domingo, 20 de outubro de 2013

Alfredo Costa Pereira

“O MEU RIBEIRO”

Vêm de longe cortando serranias
As águas de espumas rendilhadas,
Saltando aqui, além nas quebradas
Como cabras brancas, de estimação.

Passam a correr, ligeiras, fugidias
Beijando as fragas sem vegetação
Ao sabor das doces melodias
Dos rouxinóis á beira das levadas.

Bem hajam estas águas generosas
Que antigamente, carinhosas,
Aos moinhos acudiam para moer o pão;

Mas talvez por mistérios atraídas,
É que elas fogem como perseguidas…
Coitadas…sem saber para onde vão!

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