quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

CABRA CEGA

Tu! Acordaste grávida de saudade
Vendaste o rosto com uma fita azul de cetim
Quisestes saborear de novo a liberdade
Levaste-me subtilmente também a mim
Para esse jogo de cabra cega e de felicidade
Momento abençoado por pétalas de jasmim
Delicias-te correndo às cegas agora sem ver
Com os teus braços de flechas de cupido
À procura do meu corpo de prazer
Por ti amado desejado e querido
Eu! Fico enamorado por ver o teu ser rodopiar
Inspirado pela dança das borboletas coloridas
Lembrando as ondas azuis e fortes do mar
Que balançam as nossas pobres vidas
Oh! O que havias hoje de te lembrar?!
Jogar esse jogo mágico de cega entrega
Jogado a cada segundo neste mundo a desmoronar
Onde ninguém tem paz, ninguém ri, ninguém sossega
Quiseste convidar os amigos que há muito partiram
Para o exílio do éden e do purgatório de fogo
Que em tempos connosco se divertiram
Para virem jogar outra vez este ingénuo jogo
Mas eles não vieram, ficaram lá! Preferiram!
Jogámos apenas nós os dois enamorados
Este jogo singelo e belo já esquecido
Os nossos corpos ficaram mais leves, levitados
Neste poema feito um jogo antigo e divertido
Eu só peço que os teus olhos hoje por ti vendados
Vejam agora a vida com mais sentido
E os teus beijos sejam, neste poema eternizados.

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