Não vês…
Que desde que em mim surgiste
O meu sangue, que me ferve inquieto
Não esquece este amor divino e maduro
Nem desiste de um sonho alto e aberto?
Não vês…
Não posso adiar o abrir do coração
Não posso adiar …não te ter
Não posso adiar …não escrever este azul
Que me salta dos dedos e cresce ao escrever?
Não posso cessar de tremer-te…
Não vês…
Que o frémito cresce e a febre se eleva?
Que sem ter-te aqui não cessa esta treva?
Que os meus olhos se abrem ao céu
E na subtileza do ar
A minha boca ao rubro
Ergue bem alto a embriaguez do grito
Para te encontrar?
Não vês…
Que não posso adiar por mais tempo
O calor das silabas e dos versos
Nem esquecer o poema que te fiz
E que contigo quero ser feliz?
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