domingo, 27 de outubro de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

REFLEXÃO DE OUTONO

Eu,gosto! Gosto! Quando olhas
Para a janela aberta e eterna do céu
E admiras as cores da paleta sagrada
Eu,gosto!Quando tu! Perdes algum tempo
A pensar que és tudo e és nada
Eu,gosto!Gosto! Quando sonhas
Com nuvens brancas de algodão doce
Que és apenas um átomo à deriva no universo
Que um dia alguém decidiu e te trouxe
E prendeu a este corpo humano e complexo
Eu,gosto!gosto! Quando tu!
Admiras a beleza simples de uma flor
Com os teus olhos sensíveis e humanos
Que encantam o mundo com feitiço sedutor
Eu,Gosto! Gosto! Quando encontras
A alegria, nesse teu corpo feito de magia
E no mistério que te prendeu ao nascer
E, tu! Sabes que vais perder algum dia
Eu,gosto! Gosto!Quando tu pensas
Que tudo é efémero e passa depressa
Que tudo está escondido neste poema
Que ao teu ser aqui se revela e confessa
Eu, gosto! Gosto!Quando tu!
Convocas a tua alma a ser sensível
Ao meu beijo quente de amante
Dado com amor e doce sabor perecível
Eu, gosto! Gosto!Quando tu vais
À procura incessante do teu verdadeiro ser
Sem a ajuda eloquente dos sábios
Saber o que depois da tua vida irá acontecer?
Eu, gosto! Gosto!Quando tu
Te prendes à simplicidade de viver
Como um viajante despojado e errante
Que sabe, valer o mesmo ter ou não ter
Eu,gosto! Gosto!Quando tu!
Pensas que assim é que deve ser.

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