terça-feira, 22 de outubro de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

CORPO DE ÓPIO

Procuro no teu corpo de ópio
A música bela e suave que acalma
O meu espírito antigo, moderno e sofrido
Preso a este estado chamado alma
Procuro em ti a madrugada serena
Que leva a minha mão direita inquieta
Direta para o papel e para a magia do poema
Procuro! No teu corpo o enigma
Que faz bater acelerado o meu frágil coração
Órgão divino e sagrado, que escondido
Chora contigo e comigo de amor e solidão
Procuro! No teu corpo a magia
Da palavra sedutora “inspiração”
Que sustenta o nosso ser e a minha poesia
Procuro! No teu corpo o enigma
Procuro em ti! A esperança de um novo dia
Mais Procuro! No teu corpo o enigma
Pacífico, sem morte,sem agitação
Procuro! No teu corpo o mistério
De viver, amar, beijar e por fim morrer
No teu leito feito o meu secreto império
Procuro em ti! O real motivo
Que me deixa feliz aqui no mundo
E me faça sentir por ti amado e vivo
Procuro encontrar o segredo profundo
Que absolva o nosso ser do tribunal de outro crivo
Procuro! Neste poema amar-te mais um segundo
Até eu ficar enamorado em definitivo
No teu corpo onde me perco e deslumbro
Enquanto estiver aqui no palco vivo
Procuro! O teu corpo
Para ficar eternamente comigo

Nenhum comentário:

Postar um comentário