segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Antonio Montes

VONTADE E CHUVA

O sapo na chuva arreda e gruda
o inseto esperto na poça caindo 
o rato vai indo na noite escura
o gato na fome em pulo traído
mundos e homens; escondidos.

Lagrima doida que cai na saudade
do rosto combalido pelo feito
sem jeito que doido triste peito
que estourou esvaziou na vaidade
no soluço do choro quase perfeito.

Vida escorrida em ato imperfeito
de um viver pregado na tabuleta
estragado em fim por reles defeito
aonde escapa a felicidade na greta
um ato confesso deve ao universo.

É um vai desenfreado pula, pula
um correr esconder cair no buraco
uma anciã desesperada uma; tal gula
um procurar de irmão, ponto fraco
em uma vida disputada; engula
vitorias derrotas ardida medida
chorar sorrir empurra, empurra.

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