um misto de breu
E letras brancas
Envolto 
Nas ondas
De um mar 
De ninfas
Que entram 
Sem par
Redondas 
Pelo canto
Da minha janela
Ainda aberta.



José Rodrigues (zeal)




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